Capítulo 2

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Bennett

-Quando?

Questiono o policial parado em minha frente.

-Durante a madrugada, a ligação para os bombeiros foi feita por vizinhos que viram às chamas e logo chamaram a polícia, um único corpo. A perícia declarou um incêndio culposo.

Minha chegada na delegacia começa com um chamado para uma vítima morta em um incêndio premeditado.

-Testemunhas?

O policial Job me entrega uma folha com um nome a lápis.

-Só uma mulher que trabalha no local, ela chegou para trabalhar e encontrou o lugar em cinzas. Nosso pessoal está com ela.

Leio o papel e uma pitada de curiosidade me atinge.
Aubrey Trent.

-O incêndio, onde foi?

-Na floricultura Sweet Home, perto daqui senhor.

Oh porra, Abby.

Não espero mais respostas, Dex pula para o banco carona enquanto rumo para a cena de crime. Poucos minutos depois meu carro para próximo a pequena construção em cinzas.
Do outro lado da rua vejo a familiar caminhonete cor de céu.

Coincidência trágica.

Atrás de um policial está ela, diferente de ontem o seu sorriso foi tomado por olhos vermelhos e o rosto delicado marcado com lágrimas. Um crime terrível pois Abby foi a pessoa mais alegre que já vi.

Aproximo um pouco mais.

-Detetive.-o policial cumprimenta e me entrega um papel com detalhes.

Aubrey levanta o olhar e reconhecimento pisca em seus olhos.

-Senhorita Trent, sou detetive Bennett e preciso de toda sua ajuda para solucionar esse caso.

-Eu não estou feliz e vê-lo novamente nesse caso.

Suspiro.

-Olá Abby, lamento às circunstâncias mas precisa colaborar para que eu faça meu trabalho.-digo com calma-A vítima é Amaris Marckle sua chefe nos últimos dois anos, preciso que me diga quando foi a última vez que a viu com vida.

A última palavra causou lágrimas nos olhos dourados e me senti um monstro por tanta insensibilidade.

-Ontem, quando saí após o trabalho Amaris disse que ficaria para organizar algumas coisas no escritório ela...-seu olhar vai para o chão-Era como uma mãe para mim, quem faria algo assim? Ela era doce e nunca fez mal para ninguém!

O mundo é mau florzinha.

-Ela tinha um marido? Namorado ou algum inimigo que pudesse desejar a sua morte?

Aubrey fita meus olhos com intensidade.

-Procure por Carlos DiAngelo, ele queria comprar nossa floricultura e transformar em uma de suas lojas de varejo... Aquele italiano pressionava Amaris sempre que podia.

A Fera de DetroitOnde histórias criam vida. Descubra agora