Capítulo 36

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Aubrey Trent

Relacionamentos não são fáceis. Nos contos de fadas não mostra como foi após o felizes para sempre. Será que a Cinderella gostava mesmo de ter ratos pelo castelo? Ou a Ariel não sentia falta do mar?

Talvez sim.

Bom, eu não vivo um conto de fadas. Apesar de ter me apaixonado por uma Fera. A vida nunca foi fácil para mim.
Antes de Hector Bennett pegar carona no meu carro eu era apenas Abby, a pobre e frágil Abby.

A garota que perdeu os pais, a órfã que ninguém queria acolher ou a mulher ingênua que todos achavam fácil manipular. Ninguém nunca olhou para mim por mais do que o necessário. Não tenho um diploma de alto escalão, não sou uma beldade americana e estou longe de ser chamada de exótica. Fui de um fracasso ao outro por tanto tempo, tantos empregos que já estava desistindo.

Até ele.

Hector viu algo em mim, por algum motivo do universo ele se apaixonou por mim de verdade, é mais que uma mulher como eu esperaria encontrar. Ele é forte, sexy como o inferno e exala magnetismo.

Um homem de verdade. E meu.

Durante os últimos meses eu vivi uma avalanche de sensações, me apaixonei, me apavorei, quase morri e Hector estava lá para mim, poderoso e forte pronto para enfrentar qualquer coisa pela minha segurança. Até a noite em que Brad chegou com a notícia do acidente de carro, eu considerava Hector um deus. Invencível.

Mas ele não é, é apenas um homem que sangra, e quase foi morto. A realidade disso me bateu junto com o medo.
Medo de perder o meu único amor, não tenho a ilusão de que um dia amarei alguém da mesma forma que o amo.

E agora ele está ocupado e preenchido com vingança. Suas palavras foram uma balde de água fria e mostra o quanto somos diferentes.
Ele é um soldado, no seu âmago e eu inocentemente o pintei como um herói. Mas Hector Bennett não é um herói.

Ele luta até o fim, com suor e sangue. Me orgulho disso, mas não consigo amar o fato de que bancando o justiceiro ele se põe em risco.
Talvez eu seja mesmo frágil como já disse.

Abaixo o olhar para o porta luvas do meu carro, Lolla é a única coisa sólida na minha mente no momento. Procuro as chaves que sempre guardo e xingo baixinho quando não encontro.

Grito quando uma batida no vidro me assusta.

Parado ali segurando um chaveiro Ethan White brilha sobre a luz da lua.

-Procurando isso?

-Sim, dê para mim!-exijo.

Saio do carro e ele nem se move, Ethan têm um metro e oitenta, talvez mais e não sei como farei para tirar a chave dele.

-Não, já olhou esses pneus? Essa carroça é perigosa para a humanidade e não vou deixar você dirigir isso, muito menos com raiva.

Carroça?

-White eu não pedi sua permissão.

O homem sorri e guarda a chave no bolso da frente.

-Eu não preciso de permissão, ouvi sua briga com o grandalhão sei porque você quer dirigir para longe, mas acredite em mim...-ele toca meu ombro-Quando ele perceber que foi um idiota vai pedir desculpas.

A Fera de DetroitOnde histórias criam vida. Descubra agora