Epílogo

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Hector Bennett

Isso não pode estar acontecendo.

Respiro fundo e giro a chave.
Nada.
Outra vez.
Nada.

Não posso acreditar que meu carro morreu no meio da estrada.

A pior parte é a bandeja contendo pêssegos ao meu lado. Fui acordado no meio da noite por Aubrey com desejo de comer a única fruta que não está na estação. Percorri por horas atrás dos malditos pêssegos e agora estou preso no meio da estrada.

Dizer que estou com raiva é eufemismo.

Faz duas semanas desde o meu casamento com a florzinha, foram as melhores semanas da minha vida. Ter Aubrey como esposa é mais do que eu poderia imaginar.

Eu faria tudo por ela. Inclusive voltar andando para casa. Por seis quilômetros.

Bato a porta do carro atrás de mim e suspiro. A luz da lua cintila sobre a estrada até que ouço o som de um carro se aproximando. Quem sairia a essa hora?

O som fica mais alto até que em meu campo de vista surge.
Uma caminhonete. Azul bebê. Uma lata velha.

Lolla.

Sorrio quando a sucata para ao meu lado e Aubrey desce com seu cabelo preso e um sorriso no rosto.

-Precisa de carona ou um celular para pedir ajuda?

Dou uma risada quando percebo que foi exatamente o que ela me disse quando nos conhecemos nessas mesmas condições.

-Ajudar estranhos em uma estrada deserta é extremamente estúpido.

-Eu gosto de ajudar, é isso que pessoas boas fazem. Vai querer uma carona?

Entro no jogo.

-Sim, eu preciso ir para casa a minha esposa me espera.

Entro na caminhonete e me sinto enclausurado.

-Sinto muito pelo desconforto suas pernas são muito grandes, céus você parece uma parede!

-Costuma ofender sempre os seus passageiros?

-Não, só os que se parecem com paredes.

Dou a ela um sorrisinho.

-O que uma mulher tão linda como você faz na estrada a essa hora?

-Vim resgatar o meu marido novamente.

-Seu marido é muito sortudo.

Passo minhas mãos sobre sua coxa.

-Ele é um detetive sabe, um bem durão.

-Um homem de sorte.

Ela ofega e sorri para mim.

-Ele é o homem que mais amo no mundo.

-Tenho certeza de que ele te ama muito mais. Você é a mulher mais linda que já vi.

Aubrey agarra minha mão e liga o carro.

-Vou levar você para casa.

Jogo para ela meu melhor sorriso.

-Por favor, eu também não vejo a hora de chegar até a minha esposa e bater em sua bunda bonita e teimosa, por dirigir uma lata velha estando grávida.

-Mal posso esperar.

-Eu te amo florzinha.

-Eu também te amo minha Fera.

Acaricio seu ventre.

-Obrigado por me dar uma família, eu irei te amar até meu último suspiro.

Aubrey Bennett dirige para casa, nossa casa com um sorriso no rosto.

Um tempo atrás essa lata velha chamada Lolla viu um amor florescer.

Acredite no improvável, A Fera de Detroit conseguiu o seu final feliz.
Não foi um conto de fadas, houve sangue e lágrimas mas... Por um amor verdadeiro vale o risco.

Ah e não se engane.

Eu sempre serei uma Fera.

Você vai ouvir algo sobre mim, eu não estou dando o fora.

Seja bem vindo a minha cidade.

Meu nome é Hector Bennett, eu sou a Fera de Detroit e esse foi como cheguei ao meu feliz para sempre.

Vocês sabem...

Essa história nunca vai acabar.

Vejo vocês em breve.

Fim


Obrigada, não tenho palavras para expressar minha gratidão.

Chegamos ao fim de mais um ciclo.
Calma que têm mais.

Vejo vocês no próximo livro. Fiquei comigo que garanto mais emoção.

#Próximo livro será UM BOM PARTIDO.

Livro dedicado ao Brad, com direito a todo mundo no hospital, Ethan White sendo Ethan White e muita risada.

Data de publicação: 28 de dezembro de 2018

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Eu amo vocês

Com amor, Jany.

A Fera de DetroitOnde histórias criam vida. Descubra agora