Lembrei do nosso amor

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Maiara.

Engraçado como é essa vida, naquela noite frente a frente com ela fizemos amor na sala, depois subimos para o quarto, aqueles toques em mim, o jeito que fizemos , fora algo maravilhoso. Em cada toque meu corpo se maravilhava e arrepiava-se.

No dia seguinte ao acordar eu sinto uma dor de cabeça enorme, o lado da cabeça que bati no acidente estava doendo também.

-Bom dia meu amor. Ela diz levantando da cama eu então a sigo.

-Você está bem?

-Mais ou menos estou sentindo uma dor de cabeça, mas nada demais.

-Vamos ao médico? Ela diz já pegando o telefone.

-Não precisa. Assim que dou mais um passo sinto minha visão escurecer e depois minha pressão cair e logo desmaio.

Marília.

Eu não sabia o que fazer , praticamente Maiara desmaiou em meus braços.
Liguei para a ambulância que veio rápido, já no hospital aviso Maraisa do que aconteceu.

-Marília! Maraisa correu me chamando. -Como ela está?

-Eu também não sei.

Narrador.

Elas passaram quase o dia inteiro naquele hospital, tudo estava uma bagunça e naquele dia o hospital estava lotado.
Mas ao final da tarde o médico finalmente as chamam para dar notícias de Maiara.

Médico: Bem, eu tenho uma notícia maravilhosa para dar para vocês. Maiara finalmente recobrou sua memória. Não sabemos exatamente como isso aconteceu, mas a dor de cabeça que ela estava sentindo de manhã tinha relação direta com aquele lugar que ela havia machucado no acidente. Vocês podem ver ela agora, a alta será daqui a dois dias, enquanto isso ela irá ficar em observação para vermos se está tudo em ordem realmente.

Ao ouvir isso, Maraisa e Marília sorriem aliviadas, agradecem o médico e assim saiam da sala.

Marília.

Caminhamos até a porta da sala onde Maiara estava.

-Você não vai entrar? Maraisa sorriu.

-Será que ela vai me aceitar ainda?

-Ué, porque não aceitaria?

-Eu fui boba de...

-Marília. Ela diz me interrompendo. -Minha irmã é forte, é batalhadora e bem cabeça dura. Ela ri. -Se ela te ama, ela te ama, não vai achar ruim se você entrar agora.

-Tudo bem. Sorri.

Maiara.

As duas pessoas que eu mais amava no mundo estavam ali naquele momento, eu só sabia sorrir. Faltava apenas Maria, que com tudo isso de eu não saber quem era ela, nem conseguimos nos ver.

-Minha metade. Maraisa correu para me abraçar.

-Que saudade. Digo com uma lágrima no rosto.

-E eu não ganho meu abraço não? Marília diz rindo.

-Você pode até ganhar um beijinho.

-Assim fico com ciúmes. Maraisa brincou.

-Eu lembrei do nosso amor. Digo olhando para Marília.

-Agora você pode parar de me encher com perguntas. Maraisa riu.

Os tais dois dias de observação médica se passaram, eu voltei para minha casa e Marília para sua nova.

-Vamos?

-Onde Maiara?

-Para casa da Marília, esqueceu? Havíamos combinado de ir para ver sua nova casa e claro ver a Maria também.

-Ahh verdade, vamos sim!

Maria.

Eu estava ansiosa, confesso. Eu e Marília havíamos preparado um bolinho e alguns salgados, para comemorarmos a "volta" da Maiara. Era tudo bem simples, mas éramos assim, gostávamos disso.

-Mãe. Digo rapidamente.

-Sim. Marília sorri, sabe eram poucas vezes que a chamava assim. Por mais tempo que estivéssemos juntas eu ainda tinha um pouco de vergonha, mas ela me dava espaço para me sentir a vontade.

-Ela vai se lembrar de mim então?

-Vai sim. Ela sorri.

-Espero que não me expulse daqui. Falei rindo até a cozinha.

-Vai não filha. Ela diz me seguindo.

-Hum, hoje ela vai dormir aqui? A olhei engraçado.

-Vai, preciso matar a saudade neh.

- Só não vai gritar.

-Menina , você só tem 11 anos. Ela ficou vermelha.

-Tá bom mãe. Tá bom. Rimos.

Quando elas chegaram Maiara veio logo me abraçar. Ela me olhava feliz e me encheu de beijinhos.

-Que saudade que eu tava de você também Maria. Vem aqui, eu vou te apertar.

-Para, eu já tenho 11 anos sabia?

-Hum, mas continua fofa. Ela diz me abraçando.

- Você que é fofa.

-Ela tem razão Maiara, ela já está quase do nosso tamanho. Maraisa diz rindo e me abraçando.

-Altura não significa nada.

-Claro que não anã. Marília diz piscando para Maiara.

-Mudando de assunto. Ela se finge de ofendida. -E esse bolo de chocolate ali?

-Pode pegar Maiara. Digo rindo. - Fizemos para você.

-Nossa que bom, eu tava com fome mesmo.

-Maiara, quando você não está com fome? Maraisa revirou os olhos.

Marília

Estávamos felizes naquela tarde, passamos o dia todo juntas, até anoitecer.

-Então vamos indo Maraisa?

-Não amor, fica aqui. Fiz manha.

-Hum, fico.

-Maria você não quer ir comigo pra minha casa não? Diz Maraisa seria.

-Eu acho melhor viu tia, não quero gritos aqui em casa hoje, eu quero dormir. Ela ri , Maiara ficou vermelha, eu já havia me acostumado com o jeito bem humorado de Maria. Ela era uma menina doce e engraçada ao mesmo tempo.
Assim elas foram para casa das meninas, ficamos eu e Maiara frente a frente, diferente daquela noite de dois dias atrás. Hoje sabíamos o que acontecera, não havia mais segredos entre nós... Quer dizer, apenas mais um.

Você me ama ou não? { Mailila }Onde histórias criam vida. Descubra agora