Photographs

628 91 28
                                    

- S/n, eu achei essa caixa no fundo do armário... - Li diz se sentando ao meu lado.

Desligo a televisão, abro a caixa e começamos a revirar as coisas que ali tinham.

- Essa é a Meredith? - Li pergunta pegando uma foto.

- Acho que sim. E esse deve ser o tal de Jung-Su  - digo.

- Eles formavam um lindo casal, não acha? - Li pergunta e eu assinto.

- Olha... - digo pegando uma outra foto. - Tem algo escrito aqui atrás

- Deixa eu ver - ela diz aproximando minha mão com a foto.

"Uma memória para se guardar perto do coração. Abrace-a sempre que sentir minha falta, Meredith. Com amor, Jung-Su."

- Li, você está bem? - pergunto para a mais nova que estava chorando.

- E-eu só estou emocionada - ela diz e sorri fraco.

Íamos voltar a ver as coisas da caixa, quando o objeto é atirado na parede à nossa frente. Os pequenos pertences de Meredith que estavam na caixa, voam para longe e se espalham pelo chão.

- Era só o que me faltava - digo depois de me recuperar do grande susto.

- Estava demorando muito, até - Li diz com desdém.

Levanto do sofá e puxo Li comigo até o meu quarto.

- Quem fez isso não quer que a gente continue com essa... "Investigação" - digo e faço aspas com os dedos.

- Vamos terminar logo o diário - Li diz decidida e pega o diário no meu criado mudo.

Abrimos na página em que estávamos e continuamos.

"Eu não sei o que aconteceu exatamente, mas quando abri o armário consegui ver alguma coisa lá dentro. Não deixava de ver apenas a escuridão, mas de alguma forma eu sabia que ali dentro havia alguma coisa além das roupas e sapatos. Alguma coisa sorrindo diabolicamente pra mim, como se já tivesse planejado tudo que faria comigo.

Saí daquele transe medonho e fechei a porta imediatamente, logo sentindo o arrependimento de não ter escutado Jung-Su."

31/05/1996

"Ele não me disse seu nome, simplesmente apareceu no meu quarto e disse coisas das quais não me lembro no momento, mas tenho certeza de que não eram histórias bonitas para me fazer dormir.

Não sei bem o porquê de continuar escrevendo aqui. Minha sanidade está escorrendo pelos meus dedos como água, preciso resolver isso tudo e ficar escrevendo nesse diário não vai me ajudar em nada."

- Nesse dia eu conheci Meredith, uma menina tão corajosa quanto você S/n. O que o amor não faz, não é? - Minho diz com deboche e ri enquanto aparece bem na nossa frente.

- O que você fez com ela? - Li pergunta e se agarra no meu braço.

- Mery não tinha muita fé. Felizmente o amor não foi o suficiente. Tão ingênua. Ela aceitou ser meu brinquedo apenas para ele não ser, acredita? - Minho diz.

Minho se aproxima mais de nós, segura meu queixo e sorri bem próximo de meu rosto.

- Não se preocupe, serei tão atencioso com você quanto fui com ela - ele diz antes de sumir.

- Você está bem? - Li pergunta e eu assinto.

(...)

Li Pov's

Já estava anoitecendo. Mi-cha não deu nenhum sinal de vida. Como S/n havia dito nós iríamos dormir juntas.

Coloquei meu pijama depois do banho e me deitei ao lado da mais velha. Não demorou muito e peguei no sono.

- Li... - escuto uma voz feminina bem baixa chamar.

De repente eu me vejo na sala da casa de S/n, mas o cômodo estava diferente, mesma casa, época diferente.

A porta se abre e uma menina de cabelos escuros entra. Meredith. Ela me parecia atordoada. Meredith sobe correndo para seu quarto e eu a sigo, a menina entra no banheiro do quarto e eu faço o mesmo. Logo ela entra na banheira e se põe a chorar.

- Minho, você pode por um fim nisso, criança - escuto uma voz familiar dizer. Minho.

- Me deixa em paz! - Meredith grita para o demônio que apenas sorri.

- Poderia ser diferente, mas você sempre dificulta para si mesma - ele diz.

- Volta pro inferno e deixa ele em paz! A vida é MINHA e eu faço o que eu quiser - ela diz e sua expressão triste muda para uma brava.

- Até se sacrificar pelo amiguinho? Valeu a pena, Meredith? - ele pergunta sério.

- Não te interessa.

- Pois fique sabendo que você não sacrificou apenas a sua vida, criança tola - ele diz e ri, logo desaparece.

Tudo escurece, mas ainda consigo ouvir um choro baixo vindo de Meredith.

O cenário volta a clarear, como se um novo dia estivesse começando.

- Dith, acorda, filha - me sinto ser balançada e acordo.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto.

- Sim! Hoje é o seu aniversário, meu amor - a mulher, que já estava me parecendo familiar, diz.

(...)

- Li?! Meu Deus, Li! Acorda, é só um sonho! - escuto S/n dizer e me agarro ao seu tronco.

- E-eu vi, e-eu vi... E-eu vi - repito enquanto sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.








Oi 🌚

O que aconteceu? Bem, a Li "sonhou" com o dia em que a Meredith se deixou levar pelo Minho e ficou em choque. Espero que tenha ficado bom aaaaa

PS: desculpem qualquer erro, ok?

The Curse [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora