São oito dias após a viagem de fim de semana para Forks e Harry está subindo pelas paredes com satisfação — ele poderia até dizer que nunca se sentiu tão satisfeito antes, mas tenta não pensar muito sobre isso para que não dê azar em nenhuma coisa boa acontecendo em sua vida agora. Ele se deixa ficar feliz com isso, porém, e de vez em quando suas bochechas doem por sorrir tanto.
Tudo parece doméstico, como se ele pertencesse exatamente a este lugar onde ele se encontra atualmente — ao redor e com Louis e Nina, sorrindo cada vez que ambos olham para ele, com seu coração batendo mais rápido toda vez que Louis o beija suavemente, como se fosse algo ele tem feito há muito muito mais tempo do que algumas semanas e Harry está subindo pelas paredes.
Ele tenta e pára de vez em quando para pensar no quão cedo ainda é para ambos estarem agindo como um casal já casado, e quão cedo também é para ele estar se sentindo assim — uma vozinha em sua cabeça vinda de muito profundo em seu coração lhe diz que não é cedo para ele estar se sentindo desse jeito e que ele está sentindo assim há algum tempo, e agora acaba percebendo isso. Harry não a escuta, no entanto. Pelo menos ele finge não porque é mais fácil assim.
Ele tenta desacelerar porque é mais saudável e porque ele quer se proteger no caso de algo indesejado acontecer. E ele sabe que é má sorte pensar nisso, mas ele não pode realmente evitar. Ele tem que proteger não só a si mesmo, mas também a Nina, e saltar de cabeça para isso sem pensar duas vezes não é o caminho.
Ainda assim, ele está subindo pelas paredes.
Ele está subindo pelas paredes porque também não pode deixar de se sentir quente toda vez que Louis sorri para ele com seus suaves olhos enrugados ou sussurra palavras bobas em seu ouvido à noite antes de dormir, aconchegando-se um ao outro durante a noite inteira.
E talvez seja isso, ele pensa em uma noite de segunda-feira preguiçosa enquanto, de seu lugar sentado no banquinho alto atrás do balcão, assiste Louis tentando cozinhar algo que não seja Mac&Cheese, isso é o que eu estava procurando em Jordan, e estava aqui o tempo todo. E mesmo que isso o assusta até a morte pensando assim, ele ainda tem um sorriso suave estampado em seu rosto enquanto ouve Louis falar sobre algo que nem é relevante.
— Mas tenho certeza que Derek mereceu morrer de qualquer maneira. — Louis ainda está falando sobre como a morte de Derek Shepherd foi a melhor coisa que já aconteceu para Meredith Grey, e é nesse momento que Harry se arrepende de ter apresentado o programa para ele em primeiro lugar. — Não que alguém mereça morrer, não sou tão mórbido. Credo. — Ele olha por cima do ombro brevemente para encontrar os olhos de Harry, que levanta as sobrancelhas para ele interrogativamente, sorrindo divertido. Ele volta para a panela, sorrindo para si mesmo. — É só que ele era um idiota. Meredith está melhor sem ele, é o que estou dizendo.
— Ela o ama. — Harry afirma e Louis cantarola como se pedisse mais e melhores argumentos. Harry ri levemente antes de continuar. — Ela o ama e eles têm filhos que o amam também. Eles se completam.
— Não realmente, Harry. — Louis se vira por um momento, apontando a colher de cozinha em sua mão para ele. — A única maneira que eles completaram um ao outro foi completando os o pior um do outro.
Harry pisca para ele, o rosto em branco. Por que eles estão falando sobre isso, mesmo?
— Por que estamos discutindo a vida amorosa de Meredith e Derek? — Ele expressa seus pensamentos e Louis ri enquanto se vira para o fogão. — Deveríamos estar falando sobre como você está cozinhando algo que não seja Mac&Cheese.
— Continua sendo macarrão, né. — Louis lembra-o depois de dar uma risada silenciosa.
— Contanto que não seja uma caixa de Annie's.
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I Give My Heart For You To Heal (L.S)
FanfictionLouis e Harry não se suportam e, todas as vezes que se encontram em um mesmo lugar, acabam trocando palavras de mal gosto. A solução é muito clara: um não frequentar os mesmos lugares que o outro frequenta. Seria muito simples resolver o problema se...