5 ANOS ATRÁS
Harry está se checando no espelho pela décima vez (depois de ler um artigo sobre um novo restaurante brasileiro em Seattle, terminar seu próprio artigo para sua aula de Nutrição que deve acontecer em apenas uma semana, e assistir a um novo episódio de Grey's Anatomy) quando escuta uma batida em sua porta. Ele está tão aborrecido com isso que até pensa em não abrir a maldita coisa. Realmente, o idiota do outro lado merece. Mas Harry é um bom amigo, e a única razão pela qual ele abre a porta é para fazer sua melhor amiga feliz (ela armou tudo isso, afinal de contas).
— E aí? — E aqui está Tommo, como Eric o chama, parado em frente a Harry com um sorriso encantador no rosto e um boné Adidas preto na cabeça, fazendo sua franja macia cair contra a testa. Seus olhos azuis estão olhando para Harry, que o olha com uma expressão vazia até que ele percebe que não deveria mostrar o quão irritado realmente está com toda a situação.
O que é ainda mais irritante é o fato de que esse homem parado em sua frente é tão estupida e incrivelmente atraente que faz com que Harry queira socá-lo ou fazer algo que doesse tanto quanto. Kaitlyn realmente não lhe fez justiça — ele é bonitinho, Harry, por favor?, e isso foi literalmente a única coisa que ela disse além de: ele é um cara engraçado. Ela deveria ter deixado avisado. Ela deveria ter falado que este homem, mais atrasado do que uma tartaruga correndo para pegar o trem, seria a coisa mais linda que ele teria o prazer de ver em toda sua vida.
Deus, as coisas que ele faz para a sua melhor amiga.
— Ei...Louis, certo? — Ele tenta soar tão gentil e educado que pode ser, sorrindo de volta.
Louis Tommo acena devagar, com um sorriso que nunca sai dos lábios, nem por um segundo.
— Sim, sou eu. Me chame de Tommo se você quiser. Todo mundo me chama assim, de qualquer maneira.
— Ok...se é o que você prefere. — Harry encolhe os ombros quando ele fecha a porta atrás dele e tranca a porta.
— Vamos, então? — Tommo, ou Louis, ou seja lá como diabos ele quer ser chamado, sugere com olhos brilhantes. Eles começam a andar pelo corredor até os elevadores. — Estou faminto.— Ele se atreve a rir e Harry quer colocar fogo neste mesmo elevador até que esse cara esteja queimando para o inferno.
— Já faz quase duas horas, seu otário. — Harry murmura baixinho enquanto aperta o botão Hall.
Louis O Tommo olha para ele com as sobrancelhas levantadas: — Você disse alguma coisa? — Pergunta ele.
— Eu perguntei por que todo mundo te chama de Tommo. — Harry diz a ele com um sorriso muito bem fingido, já que Louis parece acreditar nele, dando-lhe um sorriso insolente. Irritante.
— É o apelido para o meu sobrenome, na verdade. Tomlinson. — Ele explica e Harry tenta o seu melhor para não parecer tão entediado e com fome pra caralho. — Ouvi dizer que você é o melhor amigo da namorada do meu melhor amigo.
Harry sorri genuinamente, então, balançando a cabeça em concordância enquanto ambos saem do elevador assim que as portas se abrem.
— Sim, nós nos conhecemos na faculdade quando éramos calouros. O engraçado é que, por mais que eu esteja estudando Gastronomia e ela esteja em Direito, nós acabamos nos dando muito bem. — Ele diz porque é realmente algo que ele gosta de falar sobre.
Harry e Kaitlyn se conheceram há três anos em seu primeiro ano na faculdade, quando se esbarraram no refeitório e Kaitlyn consequentemente derramou seu chá verde na camisa branca de Harry. Ela se desculpou tantas vezes que Harry realmente começou a rir, o que pareceu ofendê-la de alguma forma, e então Harry foi o único que se desculpou. E foi assim que começaram. Eles não se separaram desde então, exceto por uma vez que passaram férias de verão em diferentes países (Harry foi para o México para um curso de verão de especialidade de dois meses e Kaitlyn passou seu tempo com sua família no Havaí). Mesmo quando conheceu Eric, dois anos depois de sua amizade, eles não se separaram. Eles se tornaram a pessoa um do outro.
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I Give My Heart For You To Heal (L.S)
FanfictionLouis e Harry não se suportam e, todas as vezes que se encontram em um mesmo lugar, acabam trocando palavras de mal gosto. A solução é muito clara: um não frequentar os mesmos lugares que o outro frequenta. Seria muito simples resolver o problema se...