I'd Physically Live Without You

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Harry está fechando a padaria quando ouve seu telefone tocando no bolso de sua calça jeans, e há apenas uma pessoa que liga para ele toda vez que ele é o último a deixar o seu local de trabalho. Ele não está com vontade de falar com Jordan agora, nem em poucos minutos ou horas — como ele pode? A última vez que eles se falaram, às sete da manhã, Jordan pediu-lhe para morarem juntos e Harry não sabe como lidar com a situação, essa é a coisa.

Então, quando ele fecha a porta da padaria, ele olha para a reconstrução inacabada e suspira o mais fundo que pode, engolindo seco com a garganta queimando como todas as outras vezes que ele tem que fechar.

Ele não está pronto para morar junto.

Eles têm sido ótimos, é verdade. Jordan é uma ótima pessoa e muito gentil com ele, mas morar juntos é uma grande decisão que Harry não consegue pensar sobre agora.

Já faz dois meses e meio desde que tudo mudou e Harry ainda está acostumando-se a isso. Como ele pode? Dois meses atrás, ele se sentiu do jeito que nunca pensou que se sentiria, e ele sentiu-se como se pertencesse. Agora tudo parece estranho.

Jordan está lá para ele, sempre. Mas ainda assim, não é o mesmo.

E realmente, Harry se sente péssimo — às vezes ele não consegue evitar pensar que está sendo um idiota egoísta, que está usando Jordan para substituir alguém que nunca poderá ser substituído e se sente péssimo, porque ele não é assim.

Ele tem sentimentos por Jordan, ele realmente tem, mas sua mente e coração o enganam e o fazem comparar de tempos em tempos.

Uma semana depois que Louis foi para New Haven, Jordan foi até a padaria e começou a conversar com ele e fazer perguntas a ele e Harry estava vulnerável e triste, ele não sabia o que fazer e Jordan estava lá. Então ele apenas deixou que ele estivesse lá a partir de então, e foi bom, como um band-aid seguro.

No dia da performance musical de Louis, porém, Harry se sentiu ainda pior. Quando Niall disse a ele que Louis só queria ver Nina, seu coração parecia pequeno e ele se sentia um idiota porque é claro que isso aconteceria — Harry havia cruzado a linha, não tinha? Ele levou Jordan como seu convidado para o que Louis estava esperando há meses, para o que eles estavam falando juntos por dias, dias e dias.

E foi isso, realmente. Harry não vê muitos de seus olhos azuis favoritos desde então — ele só o vê quando Louis chega a Seattle para visitar Nina, a cada duas semanas. Ele geralmente pede a Niall para levá-la a sua casa para que Louis possa buscá-la lá, e Harry entende.

Ele entende, mas isso não o machuca menos.

Entretanto, essa foi a escolha de Louis, não foi? Ele decidiu não contar a Harry sobre seus planos de se mudar para o outro lado do país, não considerando a sua tão chamada família nem uma vez. Ele escolheu tudo isso.

Harry tem tomado seu tempo andando para casa, ultimamente — ele contratou uma babá qualificada para cuidar de Nina à tarde e parte da noite, e desde então ele decidiu que seria uma ótima ideia voltar para casa andando do trabalho. Ele leva o seu tempo para pensar, e em uma hora ou mais ele está em casa. Ele até se atreve a pegar o ônibus, às vezes, como costumava fazer, quando Kaitlyn e ele não queriam dirigir e decidiam simplesmente pegar o ônibus, mesmo que demorasse tanto para eles chegarem em casa daquele jeito.

Às vezes Jordan está em casa com Nina esperando por ele, e ele sente algo estranho em seu estômago ao vê-los sentados em frente à TV, rindo para um filme de desenho animado — ele queria que fosse um estranho bom, mas novamente, é só um estranho estranho.

Hoje não é um dos dias em que ele se deparou com essa visão, e ele está feliz em encontrar a babá, Annie, sentada no sofá com o telefone nas mãos iluminando o rosto.

I Give My Heart For You To Heal (L.S)Onde histórias criam vida. Descubra agora