Capítulo 22

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Enfim chegou o tão esperado dia, posso dizer que o mais importante de toda minha vida, meu encontro com Eduardo, onde iremos colocar tudo em pratos limpos. Ele disse que tem algo a me dizer, e confesso que e eu não estou me aguentando de curiosidade.

É um misto de felicidade, insegurança, ansiedade. Deus, eu esperei tanto por isso, que hoje quando finalmente chegou o grande dia, eu não faço a mínima ideia do que vestir, qual maquiagem usar, qual penteado fazer, e principalmente o que dizer. Sei exatamente o que sinto, entretanto, quando estou a seu lado, perco o ar, meu peito queima, as palavras não saem, e eu não consigo dizer tudo o que sinto por ele.

Nesse momento estou no ônibus a caminho de casa, mil pensamentos passam em minha mente, e do nada começo a me lembrar dos meus pais, penso como minha mãe ficaria feliz ao me ver indo ao encontro do homem que eu amo, como ela estaria eufórica me ajudando a escolher roupa, sapatos, sinto uma lágrima escorrer em meu rosto, e logo me recomponho, hoje não é dia de chorar Mia. Me desperto dos meus pensamentos com o som no meu celular.

Uma nova mensagem:

Olá Mia, aqui é  o Edu, olha quero dizer que não vejo a hora de te encontrar, estou muito ansioso, e quero muito resolver essa nossa história. Beijos minha futura e eterna linda.
Por favor, me mande o endereço de sua casa para que eu possa pega-la.

Fim da mensagem

Assim que terminei de ler a mensagem do Eduardo, fiquei mais feliz ainda, pois ele assim como eu, estava ansioso pelo encontro. Fiz questão de responde-lo imediatamente, optei por não passar o endereço da minha casa, pois certamente minha avó iria aprontar aquelas cenas patéticas que só ela sabe fazer, então pedi que me esperasse em um parquinho próximo a minha casa. Certamente ela nunca vai aceitar que eu me relacione com um homem branco, ela é  muito preconceituosa para aceitar isso, sua mente é muito pequena.

As pessoas falam muito em racismo contra negros, mas se esquecem que algumas pessoas de pele branca também sofrem algum tipo de preconceito, é claro que não tanto quanto os negros, mas sofrem. Conhecendo bem minha avó, ela com toda certeza faria piadinhas preconceituosas tanto comigo, quanto com Eduardo, então preferi evitar.

Chegou a minha parada, desci do ônibus, agora faltam poucos metros para eu chegar em casa. Caminhei cerca de 10 minutos e já me encontrava na porta de minha residência. Ao chegar, me deparo com minha avó assistindo TV na sala, tentei pergunta-lhe como foi seu dia, mas ela como sempre me tratou com indiferença, e quando finalmente disse algo, pediu para que eu me calasse, e assim fiz, deixei seu remédio sob uma escrivaninha na sala e fui em direção ao meu quarto. Olho no relógio de pulso antigo no meu braço, marcavam 6:30.

Então me dirigi ao banheiro, tomei um banho demorado, lavei os cabelos, logo em seguida saí e vesti uma roupa mais leve para começar a me produzir. Comecei escovando meu cabelo com um secador que a Crhis me deu a um tempo atrás, não conseguia manusea-lo muito bem, pois não entendo muito dessas coisas, não ficou bom quanto a de uma profissional, mas o resultado foi satisfatório. Assim que terminei a escova, comecei a chapinha, devido ao pouco tempo, fui fazendo em grandes mechas, fazendo assim, com que não ficasse tão bom quanto deveria, mas tudo bem, a gente se vira como pode.

A maquiagem, optei por algo mas leve, pra não ficar muito chamativa, em resultado da minha timidez, nunca gostei de me aparecer demais. Entretanto, a roupa demorei muito pra me decidir, não queria ir muito chamativa, mas também não queria ir tão simples, queria algo neutro, o que dificultou muito, já que as roupas que Mih me deu, a maioria era extremamente exagerada. Até que enfim acho algo que me agrado, escolho os sapatos, e o resultado do look não poderia ter ficado melhor.
Me olho no espelho, vejo o resultado de toda a produção do cabelo e maquiagem, e sim, me agradei muito.

CORES DO DESTINO (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora