CORES DO DESTINO (EM REVISÃO)

Capítulo 29

Acordo, olho ao meu lado e vejo o grande amor da minha vida, Edu, que ainda se encontra dormindo. Sento na cama, e apoio-me a cabeceira e fico o admirando, talvez tentando entender como é possível, um homem daquele se interessar por mim, ele que é milionário, bonito e acima de tudo uma pessoa de caráter, poderia ter qualquer mulher aos seus pés, mas não, ele me escolheu.

Confesso que por mais que o ame, ainda tenho medo, medo de que ele perceba de que não é isso que ele quer para sí mesmo, passar o resto da vida sofrendo preconceitos, porque infelizmente isso vai acontecer sempre. Tenho medo de que ele enjoe de mim, que perceba que isso na verdade não era amor, e que na verdade era só uma paixonite aguda. E o pior dos meus medos, eu diria, é que ele me troque por alguém, que traía minha confiança, para ser mais explícita, que ele seja infiel. Eu de forma alguma suportaria uma infidelidade vindo de sua parte. O que me faz nutrir esse medo, foi a decisão que tomei, posso dizer que nós tomamos, afinal ele concordou, de só nos relacionarmos sexualmente após o casamento.

Isso é loucura, tenho que tirar essas besteiras da minha cabeça, Edu seria incapaz de tal ato. -Diz com as mãos no rosto. Afinal, ninguém nunca me defendeu como ele, me tratou tão bem quanto ele, ele é único em todos os aspectos.

Hoje, domingo, quero tirar o dia pra descansar, e estudar um pouco para o vestibular, pois reconheço que nos últimos dias não tenho me dedicado como deveria, e se realmente quero ser uma médica, tenho que me esforçar mais e estudar muito. Meus pensamentos são interrompidos por uma voz meio rouca, como de quem acaba de acordar.

— Bom dia meu amor.

—Bom dia meu lindo.

—Dormiu bem?

—Sim amor. Acho que melhor, impossível. - Disse Mia sorrindo.- Mas e você? Conseguiu durmir bem nesse colchonete?

—Eu dormi em um colchonete? Me senti nas nuvens só pelo fato de ter dormido ao seu lado. -Respondeu Eduardo em tom de brincadeira.

—Bobo.

—Amor essa noite eu estava demorando a pegar no sono, e fiquei pensando umas coisas aleatórias.

—Tipo que o Edu? -Indagou com curiosidade.

—Não quero que pareça que esteja te cobrando algo, mas é que você me fez a mesma promessa que fez o seu pai a alguns anos. E digamos que a gente teve várias chances para você deixar de ser submissa e defender nosso amor, entretanto, você não fez nada, você simplesmente se esconde. Não quero parecer que estou sendo egoísta mas é que me dói ver você sempre se escondendo atrás dessa sua tristeza. - Disse Eduardo melancólico.

—Mas é que é tão difícil para mim Edu.

—Amor é difícil para todos. Nós dois estamos em um relacionamento juntos, então ambos tem que lutar por ele. Não estou reclamando em ter que te defender, jamais, em nome do nosso é minha obrigação. Entretanto, já não acha que está na hora de cumprir a sua promessa? -Olhando fixamente em seus olhos.

—Desculpe Edu. A partir de hoje vou mudar, em nome do nosso amor não serei mais a mesma. Vou lutar pelo nosso amor assim como você faz. Realmente não é justo que só você lute pelo nosso amor, sendo que ambos nos amamos. E hoje, finalmente, darei o meu primeiro passo para deixar de ser submissa. - Disse confiante

—Como assim hoje Mia? Como pode ter certeza de que vai ser hoje? -Indagou Eduardo

—Desde que começamos a namorar essa foi a primeira vez que dormi fora de casa, e a essa altura do campeonato, minha avó já deve ter descoberto que não dormi em casa. Não que ela se importe comigo, no fundo ela só tem medo de que eu engravide e jogue essa responsabilidade pra ela. Ela sempre fez questão de jogar na minha cara que ela foi obrigada a cuidar de mim, mas que não cuidará de mais ninguém.