CORES DO DESTINO (EM REVISÃO)

Capítulo 33

Mia Narrando

Logo que amanheceu, tratei de ligar para senhor Miguel avisando que hoje teria que sair mais cedo do trabalho, expliquei-lhe, e ele ficou tão feliz quanto eu. Terei que sair mais cedo porque Edu me fez um convite para ir em um casamento, no qual ele foi chamado para ser padrinho, e os noivos pediram que ele me chamasse para ser madrinha também. Esses amigos dele, cheguei a conhecer, e por sinal são pessoas de ótimo caráter que me trataram super bem, e em nenhum momento questionou me relacionamento com Edu. Eu estou muito feliz, pois nunca havia sido chamada para algo tão importante. Para falar a verdade, não sei nem o que vestir, por isso terei que sair mais cedo para me organizar, escolher roupas, sapatos, maquiagem, cabelo, coisas de mulher.
Embora esteja muito feliz, estou meio aflita também, pois Edu disse que teria algo importante para tratar comigo hoje, e eu não faço a mínima idéia do que seja. Já passou-se mil coisas pela minha cabeça, até mesmo que ele queira terminar. Mas pensando bem, não faz sentido, pois se ele fosse terminar comigo porque me levaria a um casamento dos amigos dele? Bom o melhor a se fazer é esperar e deixar de paranóia.

Felizmente o dia está passando rápido, veio poucos clientes hoje. No momento faltam apenas 15 minutos para eu ir embora, e confesso que não vejo a hora de chegar em casa e começar a me arrumar, estou eufórica, muito emocionada com o convite.

O dia literalmente voou, e agora já me encontro na porta de casa, ao abrir, não encontro minha avó sentada no sofá como de costume e então decido procura-lá. Procuro- a pelo quintal e percebo que ela mexeu em alguns ramos de plantas ( até estranhei, afinal ela morre de ciúmes daquilo), ao retornar, decido procurar na cozinha e a encontro amassando alguns ramos e uma água fervendo no fogão.

— Vó o que está fazendo? -Pergunta Mia estranhando.

— Não posso mais cozinhar dentro de minha própria cozinha? - Responde furiosa.

— Não é isso vó, é que a senhora nunca gostou de cozinhar.

— Menina me deixa, você está me atrapalhando.

— Tudo bem vó, vou deixá-la cozinhar. Mas não jantarei em casa. Vou sair com Edu.

— Pouco me importa. -Respondeu Dona Maria com desdenho.

Estranho minha avó querer cozinhar, ela nunca gostou, sempre pediu que eu fizesse. Mas tudo bem, se ela está cozinhando é sinal que está com saúde e disposição. Não vou ficar esquentando a cabeça com isso também não, vou me arrumar. Vou em direção a meu quarto e ao abrir meu guarda roupa não encontro nada que me agrade, nada a altura da ocasião, por um momento me entristeço, pois do que adianta ser chamada para o evento se não tenho o que vestir? Resolvo dar mais um olhada, e encontro um vestido muito lindo, só há um problema, ele é preto. Como vou de luto para o casamento dos outros? Mas é o que tenho, então irei ir com ele.

Edu passaria para me pegar as 7:00, e já são 6:00 horas, tenho que me arrumar o mais rápido possível. Entro para o banheiro, tomo um banho o mais depressa possível, lavo os cabelos, pois ainda tenho que tentar fazer uma escova, nem que seja para enganar. Saio do banheiro ainda enrolada na toalha e começo escovar meu cabelo por grandes mechas, logo em seguida passo a chapinha, e o resultado ficou razoável. Hora da maquiagem, descido passar um batom vermelho, e uma maquiagem clara, até porque não posso chegar me aparecendo mais do que a noiva.