Capítulo 17

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Acordei com o despertador do meu celular tocando, já era hora de me organizar e ir trabalhar. Levantei, fiz minhas higienes, arrumei tudo o que tinha que arrumar e fui entregar o remédio da minha  avó, nesse dia  não queria conversar com ela, eu estava muito magoada, só iria entregar o remédio dela e ir trabalhar. Assim fiz, entreguei-lhe  sem dar uma palavra, ela entretanto, me olhava séria, com raiva, percebendo meu silêncio.

— O gato comeu sua língua? -Perguntou Maria

-Mia guardou o copo sem dizer uma palavra.

— Estou falando com você menina.

— Vó por favor, hoje não.

Acho bom mudar essa cara, ou se esqueceu de ontem?!

Quando ouvi isso, simplesmente a olhei tentado entender suas atitudes, seu egoísmo, sua frieza. Minha mãe sempre foi uma pessoa tão doce, um verdadeiro anjo, ao contrário de minha avó que parece o próprio... Melhor deixar quieto.

Peguei minha bolsa e me dirigi ao ponto de ônibus para poder ir trabalhar.

Sentada no banco do ônibus, olhando a paisagem, me perco em meus pensamentos. E a imagem de Eduardo aparece em minha mente mesmo sem querer, cada vez que penso nele meu coração díspara, me falta o ar. Mas ao mesmo tempo, penso que se dessemos  certo, teríamos que enfrentar um preconceito muito grande da sociedade. Eu já estou acostumada com isso, mas ele não, e não quero que ele passe por esse tipo de coisa por minha culpa. Não quero nem pensar no hipótese dele sofrer por algo que não faz parte dele.

Já quando penso em Rico, sinto um certo desconforto, ele realmente não é o cara para mim. Já não quero me envolver com ninguém, com ele muito menos. Sinto uma insegurança muito grande quando estou ao lado dele. Mesmo que haja indícios ( cor da nossa pele) mostrando que formariamos  um "belo casal", algo me diz para não confiar tanto nesse homem. Eu sempre tenho um pé atrás com as pessoas, faz parte da minha defesa que aprendi a ter graças aos preconceitos sofridos diariamente, confesso que muitas desconfianças acabam sendo patéticas, reconheço, mas com esse cara não, tenho certeza que devo ficar de olho nele.

Meus pensamentos foram interrompidos quando meu celular tocou, era a Mih

Ligação ON

— Oi amiga

— Oi Mih

— Mia, aquele dia quando estávamos na sorveteria, tinha uma cara loiro, dos olhos azuis, a perfeição em pessoa. Por um acaso ele voltou na sorveteria algum dia?

Não posso acreditar, uma das minhas melhores amigas está apaixonada pelo MEU Eduardo? Engoli seco e respondi.

Não, não voltou mais. Não vou contar que ele esteve a minha procura.

Porque exitou em responder?

Engano seu amiga, é que me distraí.

— Sabe eu me encantei por aquele homem amiga, ele é tão lindo, aqueles olhos, ele me deu um sorriso de lado que me desmontou inteira, e  ainda por cima é rico, combina perfeitamente comigo não acha?

Não, eu definitivamente não estou ouvindo isso, esses elogios relacionados ao homem que eu amo, está me incomodando, e eu não posso dizer nada.

CORES DO DESTINO (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora