Script #3

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Da Pausa


A roda do ônibus desgastada

Com uma lasca de borracha rasgada

E velhos parafusos enferrujados

Tonteiam os olhos preocupados


Escadas que parecem infindáveis

Portas de madeira rangendo

E o vento os vidros tremendo

Aumentam medos inexplicáveis


Saio, então, nas horas vagas

Indiferente aos aborrecimentos

E sinto, de repente, que me afagas


Cheio de ternura e encantamento

Todos os males de mim apagas

Inefável Vento do esquecimento

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