Da lide
Preciso aceitar (será?) as coisas
Do modo como elas acontecem
O pensamento, alheio, tece
Urdiduras sempre confusas
A alma cheia de agruras
Não sabe o que lhe aborrece
Batalhas épicas se sucedem
E as lutas tornam-se profusas
O sangue, sempre jorrando, desce
Produzindo manchas obscuras
Nos campos, outros monstros aparecem
Provocando mais disputas
O litígio se multiplica por cem
Desconcertando a hipotenusa
Abalam-se, assim, as estruturas
E o sistema treme também
Quando as forças enfim perecem
A grande pergunta se desnuda:
Por que preciso aceitar as coisas
Do modo como elas acontecem?
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escriba
General FictionHá, neste livro, algumas narrativas oriundas de fatos corriqueiros em dois formatos: prosas e poemas. Estas formas nascem basicamente de reflexões feitas por alguém que, por exemplo, não sabe seu próprio gênero. A partir disto, muitos outros assunto...