Décimo primeiro

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Logo que comecei o trabalho no hospital, fiquei sem tempo para nada e me sentia mal e culpado por não dar a devida atenção ao Jimin, logo agora que estávamos tão bem em nosso relacionamento indefinido.
Eu trabalhava e estudava mais de vinte e quatro horas por dia e quando não estava fazendo isso, estava morrendo de sono e ele me mandava ir para casa dormir, e se já estivéssemos na minha casa ele me obrigava a dormir me induzindo com carinhos que faziam o sono vir em maior intensidade. Quando eu percebia, já era de manhã e ele não estava mais lá.

Durante esse tempo também não podia comer bem, porque não tinha dinheiro para isso e nem tempo. Consegui torrar todo o resto do meu dinheiro só no primeiro dia, porque eu sentia fome demais e o hospital estava cheio daquelas maquinas de comida.
Assim que Jimin descobriu sobre isso, ele apareceu na minha casa com sacolas cheias de comidas prontas e ingredientes, que ele mesmo fez questão de etiquetar e guardar da forma mais organizada possível.

Se a mãe dele visse algo assim, ela com certeza estaria espalhando aos sete ventos sobre como ele era um filho que não fazia nada para ela, mas corria quando se tratava de homens. A senhora Park era maravilhosa. Comecei a rir apenas com essa cena na minha mente.

— Por que está rindo? — perguntou com um sorriso adorável. Ele tinha a cabeça apoiada nas mãos e me encarava com aqueles olhinhos fofos.

— Não, nada — respondi sorrindo de volta.

Na primeira vez que Jimin tinha dormido na minha casa, eu o levei de volta na manhã seguinte e passei bastante tempo conversando com sua mãe e irmão, ambos agora gostavam ainda mais de mim, o que era ótimo porque ela não se importava de deixá-lo passar noites comigo sempre que queria.

Sentia que nossa relação estava mesmo avançando e nem tenho como explicar como aquilo era maravilhoso! A cada dia, podia sentir o quanto Jimin gostava mais de mim e fazia questão de demonstrar.
Começava a me sentir mais confiante, apesar de ainda ter medo de ser rápido demais e o assustar ou algo assim.

— Sabe, o aniversário da minha mãe é neste domingo — comentei hesitante. Ela havia dito que eu deveria leva-lo e apresentar para toda a família, mas isso era um passo e tanto a frente de onde estávamos. Mas eu conhecia sua mãe e seus irmãos, não era nada demais, né?!

— Ah, deseje feliz aniversário por mim — ele respondeu gentilmente. Pegou uma grande quantidade de comida e levou na minha direção. — Não estou vendo você comer, vamos!

Eu ri baixinho e abri a boca, aceitando ser alimentado por ele, que exibia um sorriso orgulhoso. Se ele ficava feliz cuidando de mim, não impediria isso.

— Na verdade — respondi tentando engolir toda aquela comida —, ela quer que você vá na festa comigo.

Tentei não ser óbvio ao observar sua reação, mas era impossível. Estava um pouco nervoso, o que poderia fazer se ele negasse?

— O que? Ela me quer lá? — perguntou surpreso. Assenti lentamente, ainda receoso, mas relaxei quando ele abriu um sorriso fofo. — É claro que eu vou. Com certeza eu vou, pode confirmar. Ai meu Deus! Preciso comprar um presente pra ela, vou ligar pra minha mãe. As mães sempre sabem o que mães gostam, né?! Será que ela vai gostar de mim?

Ri de seu nervosismo e acariciei seu rosto, me levantei um pouco apenas para beijá-lo rapidamente numa tentativa de tranquiliza-lo.
E tenho que dizer, era simplesmente maravilhoso a liberdade que tinha para o beijar quando quisesse agora, o melhor de tudo: Ele gostava!

— Ela já gosta de você — garanti. — Vou te pegar às duas horas no domingo. Tudo bem?

— Pode me pegar a hora que quiser — disse baixinho e riu depois.

* Vênus * Myg + Pjm *Onde histórias criam vida. Descubra agora