Capítulo 18

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Confesso que não tinha a intenção de trazer Paola para esse motel. Quando propus de almoçarmos hoje, só queria sua companhia, conversar e esquecer um pouco as coisas que estão me incomodando, mas, os problemas vieram até mim. Primeiro ao ver Pedro todo soltinho dando em cima dela – não sei porque, mas isso me incomodou – e depois, quando recebi a ligação de Helena, para tocar em um dos assuntos que não tinha a mínima vontade de falar.

Acho que foi no impulso, mas acabei fazendo a reserva nesse motel onde frequento normalmente quando quero encontrar com alguém de forma discreta. O dono, além de ser meu amigo de longa data, mantém um ambiente reservado para quem deseja vir sem ser jogado aos leões, se é que me entendem.

Assim que entrei percebi o olhar espantado de Paola, observando tudo a sua volta, o que me causou um pouco de graça, pois, é como se ela nunca tivesse vindo a um motel em sua vida.

- Podemos almoçar aqui e... - Fui me aproximando, fechando a porta que ela havia deixado aberta, a envolvendo em meus braços e colando minha boca em seu ouvido. - Nos divertir um pouco.

Senti seu corpo se tensar um pouco e sua respiração ficar pesada, como se ela estivesse nervosa, mas não tinha o porquê, afinal, já fizemos isso diversas vezes. Mas, para minha alegria e excitação, ela me abraçou, afundando seu rosto em meu pescoço antes de sussurrar.

- Achei a ideia excelente.

"Ahh! Que frase gostosa de se ouvir nesse momento." pensei já a puxando para um beijo faminto e cheio de tesão. Adoro sentir seus lábios colados aos meus. Ela sempre começa seu beijo de uma forma tímida e um pouco desajeitada – acho que é o nervosismo – mas, quando relaxa, a sinto se entregar com a mesma ânsia que eu, o que me faz perder o rumo e só desejar tê-la para mim.

Paola se aferrava a mim de uma forma possessiva, me fazendo sentir suas unhas segurarem minhas roupas com força, a ponto de me fazer achar que ela poderia rasgá-las. Seus beijos não me permitiam me desconcentrar, aumentando minha vontade dela.

Segurei-a pela cintura e a puxei para mim, caminhando de costas em direção a cama, onde me sentei a atraindo para se sentar em meu colo. Paola, obediente e perspicaz, se sentou com as pernas colocadas cada uma de um lado de meu corpo, enfiando suas mãos por entre meus cabelos e os puxando de maneira firme, aprofundando o beijo que já era delicioso.

Nossas línguas se cortejavam de maneira harmoniosa e brincalhona, sentindo-se, entrelaçando-se numa dança cheia de entrega e cobiça de se lançarem nos meandros de nossos desejos. Eu a queria e sabia que ela também me quer.

Levei minha mão a sua coxa e fui tateando sua pele, que sentia arrepiar com meu toque ávido, até alcançar seus glúteos durinhos e tentadores. Não pensei duas vezes, dando um forte apertão, que a fez gemer baixinho entre o beijo e jogar sua cabeça para trás, afastando nossos lábios, porém, não me senti frustrada, pois esse ato me permitiu te acesso ao seu pescoço macio e cheiroso.

Percebi suas mãos passeando pelos botões de minha camisa enquanto eu beijava, mordia e lambia seu pescoço, a fazendo suspirar. Paola, habilidosamente, foi desabotoando cada um deles, mesmo sem olhar o que fazia diretamente.

Voltei a buscar sua boca, dando leves mordidas naqueles lábios que me deixavam morrendo de sede. Ela me beijou com a mesma ânsia, enquanto suas mãos vageavam por meu pescoço, meu colo, alcançando meus seios, ainda protegidos pelo sutiã que eu usava.

- Você me deixa maluca, Paola. - Sussurrei ainda com nossos lábios próximos.

Ergui seu vestido, a quero nua, quero seu corpo sem barreiras, colado ao meu e quero agora. Paola ergueu os braços, permitindo que eu retirasse aquele monte de tecido desnecessário naquele momento, a deixando somente em um conjunto de lingerie na cor preta. Algo sensível, mas que a deixa linda.

Sombras do Desejo (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora