Capítulo 7

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OLÍVIA SARABELLY

“Às vezes, é preciso seguir o instinto.”
— Como Eu Era Antes de Você

  

    Não  foi preciso  mais que 30 minutos  para  que eu arrumasse minhas malas,ligasse para  Lex e contasse  o que aconteceu  por cima  e que não voltaria  para  casa hoje.
   Coloquei  a primeira coisa descente  em meu corpo.Vesti uma blusa  preta,calça  preta  e um par de botas ankle boot pretas.
  
—Okay,tudo pronto.— apareci  na sala,amarrando meus cabelos  em um coque frouxo.

   Vicenzo anuíu.A postura de um signore de Vicenzo me afetava  de uma maneira  inexplicável.

—Bella foi hospitalizada  no Milan Medical Lest.— informa.

  Saímos  de meu apartamento,pegamos o elevador.

   As portas se fecham  e um clima  totalmente  tenso toma conta.Eu,para não pesar  ainda mais o clima,começo  a mexer no meu celular,enviando mensagens  para  Lex.

   Odiava ficar preocupada  com essa cabeça voada. Peço para ela  tomar cuidado  e que não  beba muito.

—Eu pego para  você. — Vicenzo  foi mais rápido  com a mala pesada.

   Um Aston Martin  prata estava estacionado. Montanini  destrava  e me pede  para  entrar enquanto deixa meus pertences no porta-malas.

   Entro com um cuidado  extremo,afinal  esse carro é  mais caro  que Milão  inteira.Escuto o suave  tranco  do porta-malas e meu coração  acelera ao ver que Vicenzo  ficará  ali,ao meu lado.

—Cinto de segurança,Olívia. — pede sem me olhar nos olhos.

   Puxo o cinto  e o encaixo na trava.O maldito perfume dele alastrou-se por  todo o ar.
     Nenhuma  palavra  ou frase era dita.Uma torta de climão começou  a pairar sobre nós.
   Óbvio  que não ia pagar  de Santa  e fingir que espetei seu balão inflado á ego.Me desculpa,mas sou o alfinete  em pessoa,mi amore.
    Me encolho  no banco  de couro  branco  e respiro fundo.
  Uma música  começa  a tocar  no dvd player do carro.Caramba,era uma das minhas favoritas!

   Ashley  Monroe arrasa nesta música.

   No ímpeto,elevo minha mão  para  aumentar  um pouco mais  o volume.   
   Entretanto,Vicenzo  me imita  e a nossas  mãos  se tocam.Os olhos intensos  foram o bastante  para me fazer  ofegar por instantes.

—Me desculpa...—murmuro piscando os olhos excessivamente.

  Montanini  maneia  a cabeça,retornando  sua concentração  para  as ruas movimentadas  de Milão.

🎵📻🎤Eu gostaria de ter colocado minhas mãos em você
Mostrou uma coisa ou duas
Eu gostaria de ter te empurrado contra a parede
Tranque a porta e a cabine do banheiro, as janelas e a tela

   Canto  baixinho a última  parte.Olho para  meus pés,viajando na música boa dosada de uma sensualidade nas notas.
   
    Paro de cantar  ao flagrar Vicenzo  me secando  sem dó. Seus olhos  adquirirem um brilho felino,daqueles  que avisam que está  prestes  a dar seu bote.

    A noradrenalina  é  descarregada  em meu organismo,fazendo meu coração  acelerar.

   Odeio  essa  tal de noradrenalina!

    Porém,fico aliviada  ao perceber  que eu não  fui a única a ser  arrebatada com o toque da música salpicando o momento tenso.

   As pupilas pretas  dilatadas  em um mar azul mostram que ele estava  tão  afetado  quanto  eu.
   Vicenzo fuge de meus olhares  e para o carro.Havíamos chegado  ao hospital.
   Tiro o cinto  e deixo o conforto do veículo.Paro do lado da porta,firmando meus pés no salto  da ankle boot.
    Começo  a andar com dificuldade por aquelas  pedrinhas.Qual o ser humano  que me inventa  aquela tal de pedra minúscula  que entra no sapato?Que miséria!
    Sem querer,meu pé  direito vira e perco o apoio,pendendo para o lado,a tempo  de me estalalar no chão,se não  fosse  pelo ótimo  reflexo do Senhor Ogro Sherek di Montanini.
   
—Aiiii...—gemi chorosa.

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