Capítulo 38

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   Obtive  alta do hospital

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   Obtive  alta do hospital. Meu bebê  e eu fomos direto  para  casa,com  uma forte recomendação  de descanso.
   Sou extremamente  eclética,então  ficar  quieta  no cantinho  se torna um castigo  para mim.Mas,se é  para  o bem de minha  filha,farei tudo.Segurei todas as vírgulas que o médico  mandou.
   
—Amiga,quer um pedacinho  de bolo?Comprei lá  na padaria  que cê gosta.— Lexie me paparicava.

    Maneio a cabeça,em sinal  negativo.

—Muito obrigado,depois  eu como.— falei sorrindo.

— Sério?!—  ela come  o pedaço  que está  em sua mão  — Tá uma delícia,miga.

   Sorri e desembrulhei mais um presentinho  que a bebê  ganhou.
  Os Montaninis  só  faltam  esculpir diamantes no berço  da criança.Não duvido muito,pois Bella tinha um chocalho com rubis e safiras encrustadas.
   Lexie me ajudava a tirar aquilo sentada  no meio do tapete  da sala.Nós duas davamos gritinhos  histéricos  ao  ver aquelas coisinhas  do tamanho  da nossa mão.
     Minha amiga levanta um body branco e sorri apaixonada. Mas,segundos depois sua mente voa para longe.
   
— E Camillo?—  pergunto  puxando-a de  seus pensamentos.

— Ah,tá  lá.É...complicado. — ela junta as mãos  — Eu não  sei se é  o que quero...para mim.

  Arqueio  a sobrancelha.

— Você  gosta  dele?—  quis saber.

  Ela dá de ombro.

— É algo relativo,Liv.Camillo é...incrível.Mas acho que não  é  para mim.Ele tem sonhos de formar família,viajar pelo mundo e...—  ela se cala por instantes  — Não sei se quero viver isso,você  mais que ninguém  sabe de meus medos em relação à família.

   Respiro  fundo e me aproximei  dela.Seus olhos  apaixonados  não  negavam que seu coração havia sido enlaçado por Camillo.

— Você tem o direito  de ser feliz,minha amiga.Viva sem se importar tanto. Apenas se deixe ir...—  aconselho,mas não sei o que miséria de bagunça  minha  vida  é — ...Se ele for o cara da sua vida,você  vai saber.Só não  caia a ficha quando ele  estiver...longe.

     Meu futuro  pertencia  apenas  a uma pessoa agora. Minha filha.
   Focarei nela,assim  como  combinei com Vicenzo.Quero dar-me plenamente  a minha bebê.
   Depois  que ela nascer,o pai dela e eu nos resolveremos.
   Me recuperei do susto que tive  sobre a ameaça  de aborto. Sophie havia fugido de Milão,porque a denunciei.
   A vaca sumiu  do mapa,deixando para  trás  sua própria  filha. Está na cara que ela nunca  amou  a menina.
    Sinto pena de Bella,por ter uma mãe  louca como Sophie di Montanini.
   Vicenzo  insistiu  que seguranças  nos vigiassem,tanto a mim quanto  a Lexie.Meu pai foi totalmente  a favor.
   Sim,meu pai.Óbvio que não saio dizendo papai a todo momento. Mas,Gavin é um homem  incrível  e não  teve  culpa.Não há  o que se perdoar,sendo que ele nem sabia  da minha  existência.
   Agnes é uma mulher  doce e me aceitou  muito bem,me tratando  com respeito  e carinho. Não é  a toa que Gavin  e ela são tão apaixonados um pelo  outro.
   A cada dia que se passava sentia que ganhei mais uma amiga.Rose,a garota que ia enfiar um sapato  Louboutin  na minha guela,quando nos conhecemos. Ela me pediu desculpa super  envergonhada  e pediu para  reconheçarmos.
   Rose continua  sendo uma Vagabunda ,mas a diferença  é  que agora é uma Vagabunda que gosto.
    O tempo  corria em relação à  gravidez.
    No 4° mês as curvas de meu corpo  se mostraram  mais evidentes.A minha barriga  ficou mais acentuada  e grande,do jeitinho  que esperava.
  Todos os meu redor se derreteram por aquela  bolinha,especialmente  ele.
A única  coisa  que me pegou de surpresa  foi o desconforto  na hora  de dormir.Saía pegando  os travesseiros  do sofá,os meus e roubava  os da Lexie também.
  Minha bolinha  piccola começou  a mexer.Sim,a bichinha  é elétrica  e tenho certeza que  ela vai me dar muito trabalho.
   O 5° mês  chegou  tão  rápido  que nem vi.A sensação  de cansaço  andava em cima de minhas  costas,quase  como carregar  com um bebê  elefante e andar numa bicicleta  em uma corda bamba.
   Minha bolinha de gente não  parava  de mexer,principalmente  ao ouvir a voz de mia Bella.Deus!
   Quando Bella soube que ia ganhar  uma irmã,começou  a pular  e dizer que o Clube das meninas ia aumentar  e que teria de cuidar da sua nova  boneca.Todos os dias,tento conversar  com Bella,seja pessoalmente ou por chamada  de  vídeo.
    Eu amo mia Bellinha e ela assim como a Bolinha são minhas  filhas,sem nenhuma diferença. Creio que nossa relação  melhorou e muito depois  da novidade. Bella fica mais animada do que eu em relação à Bolinha,que por sua vez adora a irmã  sem ao menos conhecê-la.
   Fiquei morrendo  de amores quando Vicenzo e eu fomos a uma ultra  e vimos o exato  momento em que minha Bolinha chupava  o dedinho.
  Soltei  um "Wonnnnnn" tão  grande que arrisco dizer que Milão  inteiro escutou.
   O 6° mês  veio de fininho nas pontas  dos pés.Aprendi a andar feito  pata  cagada,sim meu povo.Tinha pelo 1 kg do bebê,fora  meu peso normal e aquela barriga  enorme.Carregar um bebê  para  lá  e para cá não  é  fácil  não. Carregar um bebê, senti-lo se mexer quando a barriga é acariciada, acordar porque ele está agitado, descansar quando ele adormece, saber que ele ouve a sua voz… No 6º mês de gravidez não resta nenhuma dúvida, sou mãe.
   Dai,vinha os medos,sonhos  malucos e pensamentos  ruins.Nesta parte,Vicenzo se mostrou  muito mais que o dono da metade  dos cromossomos da bolinha.Ele me acalma,às vezes saíamos  para um sorvete  ou simplesmente  ligava chorando  no meio da noite  e ele corria para  fazer minhas  vontades.
     No 7° mês  a Bolinha  não  mexeu muito,porque faltava  espaço. Mas,sabia que ela estava muito  bem.
Cuidava para que minha filha  viesse ao mundo saudável.
   O 8° rastejou mas chegou!Glória,aleluia!A bolinha  pesa 2,5 kg e tinha 50 cm.
  Matt dizia  que ela era uma  bolinha  porque  quando  íamos  vê-la  na ultra,ela se enrolava feito  um tatu-bolinha.Daí,o nome pegou  e agora  todo mundo só  a chama  de bolinha.
   Eu ainda não  escolhi o nome. São muitas  opções  e ainda temos mais um mês para decidir.
  
—Para de chorar,Olívia...— Lexie pedia  com paciência.

   Mais lágrimas e gemidos  incompreensíveis.Estava sentada  na minha cama,com as pernas  dobradas  como  índio  e com um pote de brigadeiro  nas mãos,enquanto  chorava.
    A companhia toca  e Lexie  descruza os braços e caminha  para  ir atender.
   Não  parei  de chorar  e enfiei uma colher de doce na boca.
   Escuto  vozes conversando  entre si e um par de olhos safiras surgem no rumo da porta.

—Conversa  com  ela,porque  eu já não  sei o que fazer  para  entender  o que ela diz.Preciso de legendas,please.
— Lexie segura as costas  de Vicenzo e empurra para  dentro  do quarto —Sejam felizes.Tchau fica ai.

   Ela fecha a porta do quarto.Vicenzo parecia  ter sido arrancado  de uma reunião  apenas para  satisfazer  os caprichos de Lexie...e indiretamente os meus.
 

— O que houve,Liv?Por que está chorando,hm?—  sua voz doce e calma  era um bálsamo  para  minhas  paranóias

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— O que houve,Liv?Por que está chorando,hm?—  sua voz doce e calma  era um bálsamo  para  minhas  paranóias.

    Continuei  a chorar. Ele olha em volta e vê  algumas peças  de roupas jogadas  ao chão.

— Quer conversar?—  ele limpa uma lágrima  de meu olho.
  
   Anuí.

—Okay,respire  fundo  e se acalme...—  pede parecendo  um buda zen.

   Continuou  a pedir para  respirar  bem  fundo  e disse algumas outras coisas.
  Obedeço suas ordens e finalmente  desembucho.Nossa,acho que ele leva jeito para ser um terapeuta!

— Eu...— soluço  — ...Eu...Estou parecendo  uma Jabulane.Uma bola da Fifa Word.Fui colocar uma roupa  e nenhuma me serviu...—  voltei a chorar.

   Vicenzo ergueu uma sobrancelha delineada naturalmente.

— Okay...— ele olha em volta  e para no doce  em minhas  mãos.

— Vou ficar uma  obesa  mórbida,provavelmente  não  vai querer  nem me ver de camisola mais...— tudo para mim fazia mais sentindo — Não vai ter camisola  para  mim e vou ter que me enrolar  nas cortinas da casa...Não vou mais andar só  rolar feito a Brazuca e a Jabulani!!!Fora isso eu tou morrendo  na seca.Se eu gritar um cachorro  morre.Preciso trocar  fluídos  corporais  com alguém!Estou necessitada!QUERO FAZER AMOR,OBRIGADA!— chorei  copiosamente.

   Vicenzo fechou os olhos e mordeu o lábio  inferior,numa  tentativa de esconder  o sorriso.
   Frisei as pálpebras  e o adago em pensamento.
  Filho de uma cachorra (que me perdoe  a Letizia!).
  
— Do que está  rindo,seu stupido?— perguntei  possessa.

    Montanini  levantou  as mãos  em sinal  de "não sei".Fiz um bico raivoso.

—Olívia...Você não  engordou  nada,meu anjo.—  ele diz,mas sei que ele quer fazer com  que me sinta bem —  Além disso,você  é  linda  magra,gorda,alta,baixa ...Não importa.E sim,eu quero vê-la  com camisola,sem...Quero-a para mim.Acredite,Mio Diamante.

   Pisco e anuí.

— Tou parecendo  uma louca,né?—  pergunto,tampando o pote de  brigadeiro  e o deixando  sobre  a mesinha.

    Vicenzo sorriu,negando.

— Você  está  grávida,cansada,carregando  um bebê  pesado  dentro de seu corpo.É normal  que se sinta  assim...—  ele coloca a mexa de meu cabelo para trás.—  E quanto a os "fluídos corporais" —  seus lábios  se erguem em um sorriso malicioso  e doce na  mesma  proporção — Estou aqui...A seu favor.

   Sorri e bati em seu ombro.Olhei em seus olhos  e ferrou.

— Meu Deus....não abre esse sorriso safado de novo.—  murmurei e parto  para o ringue.

   Esse homem  que deve ter medo  de mim hoje,do jeito  que estou,Vicenzo vai parar  na UTI pedindo K.O.
  

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