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OLÍVIA  NARRANDO

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OLÍVIA  NARRANDO

—Amor,ainda está bravo com o que aconteceu?Eles são  crianças,Vince...—solto meus cabelos do coque.

   Na parte da manhã,Vicenzo teve de comparecer a uma reunião  de emergência na escola nova  de Bella.
  Na verdade,é uma creche para crianças menores de 5 anos.Quando fomos escolher,observamos todos os detalhes e o que mais me chamou atenção foi que a escolinha aceita crianças bolsistas.

—Bella ficará de castigo de todo modo.Não pode sair agredindo nenhum coleguinha,Liv.—diz,carrancudo.

  Carrancudo,porém sexy demais com seu terno sem mácula.

—Lembre-se que foi por uma boa causa,se é que se pode dizer.O coleguinha dela não merecia passar vergonha só porque é bolsista,A Senhora Maria explicou a situação  e disse que não  vai haver punição grave....Então,esquece...—cruzo os braços na altura do peito,escostando borda da mesa.

—Bella apesar de tudo precisa de limites.Não vem com seu jeitinho manhoso intervir. —deixa seu agenda de anotações  de lado.

    Seus olhos focam os meus.

—Ela só fez o que eu faria,e potencialmente o que você  também. Reduza a pena de castigo,sabe que ela ama ir para  casa de meus pais...— fiz uma carinha meiga.

   Por um instante,vi seus olhos amolecerem por compaixão. Exploro isso com a habilidade  que tanto sei usar.

—Por favor....?!— uno as mãos,imitando o olhar  gato de botas.

    Seus lábios ampliam  um sorriso presunçoso.Ele sabe que sou  ótima advogada.

—Você realmente  virou advogada de nossas filhas!—suas mãos se erguem  e grudam no cós  de minha saia de couro. —Mas,irei pensar no seu caso.

    Me puxa,fazendo cair  sobre  seu colo.

—Promete?— indago.

   Anuí  em resposta.

—Com palavras.—tento ser mais exata.

—Prometo que irei pensar  no assunto da gangue de mulheres que sabotam minha tentativa de castigo,mas que consegue me fazer amolecer com um sorriso na boca. —sorri mostrando  sua arcada perfeita e alinhada.

—Eu te amo...—digo satisfeita.

   Dei um selinho em seu lábios  e ia me levantar,mas meu plano foi por água a baixo quando suas mãos fincam em minha cintura,do jeitinho que amo.

—Irá me deixar aqui sozinho na solidão de um escritório?—indaga me avaliando de cima a baixo.

  Na realidade,o escritório era um cômodo que ficava interligado com nosso quarto. Assim que voltamos de lua de mel em Maldivas,pedi para Dom começar esse novo projeto.
    Ficaria fácil e mais confortável para meu marido ter um escritório a dez passos da cama,aproveitando o espaço que um dia foi o santo santuário  de Sophie,que hoje apodrece na cadeia.

Querida babá Onde histórias criam vida. Descubra agora