Capítulo 11

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OLIVIA SARABELLY

—O que deseja  conversar comigo,Senhor  Montanini?— indago  acalmando  meu coração descompassado.

   Vicenzo mirou a cadeira  e entendi sua ordem.Me sentei,resignada.
   Ele conversava  ao telefone,o que imagino  ser importante.Espero terminar sua ligação e percebo que o homem não está para brincadeira.

,reuna os designer da coleção  Ophala negra  e me mande os moldes...— rola os olhos, ordenando em um tom enfadonho —Exato.Muito bom,obrigado.

   Desligou a ligação e colocou  o telefone  sem fio no ramal.
    Sorri desconfortável.Deus,onde me meti?

—Escute-me,Olívia.Sobre ontem,eu sinto muito.—sua voz misturada ao sotaque  deveria ser ilegal de tão  sexy,ah!Como odeio-o!  —...Acho que nos  levamos pelo momento.

   Uni minhas mãos e as descansei sobre  o colo,num gesto  digno  da Princesa  Kate Middleton.

—Concordo,foi mais que errado.Você é noivo,se casará em breve e não  devo me meter na vida  pessoal do meu chefe.Sendo assim,creio que não  deve se preocupar  quanto ao que quase aconteceu,Vicenzo. — respondi,orgulhosa  por minha postura  excelente. —Manteremos  a relação  estritamente  profissional. Como deve ser.

   Ele me olhou,sua sobrancelha  escura  levemente  arqueada,adotando  um ar de Todo  Poderoso.
   Fixou os olhos azuis flamejantes  em minha pessoa. Me senti  minúscula,como um inseto sobre  lâmina de um microscópio.
   Encolho  o corpo automaticamente,agora me sentia  nua sobre  seus olhares  compenetrados em mim.Odiava a forma que ele estudava  meus movimentos  e as reações  de meu corpo à ele.Droga!Droga!
   
Parece  com medo...—  observa  o dedo indicador  sobre os lábios.

—Eu não  estou. —ri nervosa. —Deveria?

     Os olhos do moreno me analisam.

—De forma alguma,mia cara.— ainda me testando ,fazendo  cada célula  do meu corpo se apertarem. —Estou  apenas a dizer que não desejo de nenhuma maneira  que se sinta acuada quando  no mesmo ambiente  que eu.

   Meus lábios  se curvam em um sorriso debochado.

—Medo,não.—corrigi de imediato —
Na realidade,não me  sinto  confortável,mas por Bella eu farei meus "sacrifícios ",meu caro.— provoquei.

   Um clima totalmente  diferente  toma conta do escritório,retornando a lembranças  da noite passada.
   Vicenzo abaixa a mão e deixa  a caneta banhada  a ouro sobre a superfície  plana e polida de sua mesa.
   Se levantou,vagarosamente.Fiquei parecendo  uma gatinha  acuada...e com medo do brilho  avassalador  que reverbera de seus olhos azuis.
   Ele em passos  calculados,se encosta na tampa da mesa,a frente de minha cadeira,me encarando  de cima.
  
—Por que  é  um sacrifício ficar ao meu lado,cara mia?—indaga  em tom rouco.

Prendo a  respiração.Começo a ficar  inquieta  sobre a cadeira,os olhares  dele me atingiam com a fúria  de um vulcão.Deus...Eu estou excitada?!

—Porque não  o suporto. —sou sincera. —É intragável.

   Seu semblante  ganhou ares de pura arrogância. O bastardo gostou  da resposta?

—Você  não  me conhece.Ainda.—  frisa  a última palavra —Dizem que não  se julga um livro  pela capa,não  é  mesmo?

    Inclinei-me.

—Realmente. Mas,isso não  se torna  verídico em seu caso,Senhor.— afirmo,repentinamente travessa.

     Caramba,eu acordei com o espírito  suicida hoje?

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