Um dia me disseram que as vezes o vento erra a direção.
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- Argh! De novo? - Rose, pela quinta vez, tenta fazer um coque arrumado nos cabelos e não dá certo. O vento não colabora.
Hoje ela acordou altamente estressada e não está sabendo lidar com isso. Seu cliente a contratou para levá-la a um clube, onde irá acontecer partidas de tênis. Ou seja, velhotes jogando uma bola de um lado pro outro, porque não conseguem mais correr atrás de uma bola de futebol.
- Fica mais bonita com o cabelo solto. - Ouve uma voz rouca no pé do ouvido, enquanto, ainda tenta amarrar o cabelo. Ela a reconheceria há quilômetros.
- Devo levar como um elogio? - Ela se vira e encara os temidos olhos de Edward.
- Talvez. - Sorri e ela fica ainda mais tímida.
- Não te pago para ficar conversando com outros homens. - Owen, o cliente de hoje, se manifesta de algum lugar.
As vezes eles a tratam assim, como se fossem realmente seus donos. Rose não pôde reclamar. Apenas se afasta e Edward a observa indo para mais longe e sumindo do seu campo de visão. Ele não liga mais, apenas segue para a quadra número dois e começa o jogo contra Bruce.
- Preparado pra perder, Bruce?
- Se o jogador do outro lado não fosse você, eu até pensaria na hipótese, pequeno Ed.
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Edward perdeu as duas partidas e Bruce está há mais de quarenta minutos falando sobre a partida e o quão péssimo Edward jogou. Ele perdeu as contas de quantas vezes revirou os olhos para Bruce e seu assunto.
- Vou embora logo, antes que eu quebre essa sua cara de bunda. - Edward se levanta e deixa Bruce sorrindo na mesa, na companhia da garrafa de água que ele está deixando para trás.
- Semana que vem quero vir de novo. Acho que estou pegando o jeito pra coisa. - Bruce grita e Edward apenas tira seu boné e bagunça os cabelos.
No estacionamento só há carros importados e o de Edward não poderia ser diferente. Ele retira a chave do bolso e destrava sua Range Rover.
- Me solta, seu velho seboso. - Ele ouve uma voz longe e jura a reconhecer. Fica quieto por alguns segundos, mas nada acontece.
- Socorro!
Edward tem certeza que reconhece essa voz. É ela! É Rose! Ele começa a procurar com os olhos e não a encontra em lugar algum. O desespero e a adrenalina domina todo o seu corpo.
- Rose! - Grita.
Ele avista uma mão atrás de um carro e se apressa para chegar o quanto antes no local. Ele não pensa em nada, apenas dispara um soco no homem que está com os braços envoltos em Rose. Ele cai e ela, agora, envolve seus braços no corpo de Edward, de forma involuntária, a procura de proteção.
- Eu estou te pagando, sua vadia. Volta aqui. - O homem fala sério, ainda com a mão no queixo, devido ao soco que levara a pouco.
- Não pense em procurá-la mais. Fui claro?! - Fala com o tom mais autoritário que tinha em si.
- Vai proteger essa vagabunda, Edward? - Agora ele está de pé, tentando se recompor.
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O contrato (concluída)
RomanceQual a probabilidade de quatro meses serem transformados em uma vida? Acompanhante de luxo e conformada que era aquilo que a vida tinha a lhe oferecer, Rose conhece o incrível e enigmático Edward. Edward, sério e completamente focado nos seus obje...