Capítulo 7

5.8K 548 23
                                    

A gente todos os dias arruma os cabelos: por que não o coração?

Edward olhava para seu celular em cima da mesa de vidro e sentia ainda mais raiva. Na foto, Rose estava apenas de calcinha, em cima de um velho que no momento, não importava para ele saber quem era. Só queria entender porque ela tentou enganá-lo. Ele odiava quando tentavam lhe passar a perna. Foi tão bom com ela: lhe tratava tão bem e lhe concedera um trabalho.

Ela adentra a sua sala vestindo uma saia preta até o joelho e uma blusa azul, cetim. Estava divinamente bela. Ela passa por ele como se não houvesse ninguém ali e se senta na sua mesa. Seus olhos estão inchados e jura que sua esclera está avermelhada, por causa do choro na noite passada.

- Rose? - Edward toma coragem para falar com ela.

- Sim. - Ela a olha e ele percebe o quão seus olhos estão marejados. Pensa em pedir desculpas.

- É, eu... - É interrompido.

- Estamos atrasados pra audiência, Edward. - Bruce entra na sala sem pedir licença, como sempre. Ele fala sério.

- Conversamos depois. - Diz a Rose e ela apenas assente.

Ele se retira da sala. Emma entra poucos minutos depois e elas engatam em um belo dia de trabalho. A secretária de Edward lhe mostra como deveram ser feito os trabalhos, sempre muito simpática. Rose as vezes sentia falta de ter amigas, alguém para conversar ou algum colo para chorar de vez em quando. Emma sai horas depois, dizendo voltar assim que der e lhe deixa ali, perdidas em pensamentos, até receber uma ligação do seu pai.

- Como minha princesa está? - Seu pai, como sempre, um amor.

- A sua princesa sou eu. - Ouve a voz de Nath no fundo. Era incrível seu ciúmes.

- Vou bem, papai. Como o senhor está? - Demonstra preocupação. - Nath, quando vai deixar esse ciume?

- Com muitas saudades. Estou de saída para o médico. Sua mãe insistiu que eu deveria ir, só porque senti alguns apertos no peito. - Isso causa a Rose uma imensa preocupação. Nunca aceitaria perder seu pai ou qualquer um da família.

- Ela está mais que certa. Não seja cabeça dura. Me conte como foi lá, depois.

- Oh, meu amor, você está no trabalho? Sequer me lembrei.

- Sim. Mudei de trabalho. Estou muito feliz. - Mente e sente uma dor no peito por fazer isso. Sua família acreditara que ela trabalhava como gerente em um café.

- Que bom, meu amor. Fico feliz por você. Um beijo. Eu te amo. - Seu velho se despede.

- Te amo muito, papai. - Falar "papai" a levava diretamente para sua infância, causando uma nostalgia fora do comum.

Voltou a seus afazeres, mas seu pensamento estava muito longe. Tivera extrema dificuldade de concentração. Não era diferente com Edward, que estava no tribunal, mas era como se não estivesse. Bruce a todo momento chamava sua atenção e já estava irritado por o irmão "está no mundo da lua". No fim, todos ficaram felizes. A EngScher entregara a construção e não era mais responsável por nada que viesse de Dylan. Ao contrário dele, que pagou todo o restante que faltava e assinou acordo de parada na construção, por no mínimo, dois anos.

🌷

Rose enfim chegou em casa. Edward não voltara a empresa após a audiência, ele precisava esfriar a cabeça para falar com sua acompanhante. A menina se desfez de toda a sua roupa, tomou um banho de banheira e sentiu seus músculos relaxarem. Ela não sabia ao certo o que faria a partir dali, mas não queria pensar... apenas aproveitar o momento a sós.

O contrato (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora