Capítulo 25

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Esta deveria ser a última coisa que vejo?

Quero que você saiba que é o bastante para mim

Pois tudo que você é, é tudo que eu preciso.

(Tenerife Sea - Ed Sheeran)

A segunda começou agitada. Assim que Edward saira do apartamento da mulher, bem cedo, ela tratou de ir trabalhar. Tinha reuniões e muitos detalhes a serem acertados.

- Vi a foto que Bruce postou nas redes sociais. Quem são aqueles pedaços de mal caminho? - Justine pergunta a amiga.

- Você é casada.

- Exatamente e não cega. O padre disse amém, não enfiou uma faca no meu olho, Rose. Ande, diga, quem são?!

- Amigos. São bem legais, até.

- Você os conhece? Deus! - se abana.

Rose sorri da amiga. Justine tentava ser uma empresária seria, mas era uma missão quase impossível.

- Tem um mês que nos conhecemos, eu acho. Tem pouco tempo, eu sei, mas eles são legais, como eu disse.

- Precisa fazer uma festa e convidar as amigas.

- E você levar o Lucca. - levanta o dedo em que tem sua aliança.

- Não corta meu barato. - bufa.

- Você não seria capaz...

Justine revira os olhos.

- É óbvio que não. Eu amo aquele loiro aguado.

As duas sorriem.

- Mas e Edward? Se recuperou?

- Completamente. Ele está tendo alguns acompanhamentos, mas nada sério. Só revisões.

As duas conversam e escrevem nos papeis ao mesmo tempo e quem olhasse a cena, acharia até engraçado. Tem xícara de café ao lado, óculos nos rostos e um monte de papéis sob uma mesa no escritório, quem assiste, jura serem duas empresárias sérias.

Elas tentam, mas vez ou outra piadas ou assuntos banais são falados. As duas conversam, agora, sobre os últimos detalhes dos preços das peças. Serão exclusivas, sem cópias.

- Exclusivas? - Rose sorri.

- Não a coleção completa. Tem algumas peças que são lindas demais para serem usadas apenas por uma pessoa.

- Modesta, você. - brinca.

Uma funcionária bate na porta.

- Entre. - as duas dizem ao mesmo tempo.

- A floricultura acabou de deixar. São pra você, Rose.

- Pra mim? - põe a mão no peito.

- É o que o cartão diz. Para Rose. - repete o que leu.

- Hum, tem até cartão... vejo que a noite foi boa. - Justine comenta.

Rose revira os olhos e dispensa a funcionária da loja. Ela cheira as flores. São rosas vermelhas. Clichê, mas perfeitas quando se trata do amor. A mulher abre o cartão.

Tenha um bom dia, meu amor.

Eu te amo.

Para sempre, seu Edward.

Rose sorri como boba, ao ler o bilhete escrito a mão. Justine observa a cena com as sobrancelhas arqueadas. Ela sempre soube de toda a história, desde o início, os mínimos e os máximos detalhes. Nunca julgou nenhuma atitude que a amiga tomara, mas não imaginava que tudo pudesse acabar bem entre eles.

O contrato (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora