O contrato (concluída)

Capítulo 15

Eu gostaria de poder dizer todas estas palavras

Todas essas coisas que o seu coração nunca ouviu

Mas eu vi a dor em seus olhos 

E ele selou meus lábios

(Shadow - Austin Mahone)

Edward chegara noite passada da viagem que fez a Washington. Ficou quatro dias longe de Rose e agora se pega olhando a mulher na mesa ao lado, que se concentra em alguns papéis; e percebe a enorme falta que sentiu dela durante os dias que passara longe.

Optou por não levá-la, pois se não continuasse com o contrato, teria que se acostumar a viajar e viver sozinho novamente. Durante os dias, não trocaram mais que três torpedos. Ela até enviara algumas mensagens falando sobre coisas desnecessárias da empresa, mas Edward preferiu fingir que aquilo não era com ele.

- Vamos a uma construção. - Rose levanta o rosto e o olha por cima do óculos.

Em silêncio ela se levanta, pega sua bolsa e segue em direção ao homem que lhe espera na porta. Ela agora observa o quanto ele estava bonito com aquele terno bem alinhado e que marcava tão bem os músculos.

- Como foi a viagem? - Quebra o silêncio no elevador.

- Foi bem. Bruce parece está se dedicando a empresa.

Ela não forma qualquer frase e eles seguem o caminho em silêncio, até que Rose enxerga o tamanho prédio que está sendo construído.

- É esse?

- Lindo, não é?

- Muito. - Ela fala encantada.

Eles descem, colocam os equipamentos adequados para a visita e adentram a construção. Alguns homens não deixam de notar as belas pernas de Rose que estão amostra e Edward deixa que ela passe a frente. Jamais deixaria algum engraçadinho jogar qualquer piada ou olhá-la de outra maneira.

- Quanto tempo, Edward. - Logan, o encarregado da obra vem ao encontro do casal.

- Logan! - Edward fala animado.

- O que lhe traz aqui? - O homem diz. - E quem é essa bela mulher? Assistente? - Estende a mão para Rose, que aperta sem respondê-lo, esperando que Edward faça isso.

- Vim saber como andam as obras por aqui. Há tempos não fazia vistoria. - Ele diz.

Edward foge da pergunta e Rose sabia que ele jamais seria capaz de assumi-la publicamente. Apesar de linda e elegante, ela jamais faria parte da alta sociedade. Não culpa Edward ou quem quer que seja, apenas aceita ser quem ela é.

- Vamos. Por aqui. - Edward põe a mão nas costas de Rose e a conduz para frente, para que continuem o passeio pela obra.

Depois de toda a checagem, Edward a leva para almoçar em um restaurante sofisticado e que ele conhecia bem. Adorava os lugares que cheiravam a riqueza.

- Queria aproveitar para conversar. - Ele diz, assim que se senta à mesa.

O garçom veio fazer o seu trabalho e ele não precisa sequer olhar o cardápio, sabia de cór e salteado ele por completo. Pedira o que sempre come e Rose o acompanha com o mesmo prato.

- Diga. - Ela fecha o cardápio e entrega pro homem de branco ao seu lado, que assente com a cabeça, pede licença e se retira.

- Lembra-se do prazo do nosso contrato?