Capítulo 14

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LEONARDO

Observo a Bela que está a alguns centímetros de distância. Ela está olhando de forma carinhosa para as crianças que estão brincando no parque de diversões. Seus olhos azuis demonstram o quanto está gostando.
Bela não é apenas uma personalidade forte, por trás de toda essa casca existe uma mulher sensível, que tem o sorriso mais lindo que já tive o prazer de ver.

— Vamos na roda gigante? — Convido.

— Acho que estamos velhos demais para frequentar um parque de diversões, mas confesso que desde que cheguei aqui estou com vontade de ir na roda gigante. — Ela vem até mim deixando que eu a envolva em um abraço apertado a aquecendo.

— Então vamos. Depois vamos comprar um cachorro quente. Um parque de diversões não é um parque de diversões se não tiver cachorro quente.

Ela concorda passando os lábios em meu pescoço me abraçando com força. Dificilmente a minha doçura é carinhosa comigo, mas sempre que acontece uma pontada de esperança toma conta do meu coração.
Olho para ela gravando cada mísero detalhe do seu rosto delicado, logo ela percebe que eu estava a observando e ergue o seu olhar em busca de resposta.

— Por que está me olhando?

— Gosto de te observar.

— Isso é algo bom?

— Depende, na minha opinião é algo bom. — Passo minha mão nos seus cabelos negros colocando uma mecha atrás de sua orelha. — Te observando eu consigo gravar as suas manias, sei que quando está muito nervosa suas bochechas ficam levemente coradas, e quando mente sempre desvia o olhar.

— Não me parece tão bom. Quando as pessoas te conhecem muito bem sabem todas as suas fraquezas.

— Doçura, todos nós temos fraquezas.

— Tudo bem, Leo. Não quero discutir com você. Vamos logo na roda gigante.

Beijo sua testa antes de seguir até a bilheteria para comprar os ingressos e seguir para a fila. Quando finalmente chega a nossa vez eu ajudo a Bela a subir na pequena cabine.

— A visão é linda. — Sussurra se aproximando ainda mais da parte de vidro que dá uma bela visão dos arredores do parque. — Venha aqui, Leo. Não é possível que você tenha medo de altura, afinal trabalha como piloto. — Ela me chama animada.

Bela já está aparentemente bem, mas me preocupo com a saúde dela. Por mim teríamos ficado no hospital até descobrir o que realmente aconteceu com ela naquele noite. O fato dela ser cabeça dura me incomoda, se for algo grave ela precisa se tratar, mas como convencê-la? Eu não posso amarrá-la e a levar a força em um psicólogo. Sinto uma vontade imensa de protegê-la, mas para isso preciso da permissão dela.

Vou até ela e aproveito para abraçá-la por trás deixando a minha cabeça apoiada em seu ombro. Ela sorri e coloca suas mãos sobre as minhas que estão em sua cintura entrelaçando nossos dedos. Sou mesmo um bobo apaixonado, esse simples gesto mexeu comigo. Estar com a Bela é como andar em uma montanha russa, em um segundo você está lá em cima, e no segundo seguinte já está despencando.

— Está com frio? — Pergunto a ajudando descer da roda gigante.

— Muito. Vamos logo comer o cachorro quente e voltar para o hotel.

— Eu te esquento. — A abraço de lado.

— Vamos dormir de conchinha.

— Uma ordem? — Brinco.

Você Não Soube Me Esquecer (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora