Capítulo Vinte e Três

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Três semanas depois.

Estava mais que ansiosa para tudo começar logo. Hoje era o dia do meu casamento e da minha coroação. O dia mais importante da minha vida. Não esperava para tudo começar logo. Mas minhas costureiras ainda estavam dando um retoque no vestido. O vestido do casamento e da coroação (que viria primeiro) era bege e tomara que caia, arrastava no chão e tinha renda cobrindo o vestido inteiro. Era perfeito. E o do baile era branco com alguns detalhes verdes, tinhas as duas mangas, porém uma delas caia sobre o ombro.

- Aí. - Eu falei.

- Desculpa princesa.

- Tudo bem ...

- Prontíssima... está perfeita. Estou tão emocionada princesa.

- Ah, Laura... você é um doce. Posso sair agora?

- Não! – ela gritou.

- Calma. Por que não posso?

- Claro que seu futuro marido não pode lhe ver antes do casamento.

- Que? Está falando que eu vou ter que ficar presa aqui até a hora do casamento?

- Sim.

- Mais eu estou com fome, e com sede ...e além de tudo cansada de ficar aqui.

- A senhorita não vai sair daqui. Eu sim. Vou chamar Antônia para trazer água e comida a você.

- Tudo bem...

É eu realmente teria que fica ali até a hora certa. Mas por um lado, acho que ela estava certa. Qual seria a graça se meu Amado Marcelo me visse tão linda sem ser no altar? A emoção não seria a mesma. Antônia me trouxe a coisa, e eu fiquei esperando e esperando. Até minha mãe, enfim! Chegar lá.

- Ah meu Deus, olhe como você está linda! Da uma rodada filha...

Levantei toda feliz, eu realmente estava muito bonita, como nunca estive. E dei uma rodada com o vestido.

- Está linda. Perfeita. - Minha mãe me disse, me dando um abraço.

- Obrigada mãe. Te amo.

- Vai dar tudo certa filha. Confie em mim.

- Como o Marcelo está? Bonito? Qual sua roupa?

- Está super curiosa não é mesmo?! Pena que eu não posso falar...

- Mãe!!! - Eu falei sorrindo.

Conversamos um pouco. Mais logo chegou um guarda e disse que já estava na hora de irmos. Minhas mãos gelaram na hora. Minha mãe disse que ia ficar tudo bem.

Saímos por um lado que ninguém nos visse, encontrei meu pai lá fora dos portões me aguardando. De pensar que Noquia e Boquia inteiro estava presente no meu casamento e coroação, meu coração faltava sair pela boca.

- Está linda filha.

- Obrigada pai.

- Nervosa?

- Mais que tudo.

- Olhei para a frente. E não tropece.

- Tudo bem.

Estávamos na frente dos portões, esperando que eles fossem abertos. Quando a música tema do casamento começou a tocar os portões se abriram. Pude ver centenas de pessoas olhando para mim. Mais a primeira pessoa que pensei em olhar, estava em cima do altar, maravilhoso como sempre, com seu jeito charmoso e sorriso delicado ele estava me encarando. Dei uma piscada e o observei sorrir em retorno. Eu e meu pai já estávamos na metade do caminho. Quando chegamos lá, eles apertaram as mãos e depois meu pai saiu e me deixou.

A Garota da Capa Azul - RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora