Capítulo Nove

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Como eu imaginei, quando chegou, Jacke  foi direto ao meu quarto .

- Imaginei que estivesse aqui princesa. - Falou assim que entrou.

- Meu lugar secreto. - Disse seguido de um sorriso .

- Eu já fiquei sabendo que não iremos hoje... O baile.

- Você já sabia desse baile?

- Não mesmo. E você?

- Não fazia ideia.

- Elise, e se eu te falar que...

- Você quer ir comigo? - Interrompi sua fala apressada para falar.

- Não...

Franzi meu cenho e permaneci calada. Ele sorriu, o que deveria ter amenizado meu susto.

- Eu queria muito poder vir princesa, mas não vai dar, me perdoe.

- Por que?

- É que logo que meu pai chegou aqui ele conversou com seu pai, descobriu que não iríamos hoje, então pensou que seria bom irmos visitar minhas tias e tios.

Estou totalmente decepcionada, e sei que demostrei isso porque logo ele levantou da cama e deu um beijo demorado em minha bochecha.

- Mas eu estou aqui, agora, não e mesmo? Isso que importa...

- Você está aqui sempre. - Sussurrei.

- Que posso. - Completou minha fala.

Ele se aproximou de mim, mais do que já estávamos próximos, me puxou pela cintura, o que tirou meu fôlego e, olhou no fundo dos meus olhos, os dele eram profundos. Me beijou, simplesmente selou nossos lábios singelamente. Eu não sei o que fazer, nunca fiz isso antes, mas tento corresponder o máximo que posso.

Seu beijo foi rápido, até porque ouvimos o seu pai lhe chamar e ele se afastou.

- Devo ir princesa.

Ele me deu um beijo na testa e tento agir como se o que acabara de acontecer, fosse normal, assim como ele está fazendo. Assim que ele sai me jogo na cama e enfio minha cabeça em baixo do travesseiro, sendo interrompida por uma batida na porta.

- Entra. - Minha voz sai abafada.

- Princesa Elise, o almoço está pronto, e se fosse a senhorita se apressava em comer para ir em busca de seu vestido.

- Claro, já estou indo.

Ajeitei meu cabelo, lavei meu rosto, escovei meus dentes e finalmente desci. Sou a primeira a chegar na mesa, o que é estranho, mas ignoro e ficou brincando com o garfo.

Quando todos começam a chegar, inclusive a comida, tudo começa a se animar. Mas sinto falta de alguém, Marcelo.

A comida estava uma delicia, como sempre, mas o fato de Marcelo não aparecer para o almoço, realmente me preocupou, o que me levou a querer ir visita-lo.

Bati na porta alguma vezes, mas ele não abriu. Antônia já havia me informado que ele estava em seu quarto, então abri a porta bem devagar, tentando não fazer muito barulho. Ele está deitado na cama, com a cabeça afundada do travesseiro. Como sempre, de terno, mas dessa vez sem o blayzer.

Ele com toda certeza está dormindo e não irei acorda-lo para perguntar porque não almoçou na mesa. Me viro para sair, mas logo ouço seu corpo de movimentar na cama.

- Vossa Alteza por aqui?

- Sim... Que aconteceu de estar deitado a essa hora?

- Sente-se aqui.

A Garota da Capa Azul - RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora