capítulo 11

281 43 1
                                    

Segui Calebe até  corredor.



Forcei um sorriso e assenti.
-- Pensei ter ouvido um barulho.
Ela olhou para a porta aberta foi ate lá e fechou rapidamente.

-- Não se preocupe, casas velhas costumam fazer barulhos estranhos às vezes. – falou sorrindo, mas um pouco nervosa.




A cena do dia anterior se repetiu em minha cabeça. Odel estava nervosa. O que havia atrás daquela porta? Respirei fundo ansioso, eu estava curioso e determinado. O que eu iria encontrar?

Girei a maçaneta.
As dobradiças rangeram preguiçosamente.

A porta dava para uma escadaria que levava para o teto. Eu imaginava ser um quarto, mas era a entrada para o sótão. Calebe foi primeiro.

Andei a passos rápidos indo logo atrás dele. O espaço era estreito, as paredes de madeira sem pintura, mas bem limpas. No fim da escada outra porta.

Girei a maçaneta sem pensar duas vezes.

-- Bem vindo ao sótão. – Falou Calebe com ar brincalhão assim que entrei pela porta.

O sótão era espaçoso. Janelas de vidro permitia a entrada da luz, o que deixava o lugar claro e quente. Não havia caixas, ou objetos a muito esquecido, era limpo. Limpo demais. As paredes muito bem pintadas de creme, o piso de madeira vermelha e teto alto.

Tudo muito caprichado.
Tudo muito arrumado.
Não parecia um sótão comum.

-- Esta tudo tão... Limpo. – Falei com a testa franzida. Aquilo realmente me deixou intrigado.

No fundo, um pouco distante da porta havia duas cortinas que servia como uma parede.

-- Vamos ver o que tem lá atrás. – Calebe falou já se dirigindo até elas.
Eram brancas e grossas. Um tecido bonito e sofisticado. Grandes. Cortavam o sótão ao meio, penduradas em uma viga no teto, arrastavam no chão, cada uma partindo de uma parede e se encontrando no meio.

Dei um passo à frente e senti algo bater forte contra o meu rosto. Foi como um soco. Cai. Ao abrir os olhos vi um Jeremy enfurecido de pé em minha frente.

-- Droga, de novo não.

Minha boca sangrava, limpei com as costas da mão, sentindo o gosto metálico. Novamente fui pego pelo pescoço, não tive tempo de fazer mais nada e meus pés já estavam fora do chão.

-- Você não vai estragar os planos. – Ele disse sem mover os lábios e com a minha vós. A vós dele.

-- Calebe! – Chamei com dificuldade tentando puxar o ar e procurando o chão com os pés.

Calebe surgiu atrás de Jeremy em um piscar de olhos. Seu rosto era um misto de fúria e confusão. Ele o empurrou para o lado com força. Eu cai fazendo um barulho oco no chão, porem quando Jeremy caiu não houve som algum. Era como se ele não existisse. Ele não estava ali e ao mesmo tempo estava.

O meu gêmeo levantou com tanta velocidade que meus olhos não puderam acompanhar. Ele ficou de frente para Calebe. Ambos se encararam como cães raivosos prontos para disputar por um pedaço de carne. Calebe era maior do que eu, consequentemente maior do que Jeremy, pois tínhamos a mesma estatura, se aquela fosse uma briga entre humanos Calebe venceria sem esforço. Mas não era uma briga comum e eu não fazia ideia do Jeremy era capaz, quais seria os seus limites? O que ele podia e não podia fazer? Calebe corria o risco de perder?

A Casa de Jeremy rily Onde histórias criam vida. Descubra agora