Na praia.

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Bom gente, do começo dessa história até o meio dela vocês vão encontrar muitas palavras " erradas ", mas a personagem principal assim como o seu tio pronúncia muitas palavras cortadas bem do jeito que muita gente normalmente fala por aí. Ela também é um pouquinho desbocada, natural para a grande maioria dos adolescentes. Com transcorrer da trama ela vai concertando tudo isso aos poucos até chegar num ponto onde ela pronuncia tudo corretamente. Outra coisa, entenda que você estará lendo o diário dela como fosse ela  própria nos dias de hoje já adulta e em alguns momentos ela  estará narrando fora do diário ainda sobre a mesma história. Essa é a história  de um amor proibido por aquela classe moralista cega. Levemente picante certamente você vai se ver em algumas situações vividas  por ela que está só começando a entender que sentir atração por alguém é só o começo para algo ainda maior. O amor não escolhe com quem ou com que idade, ele simplesmente acontece. Certo é que de um jeito ou de outro uma hora ele te pega. As vezes ele também prega peças desafiando qualquer  censo e moral rompendo barreiras e quebrando regras te colocando em situações no mínimo inusitadas.
Sâhmi vai ter que escolher entre o desejo por um, a tara por outra e o amor proibido por outro. Este não é um romance gay embora esbarre na questão, afinal, ele entra de cabeça no universo do amor que nunca obedeceu qualquer ideologia. Bom, até aqui meu muito obrigado e tenham todos uma boa leitura.


Recomendado para a partir dos 16 anos.
                

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Eu sempre imaginei como seria a minha primeira vez, quando fosse casada e como seria o meu marido, minha casa, essas coisas. Assim como toda garota da minha idade eu também viajava nos mais loucos pensamentos íntimos do universo tentador do sexo. Sentia atração pelos garotos da rua e do colégio já desde cedo, aliás Bastava ser homem, atraente e bonito claro... Sim eu disse homem. Um certo tiozinho tinha acabado de se mudar para uma casa mais à cima. Raras vezes ele descia pela servidão passando bem em frente ao meu portão. Cabelos castanhos medio, olhos mesma cor e pele banca brasileira. Daqueles caras com cara de homem mesmo sabe?. Nossa! ... quando ele passava lá meu coração acelerava. Naquela época eu estava saindo da adolescência, ainda assim nunca deixei de imaginar algumas coisinhas com ele ( naturalmente ). Fazer o que, não tinha como olhar para ele e não pensar besteira. Aquelas mãos grandes, o peitoral bem desenhado e o cheiro de homem, tudo assim tão, tão... Oh mi God! Bem... eram só fantasias de uma menina descobrindo a sexualidade da maneira mais natural possível para sua idade, imaginando.

Sempre me visto para chamar a atenção dos meninos, aquele shortinho sabe? As vezes deço com as amigas só pra andar na rua atraindo os olhares da molecada. É divertido ver eles virando a cabeça quando a gente passa É só osso de pescoço estalando ( rs ) .
A gente passa cumprimentando geral, senta lá no meio do muro e fica cochichando dos  meninos jogando bola na rua.
Ta vendo Aquela magrela de shortinho rosa bem no meio das outras duas? Samantha Ávila, Essa sou eu. Nesse momento a gente não ta falando dos meninos. É que o tiozinho acabou de passar por ali. Olhou pra gente acenando discreto com a mão.
Algumas garotas sentem atração por caras mais velhos, quero dizer, adulto. Reparem na minha expressão de quem tá viajando na maionese, pois é, eu não sabia que era dessas. Hoje a gente tem assim tipo uma certa intimidade, mas até chegar a esse ponto muita coisa rolou, quero dizer, não chegou a rolar pelo menos até agora, só que a minha estória não termina aqui e pra vocês entenderem melhor a coisa toda vamos começar lá do começo.

Talvez por causa do hormônio ainda muito agudo naquela fase praticamente só passava besteira na minha cabeça, Nossa! Quanta besteira, taras, desejos e vontade, mas com o passar dos anos acabei descobrindo uma coisa muito mais poderosa que tudo isso e adivinha só, ele dói, mas se você der sorte também vaí ver que ele é a melhor coisa que existe nesse mundo.

3 anos antes...

... Ontem rolou uma excursão pra praia. foi a minha melhor excursão até hoje. levei dois biquínis pra escolher lá na hora qual ia vestir. Ia depender de quem fosse. Um era comportado e o outro mais assanhado. Tinha ninguém interessante então tava colocando o comportado quando minha amiga Laís fez sinal pra eu olhar pra trás. Caráca! Era o tiozinho. Não sabia que ele também tava lá. A Laís sabia que eu "viajava" nele, quem não viajava? Mudei rápido de ideia e colocando o outro biquíni claro fui pra guerra... Sim guerra porque as garotas ficaram todas atiçadas. Cara... Ele era tudo! Puxei a Laís pra chegar fingindo as distraídas pra perto dele, não tão perto. Ele tava sentado com um amigo na sombra de uma árvore.. Fiquei de costas e minha amiga ia falando da sua reação, se tava olhando, como tava olhando,, essas coisas ( rs ) que bobeira! só pra ele me ver... Muito burra mesmo! Dois minutos e nada. O cara olhava para todas as direções menos pra mim! Fiquei bolada. Mais cinco minutos e nada, mais cinco, mais cinco... Nada. Fomos pra água só pra dar um tempo e refrescar, tava o "maió calorão. De lá eu arrisquei umas olhadinhas só pra ver o que ele tava fazendo. Poxa véi! Ele olhou pra Júlia. Isso não!... Caráca... Put que p... Aquela p...nha! Me senti maió malzão. Poxa, ela só passou e ele olhou pra ela!! Também tadinha de mim, aquela vaca tem o maió corpão de modelo! Perto dela eu sou um palito. Também... Tô nem aí, fds. Me bateu um despeito. Dei com os ombros mas na verdade eu fiquei pta pra  crlho  - Melhor sair daqui. - disse pra Laís. Maió sede fomos tomar água.

Senti uma mão de alguém que tava por atrás esbarrando na minha quando abri o cooler pra pegar o copinho dágua. Era mão de homem. A Laís do outro lado do cooler tava com um maió zoião de espantada. E quem tava atrás de mim?! Justamente atrás?! Isso mesmo. Meu coração parou! As vezes eu não me reconheço... Essa era aquela hora que ia passar besteira na minha cabeça de vento, mas parece que eu não era eu naquele momento. Fiquei toda envergonhada enquanto ele pedia desculpas que não quis me assustar. Passei a mão no cabelo ajeitando a mecha atrás da orelha: - foi nada não. - falei. Perguntou pra onde ficava a pedra rosa se a gente sabia. Ele Tava indo pra lá. A gente não sabia, ainda né! Deu uma golada na garrafinha d'água. Oh mi God!  Eu queria ser aquela garrafinha na boca dele. Viajei na goticula de suor descendo seu pescoço até encontrar o plexo-solar. Saiu andando depois de agradecer pegando na nossa mão. Caráca... Nunca me senti tão congelada! Eu não acreditei que ele pegou nas nossas mãos. Mais que burra! Podia ter esticado o assunto. Também... Nem precisou... Ele tava mandando uma letra. Só se eu fosse lesada que não ia entender... Ou Sei lá! Bem... Qualquer um ia entender do jeito que eu entendi. ( só que eu entendi foi tudo errado mesmo ) Só sei que ficamos ali dando uma dichavada e depois partiu pedra rosa. Enquanto dava um tempo imaginava ele atrás de mim visto pelos olhos da Laís. Caráca! Parece até uma foto. Vou salvar essa na minha cabeça.

Chegamos na tal pedra rosa quinze minutos depois. Que merda. Adivinha qual foi a primeira pessoa que eu vi lá?
         ... A Júlia. E conversando logo com quem? Com o tiozinho.
Caráca véi, Isso não!
Mas enquanto minha cara rachava de vergonha e o meu coração fazia barulho de vidro se quebrando eu peguei seus olhos olhando para mim tipo, me olhando inteira. Só olhando mesmo, nada mais que isso, mas olhando né e pode até parecer muito pouco, uma bobeira mesmo, mas pra mim eu ganhei o dia. O barulho de vidro se quebrando parou. - Caráca! Ele me olhou! - Imagina como que eu fiquei? Laís me catucava o braço dizendo alguma coisa, mas eu fiquei surda pro mundo. Naquela hora eu só escutava tum tum, tum tum...

- Picante - No diário de uma AINDA adolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora