O mistério de Laís

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A Laís tava passano mal. Thiago, Sabrina e Matheusin tavam abanano ela que tava roxa e com umas veias altas tipo um v no meio da testa. Já vi isso acontacê com ela antes. Foi quando co motorista do ônibus ca gente tava desmaiô e o ônibus ficô desgovernado na decida. Bem na hora ca a gente ia batê o motorista pisô no freio. Aquilo foi estranho! Ele ainda tava desmaiado. Lembrei que daquela vez ela só melhorô quando bebeu água. Pedi pro Thiago trazê água dá padaria ao mesmo tempo em que percebi ela balbuciano alguma coisa:

- Para, para agora, para... - foi assim da ota vez também. Thiago chegô ca garrafinha dágua que eu virei na boca dela. De acordo que ela ia bebeno as veias iam sumino e a cor voltano ao normal. Eu até já sabia o que ia acontecer logo depois, ela ia agarrar a garrafinha dágua como um vampiro desesperado por sangue, ia voltá a si e perguntá:
- O que foi? Que que tá acontecendo? - e tudo que aconteceu nos últimos dez minutos ela não ia se lembrá. Dito e feito. Laís abriu os olhos, tomô a garrafinha dágua da minha mão, bebeu isganadamente e...

- Que que foi? Porque vocês estão me olhando assim?! Que que aconteceu?! - pois é... quase do jeito que eu falei.

- Tá tudo bem, não aconteceu nada. Foi só uma queda de pressão que você teve, Como é que você tá se sentino?

- Porque? Eu desmaiei? - ela volta sempre assim tipo sem lembrá de nada nem sentí nada, nenhuma dor, fraqueza, nada mesmo. - Sãhmi Porque tá todo mundo me olhaando?

- A sua pressão caiu e você deu uma apagadinha rápida, foi só isso. Tá tudo bem, bebe mais água pra gente i embora. - eu tinha que transmití tranquilidade não só pra ela, mais pra geral alí porque se a galera abafase a Laís ela ia piorá e todo mundo ia apagá no sono. Isso aconteceu no dia do ônibus. Só eu sei de tudo que aconteceu lá naquele dia porque fui a única que não dormiu. Até hoje não sei porque. - Você consegue andá?!

- Consigo claro!

- Então vâmo andando que já passô da hora da gente i pra casa. - A Laís dorme lá em casa sempre que saí comigo a noite. Foi combinado assim pra evitá de uma das duas ficá andano sozinha pela rua muito tarde. Subimos andano de vagá. Eu e a Laís abraçadas. As duas ainda mancano e Matheusin mais o Thiago também foram ca gente. O cabelin queria fazê companhia também, mais eu fiquei tipo com vergonha dele vê a minha casa e tinha o meu tio que também podia istranhá ele. Despedi dele com um abraço quando queria beijá seu rosto. Agradeci e saí saino quereno ficá mais um pouco ao lado dele. Quem sabe oto dia, quem sabe ota hora. Quando ca gente já tava lá na frente olhei pra trás e vi ele ainda lá embaixo vigiano a gente. Que bonitinho! Achei fofo.

- Picante - No diário de uma AINDA adolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora