Minha amiga LGBT

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Na hora do recreio umas meninas tavam numa mesa da lanchonete conversano sobre coisas de meninas e coisas de meninas também é falá dos meninos.

- ... mas ele é professor! - disse Kamila.
- Relaxa eu só tô faltando que ele é um gato. - Bianca dano mole na rodinha. Achar um professor bonito tá de boas, você só não pode sair falano isso por aí.
- Todo mundo acha Bianca, mas ele não faz parte do nosso universo. A gente tava faltando é dos meninos.

- E o Ric? - perguntou a Wálery.

- Ele não é gay? - Kamila achava que se o cara era a oitava maravilha do mundo e não tinha ninguém, ele só podia sê gay. Ouvia elas Falando enquanto passava com as coxinhas mais gostosas do mundo na minha mão torcendo pra elas não me notar só pra eu passar batido, que bobinha, nada passa por essas garotas.

- Também quero! - disse a Wálery mexendo comigo.
- Tirozói! - entrei na pilha - e essas conversa atravessada aí?!
- Nada, só coisas de meninas.
- Chega aí Sãhmi, rapidinho. - chamô a Bianca. - tu que tá sempre no meio dos machos... - referência caquela parada do funk - Samuel ou Luquinha? Fala aí. - essa coisa de você falá que acha esse ou aquele garoto bonito é foda. Depois geral fica gastano que você tá caidinha por ele.
- Pô... Manda uma mais fácil aí! - disse dispistano.
- Foge não! Qual dos dois POSSIVELMENTE ficaria com o coração da  Sãhmi?- reforçou Kamila mi abraçano por cima do ombro. Eu tinha de arrumá um jeito de num dá o que elas queriam e por sorte os salgados na minha mão mi deram uma boa ideia:
- Bem, essas coxinhas apesar de um pouco menor que a tradicional tem bacon triturado no recheio de frango e requeijão na base. Ela é completa e é por isso que eu morro de amores por ela, mas nesse caso aí, você tem que ficá com o frango de um ou com o bacon do outro porque ...
- Esqueceu do requeijão! - interrompeu a Kamila engraçadinha.
- Kamila, Kamila... disse pra ela tipo... Cara, na moral, a Kamila é muuuuito assanhada.
Bem... resumino, eu acho que prefiro ficá ca minha coxinha mesmo que tem as três coisas junto ( rs ) valeu? Agora deixa eu ir lá que a minha cozinha tá esfriano - falei saino. Essas garotas são perigosas. Sabem quase tudo de quase todo mundo do colégio. Se quisé sabê alguma coisa de alguém é só perguntá pra elas, por isso elas são chamadas de wats. Elas são aquele tipo de gente que você tem que contolá uma certa distância, nem muito perto, nem muito longe. Contudo, eu ainda achava elas maneras até um dia elas ferrarem comigo.

Cheguei na mesa onde ca Laís tava ca Bárbara, ela também é fechamento. Entreguei as coxinhas delas e mi sentei. As duas falavam descontraidamente sobre o qui rolô nas férias uma da ota e eu quereno tirá umas dúvidas da matéria de física. A professora pegô pesado hoje. Dei a primeira mordida na minha cozinha quase virano o zói de tão gostosa que tava. - Essa coxinha é insuperável - pensano comigo mesma quando percebi a Paôla se levantano de onde estava e vindo na nossa direção:

- E aí... disse ela meio acanhada já parando bem na minha frente.

- Fala aí! - respondi - Ela é aquele tipo de garota quietinha qui sempre senta lá no canto da sala. Tá quase sempre isolada da geral. Toda turma tem uma garota assim. Vive disputano nota comigo, fiquei tipo meio assim que ela veio falá cá gente porque a gente quase não se fala e fiquei mais assim ainda que ela veio direto nimim.

- Sãhmi... Você entendeu bem aquela matéria de física? - claro que eu num ia dizê pra ela qui num entendi direito, mais a minha cabeça pensô uma coisa e a minha boca falô ota.

- Não véi. Acho qui mi distraí.

- Pois é... Eu também! - Caô, ela nunca se distrai. Parece que agora a gente tá disputano na mentira também.

- Então... Eu queria saber se posso trocar umas dúvidas com você quando tiver um tempinho? - Que isso? Paôla quereno tirá dúvida comigo?! Fiquei assim tipo - hã?! - A nossa guerra era silenciosa. Uma ficava sempre doida pra sabê a nota da ota e as vezes a gente acabava tirano a mesma nota. Tinha até torcida organizada numa disputa que era até besta, mais também era saldauvel ao mesmo tempo. Ela era um pouquinho melhó que eu em algumas matérias e eu era melhó em otas. Desde o jardim de infância foi assim, tinha sempre alguém disputano nota comigo. Algumas eu ganhei, otas eu perdi e agora no último ano a Paôla é que era o meu rival. Percebi qui a Laís olhô pra ela de rabo de olho.

- Já é... Só marcá. - minha boca disse isso, mais a minha cabeça pensô assim: - É.. bem... Quero dizê... Mmm... # , , / ¥

Na verdade eu estava achando aquilo meio esquisito. Aquela atitude dela de alguma maneira me deixou surpresa de mais e a Laís que estava voltada pra Bárbara também estava com o radar ligado na gente, acho que ela estava bolada da mesma forma que eu. Uma vez ela disse que pegou a Paôla me olhando de um jeito estranho, como que me comendo com os olhos. Eu ri. As vezes a Laís enxergava coisas onde não existia nada, só que desta vez eu ia descobrir na pele alguns dias depois que ela estava certa. Só mais um universo que eu acabei conhecendo porque cruzou o meu caminho. O problema foi que as wats também iam descobrir isso e infelizmente do jeito delas acabaram me fdnd. Oh mi God!

- Picante - No diário de uma AINDA adolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora