Se arrumando pro baile funk------------
Sua vontade não maior que a minha se fazia cada vez mais evidente em cada ato, cada toque, cada passo em direção ao ponto máximo...
Cegos pelo clímax do desejo e entorpecidos pela incontrolável vontade que seduzia todo um universo em nossa volta, era de se esperar que a lua se tornasse a nossa mais singela vela, e que a noite, nossa mais insinuosa cama.Samantha Ávila
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---- O vento que entrava forte pela janela passava refrescante moldando meu rosto mexendo com meu cabelo e expulsando todo o calor de dentro do carro tornando a volta do hospital mais descontraída e agradável. Olhava o movimento das pessoas lá fora. Gente que vem, gente que vaí. De onde vem tanta gente? Olhava as lojas do comércio ainda abertas naquele começo empolgante de um final tarde de um sábado muito aguardado.
- Caráca! - hoje é sábado... hoje eu vo sair! - pensava ansiosa.
Meu tio havia dito que eu só poderia sair quando tirasse o gesso, só não contava que esse dia fosse cair num sábado. E eu ia ficar em casa? Sabe de nada inocente!... Já tava tudo combinado...
Eu, Laís e a Sabrina ía no pancadão lá da rua de baixo. Sábado geralmente é assim... Os meninos passam a manhã toda dando um trato nos carro... Quem tem né?!... só pra quando chegá lá abrí o porta malas e soltá o pancadão. As meninas adora. As móto também vão, tem umas que são barulhentas demais, aliás a maioria, mas algumas meninas também curti. Todo mundo vai de shortinho curto, as garota claro né Kkk. A parada é curtir o movimento olhando os meninos. Também rola outros tipo de som mais também fica manêro! Infelizmente sempre tem uns maluco sem noção... E É por causa desses viadinhos que quase sempre dá a maió m...Entrei em casa ainda mancano ino direto no armário da cozinha. Peguei a pipoca e joguei no microondas. Minha tia que tinha ido no hospital comigo entrou logo em seguida:
- Vai almoçar não menina? Já vou fazer o almoço.
- Depois eu como. - minha tia era uma figuraça mesmo! Seis horas da noite e ela falando já vo fazer o almoço! Horário de verão. Cara... Eu tava varada de fome!
Meu celular tocô. Era a Laís:- Já chegou?
- Cabei de chegar, tu tá vindo pra cá?
- Tô.
- já é! Tô istorano pipoca.
- Kkkkk... Normal né?! Se não não era você! Também quero... Daqui déz minutinhos tô aí.
- Falô... - Laís ia fazê minha unha. A melhó manicure do bairro. Sabe um monte de coisa dos outros, mas é super discreta, ela é manêra, de confiança. A gente sempre faiz uma troca... Ela faiz a minha unha e eu faço o cabelo dela. Hoje vai sê mais caprichado. Depois de quase um mês eu vo dá as cara lá na rua de novo. - ( Tim ) - era o aviso do microondas. Botei a pipoca na bacia transparente e subí pro quarto. Belê! Vai da pra cumê antes da Laís chegá... Cláro né! Comé que você côme pipoca e faz a unha ao mesmo tempo?! Num da! Depois istoro outra pra ela.
Quinze minutos depois...
E o tiozinho... Tem visto ele? - perguntava Laís enquanto fazia minha unha.
- Pô véi acho que ele foi viajá que eu vi ele colocando umas bagage no carro de manhã quando que eu tava ino pro ponto.
- Muita coisa?
- Reparei não. Fiquei distraída que ele acenô pra mim! Kkkk...
- Pena que o nome dele ficou no gesso lá no hospital né?
- Pois é.
- Porque você não trouxe ele pra casa?
- Então... Burra né?! Nem pensei nisso. Dei mole. - ela riu e depois virô o assunto pro abajur do lado da minha cama:
- Como foi mesmo a história desse abajur? Achei engraçado quando você me contou da primeira vez.
- Ele é lindinho né?... Então... Um dia eu cismei que queria um abajur e enchia o saco do meu tio todo dia por causa disso. - Me da um abajur, me da um abajur, eu quero um abajur, abajur... - não sei de onde tirei essa idéia... De um filme acho. O meu tio sempre dizia que ia me da um, mais nunca me dava e foi me enrolando até eu esquecer. Eu não esqueci mais parei de pedí abajur pra ele. Ele continuô mim enrolando até um dia eu levantá de madrugada pra i no banheiro tropeçá no tapete saí quicano até socá ca cabeça lá na parede. Naquele mesmo dia ele me chegô cum esse abajur e sumiu co tapete.
- Kkk... E esse tapete? - apontano pro tapete rosa debaixo dela.
Minha tia deixô passá uma semana e me deu ele. Disse que quarto de menina tem que ter tapete.
Meu abajur passou muito tempo ao lado da minha cama em cima de uma das cadeiras da cozinha.
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Duas horas depois quando a gente já estava toda arrumada se ajeitando no espelho eu ouvi a voz do meu tio subindo a escada pro corredor na direção do meu quarto. Ele ficou sabendo que eu ia saí e claro não gostou nada da ideia:
- A tá... A Sãhmi parece que num regula bem mesmo não... Cabô de tirá o gesso e já vai pa rua?!
- Iii Zéca... Deixa a menina se descontrair um pouquinho.... - minha tia tentano me sauvá.
- Né questão disso não Bete... O qui eu tô falando é qui ela cabô de tirá o gesso e já vai lá pa rua socado de gente... aí leva um pisão no pé e pronto... Vai ficá mais um mês presa dento de casa de uma coisa que podia ter evitado.
- I... Dá um tempo pra menina... Ficou um tempão quietinha dentro de casa tá cheia de notas boas...
- Cadê ela? Tá no quarto? Vo falá cum ela. Ela não pode i lá ainda não Bete. Hoje ela num vai sumi não.
- Tá tudo sumindo mesmo! - disse tia bete bolada por causa que ele não sabe onde botô a aliança. O tio zéca é desses maridos que tenta consertar tudo dentro de casa. Se quebrô a gaveta da cômoda ele aparece com a chave de fenda. Quebrô a portinha do armário da cozinha ele chega com a chave de fenda. Minha tia tá usando o liquidificador e ele já tá do lado ca chave de fenda na mão. Numa dessas ele tirô a aliança pra concertar alguma coisa e ela sumiu. O problema é que a tia bete num acredita muito nessa história por causa que tem muito ciúmes dele, daí sempre que tem uma oportunidade ela dá uma catucadinha nele e ele finge que num entendeu.
- Que qui ela vai fazê lá no meio daquela bagunça ca quele pé que nem curô ainda? - caráca! Vi meu ti ca mão na maçaneta depois de chamá meu nome, sorte que o Filipe me e salvô cum barulho que vei lá do quarto dele.
- Filipe! - meu tio chamô ele, mas o Filipe não respondeu. Úfa! Deu pra ouví os passo do meu tio ino pra lá.
Cara... Eu amo meu tio de coração e pô... Considero ele tipo meu pai, mais eu fiquei um mêis sem botá o pé na rua de noite por causa do gesso e por causa quiele pediu... Só que agora num tem mais gesso véi... É ruim que eu num vo da uma vuadinha lá embaixo hoje.Só que tinha um problema... Sair pela porta do quarto vazando pela escada ele ia vê a gente. Fantasma a gente num era, então só tinha uma saída... fujir pela janela. Cê acha que deu ruim?
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- Picante - No diário de uma AINDA adolescente
RomanceO tiozinho - No diário de uma AINDA adolescente. Ouça a estória dela contada por ela mesma antes de ouvir da boca dos outros e não se esqueça, todo mundo tem seus sonhos, desejos e principalmente todo mundo erra. Levemente picante