*Roselly
Termino de me arrumar finalizando com o único perfume que não me deixa enjoada, por enquanto. Pego minha bolsa juntamente com os brincos que escolhi para usar hoje, me olho no espelho e tento passar para mim mesma um olhar de confiança e tranquilidade. Finjo que dá certo e desço as escadas com cuidado. Preciso me acostumar com os saltos, já que faz um tempinho que não os uso.
Assim que chego na sala, me bate um nervoso e minha garganta seca. Preciso de um copo d'água. Minhas mãos estão soando frio, e começando a tremer de nervoso. Tenho que arranjar um jeito de me manter calma, se não posso passar mal e isso pode fazer mal ao bebê.
Depois do terceiro copo, e duas idas ao banheiro para conferir, me sento e espero a hora que mamãe disse que viria me buscar. Olho no relógio e vejo que faltam alguns minutos, então decido esperar na entrada do prédio.
Assim que saio do elevador, vejo minha mãe entrando com meu pai ao seu lado, os dois sorrindo alegre, como sempre de mãos dadas e com olhares apaixonados um para o outro.
"Deus, como eu queria isso para mim..."
Penso comigo mesma...
Eles não me notaram ainda, e continuo observando como os dois se completam juntos. Eles são como Tico e Teco, Tom e Jerry, Romeu e Julieta... E todas as comparações que possam descrever a amizade deles e o amor que um sente pelo outro. Mamãe para e começa a ajeitar o paletó que o papai está usando. E ele como sempre, afasta uma mecha do cabelo ruivo da mamãe que sempre insiste em cair, e continuam dentro do mundo de amor e carinho deles...
Estou tão nervosa, que penso em aproveitar o momento de distração dos dois, e fujir para bem longe. Mas assim que esse pensamento me invade, papai percebe que estou no ambiente e sorri o sorriso mais lindo de todos.
— Minha pequena Ariel! Está linda esta noite. Quer dizer... vocês duas estão. SEMPRE estão. —Papai diz se enrolando, enquanto eu e mamãe rimos e nos abraçamos. Abraço meu pai um pouco mais demorado. Quero sentir que ele me ama, e quero que ele sinta que eu o amo, muito. Deus, me ajude. Nos ajude a sair daquele restaurante do mesmo jeito que entramos. Amando um ao outro e sem ressentimentos...
— Também senti sua falta minha princesinha... — Diz quando vai se soltar, mas eu o aperto em meus braços. Tá ok Roselly! Chega de drama. Não posso ficar aqui pra sempre.
Mas, é o que eu mais queria...
Vamos! Coragem Mulher!
Relutante, o solto e o encaro.
— O que houve filha? — Meu pai pergunta ainda sorrindo mas intrigado.
— Nada pai, só estava te olhando mesmo. Estava morrendo de saudades... Mas vamos, ou então ficará tarde e podemos perder a reserva do restaurante. —
— Você está certa querida. Mas e sua irmã? Ela não vai jantar conosco? Estou morrendo de saudades da minha matraquinha... — Meu pai pergunta enquanto caminhamos juntos para fora do prédio.
— Ela disse para irmos na frente, pois ela estava resolvendo um imprevisto que surgiu no trabalho. Ela irá nos encontrar lá.— Minha mãe comenta.
Entramos no carro, e o que eu mais faço é dizer para mim mesma que dará tudo certo.
Papai passa a viagem comentando sobre como está feliz de termos marcado esse jantar e que não vê a hora de nos contar uma novidade...
"Eu também tenho uma bem grade..."
...
Depois de um tempo, chegamos no restaurante favorito do papai e da mamãe, que fica praticamente do outro lado da cidade. Confesso que com o tempo ele se tornou meu favorito também. Ele é bem aconchegante e tem uma atmosfera bem familiar e caseira, além de ser bem localizado, nos proporcionando uma das mais belas vistas da noite do Brooklyn. Simplesmente divino. O lugar é encantador.
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Consequências de Uma Noite
Любовные романы"Uma noite, é capaz de unir duas histórias?" Roselly é uma mulher determinada, apesar de ter apenas 20 anos, já se formou na faculdade de administração, e começando a cursar direito. Ela trabalha como secretária de Christopher, dono de uma das maior...