Capítulo 5

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*Christopher

Ouço o choro de uma criança, não sei de onde vem pois o som está longe. Me levanto, e vejo que tem uma mulher ruiva deitada ao meu lado.
Ando em passos lentos, na tentativa de decifrar o que esta ocorrendo. Saio do meu quarto, e sigo o choro da criança. No começo não me importava, mais agora eu só quero acalmala, e paro diante de uma porta azul bem claro. Com um pouco de receio, giro a maçaneta, e abro a porta aos poucos, revelando um quarto todo equipado e decorado para um bebê.
Não sei ao certo o porque desse quarto estar desse jeito, pois eu não tenho nenhum bebê. Um pouco confuso olho para minha direita, e vejo um berço. Caminho até ele e vejo que tem um bebê nele, e logo me lembro o que estou fazendo aqui. Ele percebe minha presença, e como se soubesse que eu estava ali para acalmalo, para de chorar aos poucos. Meio sem jeito pego ele no colo e balanço para lá e para cá. Quando percebo que ele se acalmou o coloco de volta no berço, mas ele começa a gritar e a chorar de novo, só que com mais intensidade dessa vez. Pego ele de novo, mais é em vão e ele continua a chorar.

-Deve estar com fome, me de ele aqui.-

E aquela mulher ruiva que ainda não sei quem é, pois não consigo visualizar seu rosto completamente, surge do nada e tira ele dos meus braços, e senta em uma cadeira de balanço que esta ao lado do berço. A observo acalmar o bebê, dando leite materno para ele, enquanto ela faz carinhos nele e canta uma canção de ninar...

-Christopher?... Christopher?... Acorde anda... CHRISTOPHER?-

Caio da cama, sem entender o que está acontecendo. Esfrego os meus olhos para enxergar melhor, levanto minha cabeça e vejo que é Analice.

-O que aconteceu? É algo com a mamãe?-

Me levanto mais que depressa, só de pensar na possibilidade de estar ocorrendo algo com a minha mãe eu fico transtornado.

-Cruz credo Christopher, eu só te acordei porque é hoje que iremos voltar para Los Angeles e nosso vôo sai daqui 2 horas, então vá tomar um banho e arrumar suas coisas. Estaremos lá embaixo te esperando pra irmos para o aeroporto.-

- Que horas são?

- 4:00 am.

-Tudo bem nos encontramos lá em baixo.

Analice sai do quarto e eu vou em direção a janela, vejo que esta garoando.
Tomo meu banho, enquanto penso no sonho que tive a poucos instantes.
Quem era aquela mulher misteriosa?
E de quem era aquele bebê?
Fico intrigado, penso se aquele bebê era meu. Mas eu não gosto de crianças, porque esse simples sonho mexeu tanto comigo?

- Estou ficando louco...foi só um sonho.-

Falo em voz alta na tentativa de afastar esses pensamentos.

Desço já com as minhas coisas arrumadas e vejo minha irmã e meu pai.

-Cade a mamãe e o Joe?

-A mamãe ja vai descer, mais não vai com a gente pois está cansada, e Joe só vai voltar daqui uma semana.

-Tudo bem então.

Ouço uma voz feminina anunciar que nosso vôo ja vai partir.
Nos despedimos de nosso pai e embarcamos no avião.

*Roselly

Saio do elevador e vejo que meu chefe não chegou ainda. Estranho pois ele não veio sexta-feira também, mas lembro que ele tinha avisado que iria viajar.
Começo a trabalhar e arrumar arquivos que estão em desordem total.

-É hoje vai ser puxado.

Falo para mim mesma, olho para o relógio que marca 8:11 am.

Estou abaixada na sala do meu chefe arrumando algumas pastas que ele desorganizou. Não reclamo pois esse é meu trabalho e sou paga para isso. E prefiro organizar do que ficar analisando todos esse papéis, que realmente são muitos.

- -Senhorita Roselly o que faz aqui ainda no horário de almoço?-

Levo um susto ao escutar meu chefe que quando me levanto com toda velocidade bato minha cabeça na mesa.

-Ai...merda!-

- Tome cuidado, venha aqui.

Sinto mãos em minha cintura, e sou puxada e colocada em cima da mesa.

- Me desculpe senhor Christopher, estava organizando os arquivos e acabei me esquecendo de almoçar.

- Percebi. O prédio está vazio, ja acabou com os arquivos?

- Sim senhor!

- Então pode ir já.

- Obrigada.

-Hoje tem alguma reunião?

- Não senhor, deseja alguma coisa?

- Huum por enquanto não, tenha um bom almoço.

- Obrigada mais uma vez.

Vou em direção a porta e quando estou prestes a sair escuto ele me chamar.

- Pois não.

- A cabeça esta melhor?

- Sim senhor.

- Tome mais cuidado da próxima vez.

- Sim senhor.

E saio da sala do meu chefe com uma baita dor de cabeça.

Consequências de Uma NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora