Capítulo 18 - Morta?

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── Quando perdemos alguém, alguém muito importante, a dor na hora da notícia é indescritível

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── Quando perdemos alguém, alguém muito importante, a dor na hora da notícia é indescritível. Parece que toda a sua vida passa como um flash em sua mente e o pior pensamento é saber que você nunca mais verá essa pessoa e que a voz dela agora é apenas uma lembrança. E que falta eu sinto dela. A saudade que ela deixou jamais será algo com que eu conseguirei me acostumar. Sempre tentei não pensar no que aconteceu e só lembrar dela feliz, rindo da vida. Mas ultimamente, a dor insiste em aparecer todos os dias e quando eu menos espero, Eu queria tanto ter sempre as palavras certas para te vê-la sorrindo e á proteger das coisas e das pessoas ruins. Queria poder estar sempre por perto consolar, livrar do perigo, abraçar mil vezes se necessário. Queria controlar quem entra e quem sai da sua vida, para que nunca ousassem tirar o sorriso do teu rosto. Queria também poder realizar os teus sonhos, te ajudar a crescer sem se machucar. Aquela sensação de que onde ela estiver está olhando por mim e por todos que a amavam. E eu aqui, pedindo a Deus que cuide do anjinho mais lindo que poderia estar ao lado dele. E sabe de uma coisa? Só de saber que ela está num lugar mais bonito eu me sinto melhor... Carrie sempre será lembrada por todos nós. O sei jeito mandão, carismática e personalidade forte - Olho para todos que estavam de cabeça baixa contendo a dor. Obrigado.

Saio do palco e me dirijo decendo o corrimão. Meu peito doía e as lágrimas caíam, Abro a porta do corredor em direção ao banheiro e dou de cara com Dylan e esperando com os braços abertos, Choro em prantos segurando firme em seu terno

── Ei, Tudo bem ── O mesmo segura em meu rosto ── Vamos sair daqui?

── Ok ── Digo começando a caminhar ao lado do mesmo.

Caminhos em direção ao banco do cemitério e nos sentamos logo abaixo de uma árvore.

── Acha que consegue ver eles sepultando ela?── Ele passa o braço em volta do meu ombro.

── Sim ── Dou um sorriso Fraco.

── Foi muito bonito o seu discurso ── Tia Ana aparece me entregando um copo de café ── Tem Certeza que quer ficar?

── Sim ── A olho.

Estou tão desacreditada que a única palavra que consigo pronunciar é "Sim"

Ouvimos o sino da igreja toca. Todos saem da igreja logo atrás do caixão, A coroa de flor era enorme somente com rosas brancas e vermelhas, Todos estavam com suas roupas pretas e uma rosa em algum lugar de seu trage. Uma mulher com vestido preto e uma renda tampando o rosto sai por último, Eu pude perceber que me olhava dentre aquele trage misterioso. Quando logo percebeu que estava chamando a atenção demais a mesma sai deixando senhora O'Conell tentar ir atrás. A mulher entra em um carro preto e some, Conto tudo a tia Ana que também queria saber quem era e porque tanto mistério.

○●○

     Foi mais que doloroso foi tortura pra mim, Havia acabado tudo, Não tinha mais Esperança. Enterraram ela na Cripta, mas não a da família. Todos ali pareciam se remoer pra perguntar, Mas ninguém tinha coragem. Meu coração doeu ao dar as costas depois que fecharam, era hora de ir. Ana me levou até o hospital, Por sorte estava vazio e consegui pedir a visita, Meu coração pulou ao tocar na maçaneta, Mais meus olhos brilharam ao vê-la ali sentada a cama com meio sorriso no rosto.

── Não consegui a liberação dos médicos ── Ela diz meio drogada ── Não me deixaram ir ao enterro

── Tudo Bem. Mas me diga Bella.. ── Me sento ao lado ── Como está?

── Dói todo meu corpo ── Percebo que seu braço estava enfaixado.

── Daqui a pouco você vai  estar novinha e folha ── Tento descontrair.

── Eu sei que tenho que te contar alguma coisa mais não lembro o que ── Ela passa a mão no cabelo ── Esses remédios me deixa com a cabeça ruim

── Eles te deixam confortável ── Seguro na mão dela ── Como está sua mãe?

── A gente brigou ontem a noite e ela saiu.. até agora não voltou ── Ela olha para mim ── Acho que ela preferia me ver morta

── Isso não é verdade ── Acaricio a mão dela ── Ela só ficou assustada.. Não queria te ver sofrendo paralisada nessa cama

── Estou aqui! Não estou? ── Ele diz brava e solta a minha mão ── Vamos trocar de assunto?

── Que tal saímos pra dar uma volta? ── Digo animada.

── Não posso ── Ela tira o sorriso do meu rosto.

── Quem disse que Não? ── A olho.

      Solto um sorriso e então faço um sinal para que me aguaradasse. Caminho pelos corredores a procura de uma cadeira de rodas, Entro em algumas salas. Pergunto a alguns enfermeiros, Até que consigo achar uma no final de um corredor, Caminho em passos largos quando sinto uma porta bater logo atrás de mim e uma pessoa passar logo a frente. Clico várias vezes no botão do elevador impaciente e  com medo, Consigo entrar e subir depressa. Volto para o quarto e com muito cuidado ajudo Bella se trocar e a se sentar e logo saio do hospital.

●○●

  Caminhamos até uma sorveteria e com um trocado que havia na capinha do meu celular compro dois sorvetes pra gente. Rimos andando pelas ruas, Eu queria esquecer do enterro, do que eu havia acabado de ver no hospital. A pedido de Bella a levo aonde Carrie foi enterrada, a cripta estava repleta de flores e algumas velas. Não entendi ao certo o porque de Bella querer ir logo ali, ela nunca gostou de Carrie

── Me lembrei ── Ela diz em um quase salto.

── De? ── Pergunto curiosa.

── Carrie não está morta ── Aquelas palavras me fizeram Gelar.

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