Capítulo 28 - Ligação.

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Olhei pra janela do carro onde conseguia ter uma boa visão das milhares de árvores passando de relance

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Olhei pra janela do carro onde conseguia ter uma boa visão das milhares de árvores passando de relance. A chuva caía em gotas pequenas e no som do carro toca uma playlist dos anos 70 que tanto os meus pais amam. Espera, estou no carro dos meus pais? Tento inclinar um pouco a minha cabeça até o banco da frente quando vejo os cabelos loiros engrenhados da minha mãe que não é irreconhecível e muito menos os olhos cansados do meu pai.

Ele apenas se virou para trás e sorrio. Isso se parece muito real, todos os relâmpagos no céu faz o meu corpo congelar e as vozes dos meus pais conversando são presentes demais.

Isso só pode ser um pesadelo.

── May? ── A minha mãe se vira para trás. ── Está de cinto minha querida?

Apenas balanço a cabeça concordando. As palavras não saem dos meus lábios e não consigo fazer nada.

── Está tudo bem. ── O meu pai tenta manter a concentração na rodovia. ── Estamos bem...

Se isso é um sonho, quero acordar. Penso assim que o meu pai tenta fazer uma curva e o carro desliza. Sei que isso é um pesadelo até porque não pode ser mais real, já passei por eesa mesma situação.

Um farol auto de outro automóvel logo atrás é forte deixando o nosso carro com uma claridade insuportável de enxergar. As lágrimas caem dos meus olhos, estou com medo e quero acordar. Por que não consigo? Pelo amor de Deus alguém me acorda!

A minha mãe se virou novamente para trás tentando colocar a mão por cima da minha. Não, o que ela está fazendo? Ela tem que ficar de cinto! Os dedos gelados da mesma acarecia a minha mão.

Olho nos olhos da mesma e tento dizer que sinto muito.

── Eu te amo. ── Ela apenas sorri de lado.

Então o carro bate e tudo que consego ouvir é o meu pai gritando e a minha mãe batendo com a cabeça contra o vidro.

Abro os meus olhos quando sinto o vento gelado bater em meu rosto. Está fazendo muito frio, me levanto colocando os pés sobre o tapete e ando até a janela pra fechar. A Bella dorme tranquilamente encolhida na cama sobre um edredom. Coloco a minhas pantufas, todo o meu corpo se arrepia quando ouço o barulho dos trovões e os relâmpagos vindo da janela.

Desço as escadas indo até a sala e percebo que o Dylan está dormindo jogado no sofá com uma coberta que provavelmente pegou no armário da sala. Vou até a cozinha tentando fazer o menor barulho possível.

Os trovões só me faz lembrar do acidente dos meus pais que junto ao pesadelo que me trás memórias ruins que se eu conseguisse apagava da minha cabeça

Abraço o meu corpo cruzando os braços e me escoro no balcão. Ainda é de madrugada e preciso dormir, respiro fundo, pego a cafeteria e uma xícara. Despejo e a seguro próximo ao meu rosto tentando esfriar um pouco o café.

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