História complexa

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Passado três longos dias desde o último encontro com Maria do Amparo, confesso-lhe que estava ansioso para revê-la, a encontrei novamente naquele mesmo ônibus do primeiro encontro e na mesma hora. Ela estava mais linda do que a primeira vez, cabelos negros, curtos e caracolados, usava uma blusa que deixava um de seus ombros nu e um short curto que destacava mais ainda suas lindas e longas pernas. Seus olhos brilharam de emoção a ver-me e um grande sorriso brotou em sua meiga face.

— Encontrei você de novo. Não sei o porquê, mas eu pensei em você todos esses dias. Sabia? - Disse a bela morena meio sem jeito.

Ela parecia ser dessas jovens bem desenroladas, mas nesta ocasião estava acanhada acho que era um sintoma de algum sentimento forte que crescia naquele momento.

— Eu também pensei muito em você. Ainda bem que nos encontramos de novo. — Falei.

— Eu soube que vai haver uma festa lá no seu bloco sexta feira. É verdade? — Perguntou-me Maria.

— Vai ter é? ... Ahh é verdade, vai ter sim! Você vai?

— Estou pensando em ir. Vou lhe encontrar lá?

A mesa estava virada e desta vez quem jogava as cartas era Maria, mas nesse jogo eu não poderia apostar mais nada.

— Eu não posso ir a esta festa! - Logo fui dominado pela vasta tristeza que me habitava há tempos.

— Porque não? Você tem namorada é?

— Não, no momento estou sozinho. Tinha uma namorada, mas, aconteceu uns lances meio que errados e terminamos. Quer dizer, ela que terminou comigo, mas eu ainda a amo, por isso não quero me envolver com mais ninguém, por enquanto.

Com um olhar frustrado e decepcionado Maria do Amparo falou docemente:

— Compreendo você Gabriel. — A moça ficou um pouco desapontada com minha revelação — Mas agora eu fiquei curiosa para saber o que foi que aconteceu com você e sua namorada, será que você pode me contar?

— É uma parada muito complexa. Você quer realmente escutar?

— Nossa! Você me deixou mais curiosa ainda!  Agora é que eu quero saber de tudo mesmo. Pode ir me contando seus babados. — A jovem se empolga e solta uma rápida gargalhada.

— Está bom, vou lhe contar tudo, se prepare então.

Como o tempo não era nosso amigo naquele momento, eu fui muito breve na minha história, contei a Maria do Amparo uma pequena síntese dela. Mas como o amigo leitor tem a grande vantagem que o livro oferece, pode parar a leitura e continuar quando lhes convier, por isso tome um pouco de fôlego, pois, agora vamos romper as barreiras da realidade, dar um passeio pelo tempo e voltar alguns anos. Só assim, lá na frente, no final, podemos voltar a essa época e à Maria do Amparo.

Meu nome é GabrielOnde histórias criam vida. Descubra agora