#10

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— Soo... meu anjo.

— Eu estou com sono JongIn, depois a gente se fala — KyungSoo disse fechando os olhos e JongIn foi e se deitou o abraçando pela cintura — JongIn...

— Anjo, me desculpa. Me desculpa, me bate, me xinga, joga coisas em mim para descontar sua raiva, mas me desculpa — JongIn tinha desespero em sua voz — Eu amo você demais, e eu não quero que esse momento ruim venha atrapalhar a nossa vida, me desculpe, eu fui um estúpido, imbecil, otário, qualquer coisa que queira me chamar, só me desculpe por te magoar, por magoar o Sehun também. Por magoar vocês que são as duas pessoas mais importantes na minha vida, vocês me deram tanto amor e eu só tenho a agradecer por isso e não gritar com você por estar irritado, me perdoe meu anjo.

— Tudo bem — KyungSoo sorriu e apertou o braço de JongIn — Tudo bem amor, só não faça mais isso, eu não quero passar por isso novamente, eu me senti mal e isso fez mal ao bebê.

— Eu te prometo, nunca usar mais minha voz de alfa com você e nem com o Sehun... — JongIn levou os lábios até o ouvido do menor — Só no sexo.

— Kim JongIn! —KyungSoo disse rindo.

Mas será que ele perdoou completamente? Ou melhor, será que KyungSoo está bem emocionalmente depois de tudo?

-xx-

— E seu pai gritou com o KyungSoo? Por isso ele estava meio triste —Yixing disse abraçado ao tronco de Junmyeon— Amor... Você acredita em almas gêmeas?

— Sim, e ele nunca havia feito isso, entendo que foi o momento ele estava de cabeça cheia também, mas poderia ter falado ao invés de usar a voz de alfa. E acredito, por quê?

— Nada, eu ouvi algumas histórias e fiquei curioso.

— Eu tenho um presente para você.

— Presente?

— Sim, mas só vou te dar amanhã.

Junmyeon... — Yixing falou manhoso e o alfa riu — Por favor.

— Não. — O alfa riu da cara de "bravo" do namorado — O dia não está bom para isso, amanhã eu te dou, ok?

— Ok. Agora, posso te beijar?

— É preciso pedir? —Junmyeon disse puxando Yixing para mais perto do seu rosto e o ômega riu.

-xx-

— Mocinho Tao — Sehun bateu na porta do quarto dos filhos. Kibum havia saído com Youngjae para comprar algumas coisas para a faculdade. Os ômegas ainda dividiam o quarto por opção, já os alfas não. — Posso entrar?

— Claro pai —Zitao gritou e Sehun abriu a porta vendo o filho com o notebook no colo digitando algo.

— Trabalho?

— Sim, uma pesquisa sobre alguns fotógrafos — O ômega respondeu e tirou o notebook do colo olhando para Sehun, o ômega fazia fotografia e Sehun não fazia ideia do porquê — O que houve?

— Tenho algo para te contar, algo que vai gostar.

— O que é?

— Ontem eu e o Kyung conversamos com seu pai, e ele já tinha sacado seu lance com o Yibo.

— Acho engraçado quando você fala, pai —Zitao riu — E então?

— Ele disse que quer que o alfa venha final de semana aqui — Sehun disse deitando na cama do filho o fazendo rir — Como grávido eu prefiro deitar.

— Então ele pode aprovar o namoro?

— Se ele fizer um pedido decente — Sehun disse — Seu pai é um tanto quanto chato nisso, ele acha pedidos o melhor no relacionamento, ele precisa se preparar.

— Mas é só um pedido.

— Não falo dos pedidos, falo das perguntas — Zitao o olhou confuso e Sehun suspirou — Espere seu pai e com certeza seus irmãos fazendo perguntas para o alfa, porque mesmo Jaebum e Junmyeon não querendo, terão que fazer.

— Isso é estranho, mas Yibo vai tirar de letra —Zitao sorriu.

— Eu espero, o que eu mais quero agora é algo alegre nessa casa.

— Depois de hoje, é o que a gente precisa.

— Me diga mais sobre o alfa, eu o conheço desde da época que você era pequeno, mas nunca fui de conversar muito com ele, ou até mesmo os pais.

— Ele e o Chan —Tao começou a falar — Que namora o Baek, eles moram com os avós, os pais moram longe e eles quase não se vêem, eles não sentem falta, é o que dizem né.

— Devem sentir, só não gostam de demonstrar — Sehun disse — Assim como JongIn, ele sente falta dos pais, mas desde da morte deles ele finge que não sente.

— KyungSoo também né?

— Sim, o pai dele faleceu e a mãe foi para o interior, ele sente tanta falta dela, mas não diz —Sehun suspirou e sorriu — Eu já gosto de falar que sinto falta dos meus pais, falando nisso eu acho que nesse fim de ano eles vêm nos visitar.

— Tio Ren também? —Zitao perguntou.

Ren, o melhor empregado do castelo, ele morou com o casal até as crianças entrarem na adolescência, depois foi embora tentar viver um novo amor ou só curtir mesmo, além do mais, ele não era tão velho assim.

— Vai saber — Sehun riu com o filho — Ele está curtindo a vida, mas fale sobre o alfa, você não disse quase nada.

— Ele é bem animado e bagunceiro em alguns momentos, mas é muito sério em outros que chega a dar medo, na faculdade então, não tem quem não o conheça. Ele sempre mostra o seu lado alegre, mas quando algo o chateia, ele não esconde, ele mostra quando está triste, ele grita quando está com raiva, ele não esconde as emoções e isso é o mais legal nele, e por incrível que pareça pai. —Zitao riu — Ele é fofo, um alfa super fofo e bem romântico acho que só comigo ele mostra esse lado, mas o defeito dele é que ele é impulsivo, ele é bem impulsivo, sabe? Ele não gosta de demonstrar, mas acaba fazendo tudo que quer na hora, ele é especial para mim, muito.

— Você gosta mesmo dele , não é? —Sehun perguntou admirado com o jeito do filho de descrever o alfa.

— Eu até poderia arriscar que o amo. E eu sei que se um dia terminamos ele vai seguir a vida dele, sabe? Hoje ele me trata como se eu fosse o ômega dele em tudo e eu gosto disso, sempre permiti, mas sei que se um dia eu falar acabou, ele vai embora sem olhar para trás. — Tao sorriu. — Não fico triste com isso, como eu disse ele é impulsivo e ele vai fazer a primeira coisa que vier a cabeça que seria ir embora, mas por enquanto eu o quero como meu alfa e espero continuar querendo para sempre.

Fiancé • sekaisoo •Onde histórias criam vida. Descubra agora