Will you let it die or let it grow?

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— Quer um café? – Nash perguntou enquanto eu me sentava no sofá.

— Prefiro uma dose de vodka. – disse prendendo meu cabelo, e quando eu olhei pra ele, ele estava estático, foi quando eu arqueei as sobrancelhas e ele percebeu que era sério.

— Ah, ok. – ele pareceu sair do transe e se aproximou do par, pegando um copo pequeno e o enchendo de vodka. – Mais alguma coisa? – ele perguntou me entregando o copo e eu o virei de vez, fechando os olhos com força e jogando a cabeça pra trás, logo voltando a olhar pra ele, entregando o copo e negando com a cabeça; ele colocou o copo em cima da mesa de centro e se sentou na minha frente, no sofá, parecendo ansioso pelo o que eu tinha pra falar. – Vou tentar resumir. – disse me ajeitando no sofá e sentindo o meu corpo esquentar, acho que eu nunca tinha virado um copo tão grande de vodka. Respirei fundo, olhei nos olhos do Nash e umedeci os lábios. – Eu sou apaixonada pelo Shawn, eu passei anos fora, voltei quando meus avós faleceram, o Shawn estava namorando com a Mila, ela tem transtorno de personalidade múltipla, quase matou a Priscila e o Brian, que é irmão gêmeo do Shawn, que dá em cima de mim, por falar nisso... – falei pensativa e o Nash já estava de olhos arregalados. – O Shawn e o Brian fizeram uma aposta pra ver quem ficava comigo, pelo menos é isso o que eu sei; minha mãe sumiu por um tempão, voltou agora com uma garota que é minha irmã. – dei um sorriso forçado e ele arqueou as sobrancelhas, parecendo surpreso com aquilo tudo. – Pois é... – disse olhando de lado, pro copo. – Acho que vou precisar de mais. – disse me levantando.

Eu passei a tarde bebendo com o Nash, ele me aconselhou muito e disse pra eu ter paciência em relação ao Shawn, que eu não podia tirar conclusões precipitadas sem antes saber dos fatos.

Depois de muitas doses de vodka e risadas escandalosas, eu me senti distraída pela primeira vez depois de tanto tempo.

— Eu preciso falar com o Shawn... – disse me levantando, mas logo senti meu corpo mole e tudo girando, foi quando eu caí de novo no sofá e comecei a rir, fazendo com que o Nash, que tinha bebido pouco, risse da minha situação.

— Você não vai falar com ninguém, Lana. – ele falou se levantando e colocando o copo em cima da mesa, logo me ajudando a levantar.

— Por que não? – perguntei me segurando em seus braços, enquanto as suas mãos seguravam minha cintura.

— Olha o seu estado. – ele arqueou as sobrancelhas e eu dei uma risada fraca.

— Tem razão, eu preciso dormir... – disse fechando os olhos e jogando a cabeça pra trás, foi quando eu senti meu corpo sair do chão, o Nash me colocou em seus braços e eu permaneci com os olhos fechados, eu estava cansada demais para fazer qualquer coisa.

— Eu não vou te dar banho porque eu tô quase no seu nível, tá? – ele falou num tom risonho enquanto andava pela casa.

— Eu só quero dormir. – falei me encolhendo em seus braços e percebendo que ele estava subindo as escadas.

Nash deitou o meu corpo na cama e eu, ainda de olhos fechados, me ajeitei na mesma e agarrei um lençol.

— Boa noite, Lana. – ele falou e eu notei sua voz distante.

— Boa noite, Nash. – falei com um sorriso no rosto e sentindo o meu corpo pesado.

— Boa sorte com a ressaca de amanhã. – ele falou num tom risonho e eu escutei a porta se fechando.

(...)

— A melhor coisa que eu fiz foi um quarto pra você. – escutei aquela voz doce e sorri, abrindo os olhos e esfregando-os.

Two of HimWhere stories live. Discover now