Depois das aulas

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Todos os dias depois das aulas, meu dia começa.

Eu saiu de casa a pé, ando cerca de três quilômetros até uma lanchonete, compro o máximo de salgados, sucos que meu dinheiro desce.

O dono da lanchonete D'Gosto, Sr. Almeida, é amigo do meu pai, pr. Marcos, e meu amigo.

Na primeira vez que comprei tanta coisa assim, ele mim perguntou se eu ia comer aquilo tudo sozinha, eu tinha dez anos, falei que era para os Desconhecidos Amigos Meus, ele riu e mim vendeu todo pela metade do preço.

Deste então frequento a lanchonete quase todos os dias, meus pais mim dão mesada, não é muito, mas a Ester mim dar metade da dela, para esse proposito.

- Hoje ela veio! - Estêvão, grita quando mim ver entrando.

Estêvão é filho do sr. Almeida, cinco anos, é loiro com a mãe dele, sra. Jéssica, olhos verdes brilhantes, ele corre ao meu encontro, mim abaixo para poder ficar da altura dele.

Conheci ele assim que nasceu. Nunca tinha visto uma coisinha tão pequena, e frágil.

- Tia! - ele grita mim abraçando. - Faz tempo que não te vejo.

- Que nada Estêvão, só uns dias - digo sorrindo.

- Uns dias é muito. - ele finge birra, mas rir.

- Oi Hadassa? E a Ester não veio hoje? - Jéssica pergunta sorrindo.

Na maioria das vezes ela ficava na lanchonete, tinha apenas mas duas pessoas que trabalhavam ali com eles, Lara uma moça simpática, ruiva, com cabelos bem crespo, que usa óculos, e o Fábio, ele sempre estava quieto, pele clara, dificilmente fala comigo.

- Não pode vir. - digo, minha irmã as vezes vem comigo ali mas não era sempre.

- O que vai querer hoje? - Ela pergunta - O de sempre?

Aceno que sim com a cabeça.

- Mãe! Deixa eu ir com a Tia Hadassa! - Estêvão faz sua melhor cara de anjinho. - Por favorrrrr....

Jessica olha para mim, em uma pergunta silenciosa, dou de ombro com um sorriso.

- Promete obedecer a Hadassa? E não sair de perto dela? - Jessica dar a condição olhando séria para o filho.

- Prometo, prometo, prometo! - Estêvão dar pulos de alegria.

Jessica some através da porta dos fundos, e volta um tempo depois com duas sacolas nas mãos, uma com sucos, e outra com os salgados.

Pago tudo, saiu com Estêvão saltitante, no meu lado, levando minha mochila quase vazia nas costas.

Uma vez andando pelas as ruas desta minha pequena cidade litorânea, Finís, neste dia vir uma senhora oferecendo comida a um mendigo, aquela cena não saiu da minha cabeça durante dias, perguntei para meu pai o que ela ganhava para fazer isso.

- Escute Rainha, - ele começou - As coisas que fazemos e não ganhamos nada em troca, são as melhores coisas do mundo, são as coisas que nós faz ser quem somos.

Não estendia no inciou, mas depois descobri, que Deus sempre faz isso com a gente, Ele nós dar tanto, e as pessoas fazer tão pouco por Ele, Ele mim ensinou naquela cruz que é melhor dar do que receber.

- Tia? - Estêvão fala do meu lado.

- Oi.

- Para quem são essas coisas? - Ele pergunta interessado

- Vem, eu te mostro. - digo mim aproximando de um grupo de mendigos na rua.

Eram duas mulheres, e três homens maus vestidos, sujos.

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