O coração bate forte, mas não o sinto, não diretamente. As pulsações nas veias do pescoço e pulsos são mais fortes que o tambor repetitivo no próprio peito.
E o pai nem é meu.Não consigo ver a expressão de Jungkook, e mesmo que conseguisse, não me atreveria a querer ver. Não quero ficar com essa expressão na minha memória. Já muitas suas lá tenho. Não quero mais nenhuma para a coleção.
Afasto qualquer recordação que poderia vir a ocupar a minha mente, e consequentemente, a minha visão.
A minha curiosidade sobrepõe a tormenta, e por isso não perderia a cena por nada.Tenho o impulso de abrir a porta do carro para ver a cena de perto, sou impedida. Impedida por mim própria.
Jungkook foi bem explícito. Não sair do carro.
Jungkook, encontrado bem à frente, não expressava o seu choque. Talvez não houvesse nenhum, talvez ele ainda nem tenha processado a situação no geral. Mas processou, e bem.
Ao contrário de Jimin, olhos três vezes maiores que o seu estado atual, lábios entreabertos e respiração descompassada; Yoongi, que apesar do seu som de choque, pouco o expressava, mas o seus corpo falava por si só: o lábio superior tremia ligeiramente, estava gélido, petrificado, agarrado ao cinto de couro, escondendo a arma; Jungkook estava tenso, as pálpebras tremiam e os olhos extremamente intimidantes, cheios de ódio e uma surpreendente tristeza. Tomara que não fosse assim, pensava ele. Tomara que fosse diferente.
Mas Jungkook já esperava por isto, pela choque, apesar do não prever totalmente o estado do seu pai, Aouviu claramente as palavras da menina que preenchia a sua mente. Só a ignorava pois era mais fácil enfrentar depois. Mais tarde.O senhor Jeon se ajeita na cadeira de rodas, já muito usada.
Estava a ficar abafado dentro do carro, pelo que o clima se tornou ainda mais tenso. O meu corpo claramente reagiu: uma gota de suor no canto da testa, porém no pique do lábio superior, não. Ainda não.
Tal como Jimin, a sua irmã começou a respirar de forma irregular, mas o choque não era tanto, ainda que a dose não fosse pouca para seu desagrado.O homem já nos seus quarentas, em estimativa, tinha umas rugas no conto de ambos os olhos, desde os cantos do nariz até se dispersar e perder por entre os cantos da boca e as bochechas. A sua aparência era estranhamente convidativa, com fato preto bem engomado, camisa social branca e uma gravata de tecido invejável, do tipo que jamais poderei comprar.
Ele encara os três vultos que fazem por se ver e os seus olhos brilham. Com certeza não é de felicidade.
O homem então acena para o suposto guarda-costas e este puxa a cadeira no segundo seguinte.
A menina quase necessita conter o pequeno riso romper pelos seus lábios, porque após ver a sua face, não associou às histórias horríveis, como se fosse alguém totalmente diferente. Não o temia nem entendia o temer do homem musculoso, esbelto e bem mais alto e capaz que ela.- Ora, ora.
A sua voz ecoa a rua, o carro tranca automaticamente atrás de si e os faróis brilham um alaranjado. Pareciam holofotes sendo preparados antes de uma performance. E que espetáculo.Jungkook pressiona os dentes, sem ranger, tornando a sua face mais predominante, os músculos da cara tensos.
Jimin fica de garganta seca mas recompõe-se, olhando de raspão o amigo órfão à sua esquerda apenas para encontrar um Jungkook aparentemente calmo e depois para Yoongi que, no seu oposto, já continha um sorriso medonho predominante no canto direito da face, mostrando o desejo por adrenalina e antecipação.- Vejo que vieste visitar a tua mãe. Bom menino sempre foste.
Ele parece estudar o menino de cima a baixo, o homem que se tornara, de perto. A primeira vez que o via a sete metros de distância, em muito tempo.
Acaba a frase com um sorriso que contrasta a sua cara e a menina remexe no lugar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
•Psycho• >> JJK
FanfictionJá alguma vez foi o crush de um doentio psicopata obsessivo? Já alguma vez se sentiu seguida, observada? Já se sentiu sozinha? Já se sentiu... aprisionada? Fanfiction by: Ahn_Nana [Em Revisão] Todos os direitos reservados. AVISO: Está obra po...