Janeiro.
Seu nome era Lord Voldemort. O mundo bruxo estava se preparando para uma guerra que não havia sido travada; ainda.
Famílias fugiam da Grã-bretanha. Boatos se espalhavam. Bruxos agora falavam e soltavam seus verdadeiros pensamentos e opiniões sobre trouxas e mestiços e criaturas mágicas.
O medo estava se espalhando. A tristeza e pavor e angústia já consumiam alguns bruxos.
Por ora, o caos não havia se instalado.
Por ora.Fevereiro.
Fevereiro era um dos meses preferidos de Héstia, e ela nunca soube o por quê. Simplesmente era.
O inverno estava acabando, então as temperaturas foram se tornando mais suportáveis. Alguns alunos já até passeavam pelos vastos gramados fora do castelo.
Héstia não podia estar mais decepcionada com a sua vida. Estava incrivelmente chata é monótona. Nada de novo sob o sol, pensava ela com rancor.
Dédalus e ela agora tentavam colocar em dia praticamente toda a matéria do primeiro semestre, que estava atrasada porque eles eram preguiçosos demais para colarem suas bundas em uma cadeira e estudar.
A única coisa que havia se tornado interessante na vida de Héstia fora o episódio de algumas semanas atrás, envolvendo Walden Mcnair e Regulus Black.
O que eles estavam fazendo naquela sala? O que estava por vir, de acordo com Mcnair? Héstia tinha tantas perguntas e mesmo assim...
Quase ninguém parecia notar nada de estranho. As pessoas não notavam alguns alunos não só da Sonserina, mas de outras casas, saindo misteriosamente mais cedo do Salão Principal ou evitando idas a Hogsmead, e, se fossem, se encontravam no Cabeça de Javali. Héstia passou a notar e perceber e memorizar tudo aquilo. O que diabos estava acontecendo?
Mas esse não era o seu maior problema. Rita Skeeter continuava no seu pé para que, as duas juntas, espionassem e fotografassem os alunos de Hogwarts para espalharem fofocas por aí. Héstia já havia negado esta oferta milhões de vezes, mas Rita ainda insistia pois dizia que as duas juntas fariam uma dupla infalível.
Na segunda semana de fevereiro, em uma quinta-feira, Héstia estava sentada nos jardins com Dédalus, comendo alguns feijões de todos os sabores, conversando, como amigos. E, como amigos, Héstia comentou suas suspeitas sobre os outros alunos com Dédalus.
No começo ele ficou um pouco desconfiado e assustado, e até comentou que achava que Héstia estava ficando louca. Mas (Héstia assim esperava) tudo fez sentido para ele no final.
Dédalus e Héstia passavam a maior parte do tempo observando outros alunos, e, toda vez que fazia isso, uma ideia, uma ideia sombria crescia no fundo da sua mente...
E se eles estiverem por trás dos recentes ataques?
Sempre que pensava nisso, Héstia balançava a cabeça com força. Não seria possível. Eram apenas um bando de crianças.
Ela era uma criança.
Era Domingo. Héstia foi dormir com a cabeça doendo de tanto que havia pensado nos testes e no bem estar da sua família. Achava até que havia assinado o nome da sua mãe ao invés do próprio no trabalho de poções.
— Meu. Deus. Do. Céu! — Héstia deixou o seu garfo cair no prato, o que fez um estrondo horroroso. Metade da mesa da Lufa-lufa olhou em sua direção. Ela ficou vermelha.
Dédalus, para variar, gargalhava.
— Você está namorando? — perguntou Héstia, com a voz fina.
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Fotografias - Regulus Black + Héstia Jones.
FanficHéstia precisava trabalhar duro para conquistar aquilo que sempre quis: uma vaga de fotógrafa no mais famoso jornal bruxo da Grã-bretanha, O Profeta Diário. Para isso, Héstia deveria tirar no mínimo trinta fotos durante o seu ano letivo na escola...