18

Página avulsa IV: Me pergunto quando me apaixonei por você.

02 de setembro

"Eu me pergunto quando eu me apaixonei por você.

Se foi naquela quinta-feira de abril, quando eu te vi brilhando e iluminando meus dias. Ou talvez eu possa ter me apaixonado pelo teu cheiro - ele está tão impregnado no meu quarto, na minha cama, na minha pele. Quem sabe eu tenha conhecido o seu coração e perceber que você é feito de amor tenha criado essa relação de causa e consequência e eu juro que não dá para saber se somos um ou o outro.

Porque amar você não tem lógica e tá tudo bem.

Eu não queria te dar essa notícia assim, mas todas as vezes em que eu assisto ao mundo explodindo em cores brilhantes e a cor dos teus olhos se destaca eu sinto que poderia me perder neles. Eu não quero te assustar com todo esse sentimento transbordando por minha epiderme mas eu não posso me segurar.

As cacofonias estão por todos os lados e de repente eu me vejo gritando por aí que eu amo a tua racionalidade e a forma como todos as tuas opiniões e impressões de mundo são partes do teu ser.

Eu grito que eu amei a tua alma muito antes de ela ter despido a minha de todas as dores que a mantinham presa em um mundo de incertezas.

E muito obrigada aos deuses, à ciência, às coisas indecifráveis, por permitirem que a tua essência seja apreciada por mim.

É incontrolável e seria um pecado não gritar aos deuses que eu amo você. Que eu amo a tua forma corporal porque tu és a poesia que meus olhos vêem. Que eu amo a capacidade que você têm de me mostrar amor como se o mundo fosse bom. E eu sei. Com você ele é.

Eu amo. E porque você me fazer sentir amor eu sou feliz.

Honestamente, eu amei você quando você sorriu para mim e eu percebi que te fazer sorrir é o que me matem vivo."

@laranjamecanica