Uma tesoura dourada era posta a minha frente sobre uma bandeja de prata enferrujada, estava escrito algumas palavras em grego sobre o ouro que revestia a tesoura eram letras pequenas e muito delicadas que tinham sido cravadas com muito cuidado para que ficassem legíveis por incontáveis anos provavelmente. Se a tesoura tinha a mesma idade da bandeja realmente não era de se notar estava tão bem cuidada e limpa que nenhum arranhão podia ser visto em sua superfície, a frase cravada se repetia diversas vezes sobre o cabo da tesoura como um pequeno mantra que ansiava por ser degustado sobre a língua diversas vezes, não obedecer a essa honra seria uma afronta a pessoa que tão delicadamente fez aquilo. Todo o resto estava escuro enquanto só aquilo permanecia m minha frente mantendo uma luz própria e incandescente. "Não se foge do destino" era o que aquelas letras tão delicadas diziam a quem usava a tesoura, estiquei minha mão inconscientemente para segurar aquela tesoura mas ao encostar nela a bandeja rachou ao meio e ao despencar ela sumiu na escuridão tenebrosa do local, meu corpo entrou em agonia e um grito involuntário saiu da minha garganta cortando o ar gelado que agora subia no local eu não fazia se quer ideia do que tinha acontecido mas a minha alma sabia que não era bom.
- Aly? - era a voz de Hermet, provavelmente eu havia dormido demais como todos os dias do lado nascente onde se localizava agora nossos alojamentos. Varias pessoas se alistaram para o meu grupo especial e tiveram que nos mudar de alojamento. - Estava gritando novamente.
Abri meus olhos devagar e o encarei serio, odiava quando acoradava gritando ninguem gosta de seguir a um lider fraco mas esses sonhos estranhos estão cada vez mais frequentes e eu não tenho como intervir.
- Bom dia - sorri para ele ignorando seu comentario - Alguma noticia dos superiores? Soube que havia algo para mim...
Ele riu enquanto eu me sentava sobre a cama nada confortável, sabia que eu queria distancia desse assunto novamente eu sentia que não devia contar o sonho a ninguém mesmo que essa pessoa me implorasse e foi o que eu fiz mantive silencio todo esse tempo.
- Sim, chegou uma carta hoje bem cedinho. Não achei certo abrir então deixei em sua mesa. - delicadamente ele passou a mão em meus cabelos e me olhou com carinho embora tenha sido apenas um lampejo em seu olhar eu sabia que tinha coisas que ele não queria me falar. Sua postura se tornou rígida novamente e se eu não estivesse totalmente acordada pensaria que foi apenas uma ilusão da minha cabeça cansada. - Temos um longo trabalho pela frente, espero você la fora.
Após proferir essas palavras secas e sem vida ele se dirigiu a porta do alojamento e sumiu na luz do sol que entrava travando uma batalha contra o frio do alojamento. me levantei devagar com a cabeça girando e arrastei os meus pés em direção aos chuveiros, a ducha fria fazia a tenção do meu corpo amolecer por completo e os pensamentos fluírem com mais rapidez, até o sonho que tivera começou a me perturbar enquanto eu fechava os olhos para tentar relaxar.
- Atrasada novamente Coronel. - aquela voz era bem conhecida por mim, ainda não consigo entender o motivo pelo qual ela tenha entrado no meu grupo especial se simplesmente não suporta olhar em minha cara e não quero acreditar que ela fez isso apenas para ficar perto do Hermet.
- Bom dia para você também Izadora. - nossos sorrisos trocados foram falsos e repletos de ameaças. Todos estavam d frente ao alojamento treinando e ela estava observando algo que fugia dos meus princípios, me lembro do dia que nos conhecemos e nos odiamos ao esmo tempo, se dar atenção a ela decidi seguir para o meu escritório e a carta estava em ima da mesa assim como Hermet havia dito ao começar a leitura um sorriso gigante brotou em meus lábios. Uma missão.
Sai as pressas do escritório segurando a carta firmemente em mãos enquanto voltava para o local do treinamento, Lucca e Hermet estavam empenhados em suas tarefas habituais e eu me recusei a atrapalha-los sabia que esperar seria a coisa certa a fazer. A missão não seria de grande porte pelo que estava escrito iriamos apenas dar apoio a uma operação da CIA e em seguida retornaríamos, isso não ira demorar nem uma semana. Se passou quase uma hora até que todos terminassem o treinamento e se tocassem da minha presença.
- Bom, temos uma missão porém nem todos poderão ir, é algo secreto e rápido mas irei precisar que outra equipe fique aqui enquanto nós partirmos. Pode ser que precisem de nós e não seria algo bom desfalcar. - eles ficaram animados e já começaram a se preparar para a partida, Lucca e Hermet vieram em minha direção sorrindo.
- Nem uma palavra mocinha, nos vamos também. Os primeiros que se apresentarem iram na missão. - Lucca estava animado ele normalmente não queria sair em missões com medo do que aconteceu com Lucien. - Mas aonde vamos?
- Parece que estamos indo para o Japão. - Hermet havia retirado a carta das minhas mãos e nos olhava com um sorriso satisfatório. - Nunca fui no Japão.
- Nem eu. - confessei - Sairemos amanha cedo, e quando eu digo cedo quero dizer antes do sol nascer.
- Sim senhora tampinha - Lucca fez uma falsa continência e se retirou direto para o acampamento.
- Já sabe quem vai ficar? - Hermet perguntou ficando a minha frente e tapando a visão do alojamento.
- Os que fazem patrulha e tem escala para tirar essa semana, os que ainda não terminaram treinamento de armas e o de defesa pessoal. - o encarei nos olhos lutando para não desviar, esse era o meu ponto fraco.
- Pois bem, apenas oito pessoas estão qualificadas para ir, vou avisar a todos se me permitir. - eu assenti enquanto ele virava as costas e eu ficava a encara-las, largas e tencionadas como se acabasse de sair de uma luta interna.
Enquanto todos se preparavam e riam uns com os outros pelo dia de folga que os superiores nos deram para que estivéssemos pronos no dia seguinte, eu fiquei ali do lado de for com a farda amarrada na cintura e apenas a blusa branca sem mangas tentava impedir o frio de passar, meus cabelos estavam soltos na brisa gélida da tarde que já se aproximava.
- Preocupada? - eu esperava qualquer um me perguntar isso, mas não o Issei.
- Pareço? - desde que o conheci não nos tratamos diferente.
- Parece perdida, e se bem conheço esta preocupada com algo. - seus olhos s=cinzas me encaravam flamejantes de curiosidade.
- Não é da sua conta - da mesma forma que estava sentada sobre o banco fiquei, encarando o resto do complexo e pensando no sonho que havia tido.
- Pode não ser mas vou ficar por aqui - disse e fez, durante toda a tarde Issei ficou ali em pé me olhando olhar para o nada e sem dizer uma palavra se quer.
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Relíquias Do Olímpo (DEGUSTAÇÃO)
Aventure#13 em Semideuses 15.05.2018 O que aconteceria se Ares começasse a recrutar semideuses inesperientes? Provavelmente um caos. Mas quando Relíquias mitológicas desaparecem sem deixar rastros e os monstros do tártaro ameaçam os humanos não há muito o...