XXII

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A areia já incomodava minha pele eu não gostava muito de praia e isso não estava sendo um espetáculo para mim. Parados ao que parece meia hora no sol a maioria estão dormimdo ou no caso do Issei e do Christian apostando quem consegue subir no coqueiro até o topo, algo aqui me incomodava e eu não suporto me sentir dessa forma.

- Tsc. Vamos ficar aqui o dia todo esperando que o pai do peixinho volte das férias ou vamos entrar na floresta?  - Tory assim como eu ja estava irritada, sua sobrancelha arqueava ao ver os dois seres atrás de mim. - O que aqueles dois idiotas estão fazendo?

- Não queira saber. Vamos ver o que encontramos aqui. - me levantei limpando as roupas e todos fizeram o mesmo, dei meia volta de encontro a Issei e Chris quando uma flecha cravou o chão a minha frente, outra no coqueiro onde Chris subia, ele rapidamente desceu e colocou as mãos para cima.

- Parados e ninguém se machuca! - era a voz de um garoto, olhei para onde ouvia passos e duas pessoas apareceram entre as árvores. O garoto tinha cabelos loiros, era alto e sua aparência já destacava seu pai assim como a pequena gsrota de cabelos negros e olhos azuis como o irmão, ambos estavam armados com arco e vinte e três flechas na aljava. - Trazidos por meu pai certo? Nome e parentesco, armas no chão.

- Allegra , filha de Ares. - falei jogando uma espada e minha adaga no chão a frente.

- Issei, Ofion. - Falou jogando uma pequena barra de metal no chão, imaginei ser sua foice, ele sorria e seus olhos estavam na garota.

- Filho? - o garoto perguntou apontando o arco para Issei.

- Não, sou esposa dele. Fala sério, abaixa isso e vamos conversar direito. - falou com seu sorriso sarcástico. O garoto atirou uma flecha bem perto da cabeça de Issei e ele arqueou a sobrancelha. - Ta... eu fico calado.

- Christian, Tanatos. - falou sem se mover, os outros falariam em seguida mas Tory desarmou os dois e os jogou contra as árvores.

- Paciência não é o meu forte, nome e me digam o que é esse lugar. - impaciente. Pegamos nossas armas e nos posicionamos a frente dos dois agora sentados na areia.

- David e Luara, somos filhos de Apolo. Achei que já sabiam que lugar é esse... - fez um gesto exagerado com as mãos. - Aqui é a base do exercito de Ares.

Dois passos para trás, foi a unica reação que eu tive no momento, olhando dentro dos olhos deles e desviando após sua afirmação. Vasculhei o local rapidamente e porque não seria? Era o local perfeito para jogar semideuses e usa-los ao seu beu prazer. Fiz sinal para que levantassem e assim fizeram, Kouta estava estranhamente calado e brincava com alguma concha que tinha achado na areia, Rays se mantinha ao lado de Tory o tempo todo e Myd era uma sombra.

- Nos leve até lá. - ordenei, eles se levantaram e começamos a andar por entre a floresta densa, algumas construções antigas eram visíveis após alguns minutos de caminhada e folhas fora do caminho.

Aqui realmente deveria ter sido uma cidade muito forte, havia uma espécie de praça central antiga e varias casas destruídas e tomadas pela vegetação ao redor. Bem em frente algo como um palácio ou aposentos reais, acima um altar edificado para Ares, esse não era antigo fazia pouco tempo que estava aqui e se constituia de ouro e pedras preciosas assim como pedras das ruinas ao redor. Aqui era quente, e visivelmente quase inabitado por animais ou pessoas, paramos no meio da praça e um garoto um pouco mais alto e mais largo que Lucca vinha em nossa direção, estava vestindo uma calça rasgada em varias partes e um peitoral de bronze, tinha cabelos em tons de amarelo palha e osmolhos eram azuis sua pose fez com que os filhos de apolo recuassem um passo me deixando frente a frente com ele.

- Novos recrutas. Me chamo Denw e fui escolhido por Ares para ser o general desse exercito. - se apresentou, meus olhos o analisavam com desdém. - Temos alguns outros semideuses aqui que eu gostaria que conhecessem...

- Por que Ares quer um exercito?  - minha voz cortou suas palavras e ele não gostou muito disso, seu olhar continha furia e seus passos foram rápidos até estar a centímetros de mim me encarando de cima como se o fato de ser mais alto que eu me desse medo, se enganou.

- Filha de Afrodite, eu não gosto de ser interrompido quando falo, não é porque é bonita que pode simplesmente se achar no direito de interromper alguém superior! Eu estou aqui a muitos anos sendo treinado por Ares e não aceito sasa sua falta de respeito para comigo! - sua mão apertava minhas bochechas com violência, Issei deu alguns passos em nossa direção mas eu estendi o braço impedindo que se aproximasse. Coloquei minha mão sobre a sua e apertei seus dedos contra o outro até ver uma gota de temor no seu olhar, ele me soltou rapidamente.

- Não sou filha de Afrodite, idiota. Sou filha de Ares e como semelhante exijo saber o motivo dessa convocação repentina. - falei com autoridade, sua mandíbula ficou trincada enquanto eu sorria com sua posição.

- Se quer saber pergunte a ele.  - se virou, Issei se aproximou de mim enquanto o grupo seguia em frente nós dois estavamos parados no mesmo lugar.

- Eu só recebo ordens de uma pessoa e não é dele, se você quiser a gente da um jeito nesse cara. - tocou meu ombro, foi impossível não rir de suas Palavras.

- Agora não... - olhei para o altar ao meu pai e respirei fundo. - Não quero ir sozinha...

- Tem medo do seu pai? - perguntou rindo.

- Tenho medo de mim. - segui o caminho contrário indo em direção ao templo.

- Que? ... Espera, eu também vou! - gritou correndo, eu já estava subindo as escadas a passos apertados. Parei no meio do caminho e ele bateu em minhas costas, em seguida outra coisa bateu em nós dois, irritada olhei para trás.

- Chris? O que ta fazendo? - Issei ainda estava meio atordoado olhando para o templo, encarei Chris que para um filho de Tanatos estava bem sorridente.

- Eu... a... Não gosto daquele cara... eu juro ficar quieto. - revirei meus olhos em desistência e respirei fundo.

- Quieto e calado. - continuei subindo, agora Issei ia a frente e Chris atrás olhando se alguém havia nos seguido.

As escadas pareciam escorregadias e eu notei que tinha começado a chover como um mal presságio, tentamos ir mais rápido para nos abrigar no templo. Estava com a cabeça baixa quando esbarrei nas costas de Issei.

- Mais que porra Issei! - cai sentada no chão, no altar tinha alguém fazendo uma oferenda. O garoto tinha cabelos verdes e quando se virou notei seus okhos mudarem do azul para o rosa.

- Olá, sou Froy. -

Relíquias Do Olímpo (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora