Relíquias Do Olímpo (DEGUSTAÇÃO)

XXVIII

Depois que Issei ficou em silêncio vaguei meu olhar pelo ambiente e encontrei algumas boas armas diferenciadas, em silêncio rezei para a bênção das armas e assim pude retira-las do lugar. Elas não eram oferendas apenas tinham sido esquecidas por seus guerreiros mortos, perdi o foco de tudo ao meu retor enquanto segurava as armas em minhas mãos.

- Quer ajuda? - quase derrubei tudo quando Issei se aproximou sorrindo e estendendo as mãos, lhe entreguei as armas que tinha pego e descemos os numerosos degraus de volta para a praça onde todos treinavam.

- Evy, você irá ficar com o chicote. Froy, as adagas e Kouta com a espada. - entreguei para cada um, foi o que vi neles, a sua personalidade clamava por aquelas armas. Eu podia sentir isso.

- Alli, não é assim que se treina jovens inesperientes. - Issei sussurrou ao meu ouvido fazendo meu corpo arrepiar, não gostei de ter sentido isso e me afastei de imediato.

- Então fique a vontade senhor expert. - dei de ombros observando sua tática, ele sorriu de lado convencido. Quando foi que comecei a notar o Issei desse jeito?

Ele se aproximou dos três fazendo com que eles rissem de algumas piadas enquanto retirava sua foice do bolso, as vozes focaram abafadas aos meus ouvidos e apenas as imagens eram totalmente claras. Eles estavam aprendendo rápido e isso foi um ponto para o Issei que as vezes me pegava o olhando e lançava seu sorriso cafajeste.

- Allegra. Tenho uma suposta pista de para onde estão indo os caçadores. - Myd me pegou desprevenida e tomei um susto quando sua mão gelada tocou meu ombro, assenti sem fazer muito caso e me levantei psra segui-lo sentindo o peso do olhar de alguém nas minhas costas. - Parece que alguém quer reconstruir o labirinto do Minotauro.

- E como eles fariam isso? - o mito é muito conhecido, dizem que centenas de pessoas morreram nesse labirinto, a caminho da casa onde ele e a filha de Hefesto faziam as pesquisas acabei me perdendo em pensamentos.

- Não é construir fisicamente, se você juntar varias peças misticas gregas consegue invocar o Minotauro. Eles estão em busca dessas peças. - então a pedra do destino foi apenas uma delas. Prendi a respiração apenas para solta-la alguns minutos depois devagar e manter os pensamentos alinhados. Precisavamos de mais do que um treinamento normal, precisavamos de Ares e ele sabia disso. Aquele idiota egocêntrico quer que eu peça sua ajuda para nos treinar nessa busca. - Algo em mente?

- Consegue rastrear o próximo alvo? Disse que tinha uma pista. - descansei minha espada sobre os ombros Encarando Myd de soslaio.

- É, alguns deuses acham que se deixarem as relíquias entre os humanos elas estarão mais seguras de possíveis ataques, embora a maioria ache isso uma completa besteira. De certa forma eles tem razão, ninguém que queira destruir o mundo procuraria essas relíquias entre os humanos. Mas... - ele arqueou a sobrancelha mostrando um mapa com vários pontos brilhantes em vermelho. - Não estamos falando de qualquer inimigo, estamos falando de um filho de Mnemosine. Jhon é quase um deus.

Respirei fundo encarando a filha de Hefesto que nos olhava com curiosidade, enganar um deus? Só com outro deus. Tinhamos que treinar Evy para isso, ela era a única forte o suficiente para lutar contra Jhon e o deixar sem um norte. Mas fisicamente precisavamos de um treinamento mais pesado.

- Esses pontos são os possíveis alvos? - questinoei me aproximando do mapa estirado, tudomera pura magia dos deuses no local.

- Sim, aqui tem artefatos históricos onde estão escondidos diversas relíquias dos deuses. Isso vai de colares encantados ah um livro de magia feito pela própria Nyx, não podemos retirar os objetos mas precisamos protege-los. - e as coisas iam ficando cada vez mais complicadas. Arqueei as costas olhando para a porta e tendo um deslumbre do templo de Ares.

- Pegue tudo que puder sobre a invocação do Minotauro, quero rotas antigas para assim sabermos mais o menos como eles costumam atacar. Preciso conversar com uma pessoa. - eles assentiram e voltaram ao trabalho, desci as escadas da pequena casa e contornei o campo de treinamento sem dar muita atenção aos presentes, parei a beira das escadas para analisar minhas opções.

Cada degrau que eu sobia era um corte profundo em minhas costas, eu estava me sentindo um lixompor ter que me rebaixar a ele psra pedir ajuda, mas se foi ele quem me colocou aqui terá que dar um jeito de me tirar dessa situação embaralhada. Eu o odiava? Sim, ele me abandonou com ela e ainda deixou bem claro que a causa tinha sido eu.

Já no templo limpei o suor que escorria da testa e fiquei encarando o nada, o templo parecia sombrio demais. O céu se fechou por completo sobre o mar, de onde eu estava dava para ver as ondas revoltas se agitando e quebrando na praia, Zeus e Poseidon pareciam travar uma batalha naquele momento.

- Acredite ou não, eles só estão conversando. - a voz do meu pai soou atras de mim, não fiz esforço em me virar para encara-lo.

- Não estou aqui para falar deles, você sabia que eu viria. - o olhei de soslaio encontrando seu rosto irritado ao meu lado.

- Sabia, mas esperei que viesse. Allegra você tem que descer dessa cadeira de orgulho e aprender a pedir ajuda quando precisa. - gargalhei sem graça com o olhar focado nas ondas.

- Não é orgulho, é magoa. Feridas que nunca vão cicatrizar... - susurrei mais para mim do que para ele.

- Todos aqui foram abandonados por seus pais. Eles entendem isso, porque você não consegue? - olhei para baixo onde eles treinavam com garra, a maioria não entendia, tinha ódio dos pais e mesmo assim lutava. Ares não sabia do que falava, não sabia o quanto nos sentiamos sozinhos sem eles por perto, nunca saberia.