Vou deixar esse recadinho no começo.
Uma leitora linda sugeriu que fosse criado um grupo no whatsapp para nosso querido livro. O que acham?
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Depois do exaustivo jantar de ontem Nadira estava sendo um amor comigo, como sempre. E pelo visto queria muito aproveitar um tempo para conversar comigo, mas nas raras ocasiões que a oportunidade surgiu ainda hoje cedo ela saia correndo quando a bruxa do oeste aparecia brotando, literalmente, do nada onde quer que estivéssemos.
O jantar ainda estava em minha mente e a bruxa velha piorava a cada segundo suas insinuações sobre mim. A velha decidiu também que Maala se instalaria de forma permanente daquela casa já que a querida e amada dadi – eca – mandava e desmandava em todos os aspectos daquela família.
Eu sabia que teria muita dificuldade de me adaptar as regras da cultura indiana e também ainda não estava a par de todas elas. Morando no Brasil esse era um assunto praticamente esquecido entre mim e Ravi, e nas curtas visitas que fazíamos mal saia de casa. A Índia que conhecia era basicamente o hotel. Mas a amável dadi fazia questão de me alfinetar por segundo falando o que eu podia e não podia fazer... O problema é que ela falava em um segundo, e no seguinte eu já tinha esquecido, depois quando repetia gritava aos quatro ventos que eu fazia de tudo para irrita-la.
Irritante mesmo estava meu marido que não me defendia, e ainda dizia que a dadi era uma mulher de idade que não podia se irritar. E eu, grávida do filho dele, podia me irritar a vontade.
E pensar que ainda estávamos no começo da tarde.
A noite, Rajan convidou alguns amigos para comemorar sua família reunida, então paz era a ultima coisa que tínhamos.
Nadira andava para lá e para cá buscando deixar a casa aconchegante para os convidados, mas a bruxa estava sempre criticando tudo, e reposicionando todas as coisas que Nadira havia acabado de arrumar. Minha antipatia pela velha só crescia.
Felicidade me definia por saber que a velha havia ficado doente na véspera do casamento de Aish e não pode comparecer a cerimônia. Dessa forma, para minha sorte, ela estava bem longe das pretensões amorosas no neto, ou da forma que Ravi e toda aquela família – digo, os homens daquela família – pareciam sempre se dobrar aos desejos absurdos dela, mesmo Raji que por vezes ainda tentava resistir, eu não teria tido a menos chance.
Eu admirava muito mesmo seu esforço.
Depois de alguns minutos olhando a velha ralhando de tudo, e todas as demais pessoas, com exceção de Aish acharem tudo normal, não pude continuar ali e fui deitar um pouco desejando dormir e acordar de volta ao meu amado país onde as sogras são sogras e não se metem onde não devem.
Acordei com os carinhosos beijos de meu marido em meu pescoço, fiquei ali fazendo um pouco de manha antes de enfim abrir os olhos.― Por mais que eu ame te ver dormir, precisa começar a se arrumar... Daqui a pouco os convidados chegam ― Ele beijou minha testa e eu gruni escondendo meu rosto no travesseiro.
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O Bebê da Firanghi [degustação]
RomanceDepois de uma traição, Samara passou a colocar os assuntos do coração em segundo plano e a tocar a vida entre seus estudos e pequenos flertes. Ela só não esperava que, em uma viagem à Índia com sua melhor amiga, fosse conhecer um indiano que mudaria...