Paixão: Sentimento, gosto ou amor intensos a ponto de ofuscar a razão.
De acordo com a pesquisa de navegador que fiz em meu celular. Bom, para mim, parecia mais a explicação número 4. Grande sofrimento, martírio.
Depois de tudo que passei com Ed, não queria me apaixonar novamente. Para mim, paixão era sinônimo de sofrimento.
Atração
Digitei rapidamente e esperei pelo resultado na minha tela.
Conjunto de características e qualidades que despertam simpatia, desejo, amor, atrativo, sedução.
Pronto, era isso que sentíamos um pelo outro. Uma atração que terminaria assim que eu voltasse ao Brasil. Até porque, fala sério, não dá pra se apaixonar por alguém que se conhece a menos de 72 horas. Aliás não dá pra se apaixonar por ninguém que se conheça a menos de dois anos, creio eu.
Atração. Essa palavra nunca havia trazido tanto alivio para minha vida.
Saímos com Aish para conhecer alguns pontos importantes, mas não demoramos muito, já que ela tinha pendencias em relação ao casamento a serem resolvidas. Conversamos brevemente com os pais de Alice, e eu fui dormir. Ravi iria me fazer uma surpresa, e eu queria estar bem descansada.
Podia usar minhas roupas para facilitar e fazer com que o boy não prestasse tanta atenção em mim? Podia!
Se eu queria isso? Tá doida!
Como diria a letra de uma das músicas de "Jamil e um noites" Sou praieira, sou guerreira, tô solteira, quero mais o quê?
Vesti um Kurti, que são como blusas longas, verde claro com bordados de fios dourados nas bordas e laterais. Uma pequena abertura até o inicio do busto. Aish já tinha explicado que essa é mais uma moda para as mais jovens, então as mães normalmente saem de sari enquanto suas filhas optam pela roupa mais casual. Usei também uma legging preta, e um dos sapatos engraçados que eles mantêm no guarda roupa. Preferia minhas confortáveis havaianas, mas...
Ravi me mandou uma mensagem de texto pedindo que eu o encontrasse na entrada do hotel, ele nem desceria do carro. Assim que entrei fui inebriada pela sua fragrância inconfundível. Ravi se aproximou pousando os lábios em minha bochecha, me deixando um pouco ― mentira foi bastante mesmo ― confusa com sua aproximação.
Não saberia nem dizer qual era meu nome naquele momento, caso alguém me perguntasse.
Meu coração retumbava no meu peito em duas silabas inconfundíveis.
RA-VI
Ele sorriu segurando minha mão e entrelaçando nossos dedos.
― Eu gostaria de ter mais tempo com você para te mostrar que vale a pena me dar uma chance, mas temos apenas uma semana e não posso te conquistar lentamente como estava nos meus planos ― Ele me encarou com os olhos cintilantes ― Vou ter que apelar.
Sorri para ele, que passou a mão vagarosamente da altura de minhas orelhas até meu queixo deixando seu polegar se perder e contornar meus lábios sedentos pelos seus.
― Você acredita em almas gêmeas? ― Perguntou com os olhos fixos em meus lábios.
― Não ― Respondi rápido demais fazendo com que seus olhos se abrissem levemente ― Acredito em duas pessoas que decidem juntas se esforçar para fazer a outra feliz.
Ravi me olhou com um sorriso divertido nos lábios.
― Sabe, meu pai me contava uma história quando eu era criança, e não acreditava nela, até te conhecer ― Seu tom sério, como se não houvesse nenhum dúvida em relação ao que falava me deixou quase sem fala.
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O Bebê da Firanghi [degustação]
RomanceDepois de uma traição, Samara passou a colocar os assuntos do coração em segundo plano e a tocar a vida entre seus estudos e pequenos flertes. Ela só não esperava que, em uma viagem à Índia com sua melhor amiga, fosse conhecer um indiano que mudaria...