I. Você Sabe Porque Está Aqui, Karla?

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LEIAM AS NOTAS NO FINAL DO CAPÍTULO, POR FAVOR.

E leiam o capítulo ouvindo a musiquinha que está na multimídia para uma melhor experiência.

Boa Leitura!

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[P.O.V. Camila]

Luzes fortes sob meus olhos, me cegavam e chegavam a queimar meu interior, naquela sala fria, branca e totalmente fechada esperando alguém vir me salvar, porque nesse momento eu mesma não conseguiria me salvar. A angústia já batia forte em meu peito. Eu sabia porque estava ali, mas não queria acreditar que estava, porque aquilo definitivamente não estava certo.

Ouvi a porta ranger e passos fortes ecoavam pela sala, passos imponentes que vinham em minha direção com uma força cortante, podia sentir que minha morte era certa só pela forma como aquela pessoa entrava. Seu rosto estava escondido por trás da luz forte que iluminava meu rosto, mas mesmo assim eu conseguia sentir sua raiva.

— Karla Camila Cabello Estrabao? — uma voz feminina e grossa cuspiu o meu nome com tanta rispidez que senti minha espinha arrepiar.

— Sim, sou eu — respondi tentando não demonstrar meu nervosismo. Se tinha uma coisa que eu aprendi na faculdade, essa coisa era a não demonstrar meu nervosismo quando estava em situações que claramente me deixavam nervosa.

— Você sabe porque está aqui, Karla? — ela disse seca, se aproximando da cadeira que se encontrava a minha frente, e então eu pude vê-la com mais clareza. Ela usava uma roupa preta e um distintivo, evidenciando que era uma agente do FBI, e o seu rosto, bem... Eu diria que era um belo rosto, se o mesmo não expressasse uma imensa vontade de me matar. Aqueles olhos verdes escuros me cortavam como uma lâmina bem afiada.

— Sei e também sei que eu não deveria estar aqui, porque eu não fiz nada. Sou inocente — falei em um tom forte e rude.

A mulher de olhos verdes marcantes me fitou intensamente, como se pudesse ver minha alma e todos os meus segredos.

— Você acha mesmo isso, Srta. Cabello? Acha que não deveria estar aqui?

— Tenho certeza! E eu não falarei nada para ninguém até ter um advogado. Eu tenho esse direito e você sabe disso — a agente riu seco e sua risada ecoou pela sala fria, deixando o ambiente pior do que já estava — E por que estão me prendendo nessa sala fria em péssimas condições? Eu exijo uma estadia melhor até o meu advogado chegar — completei e ela me olhou incrédula e com mais raiva do que antes, mas manteve a calma, pois sabia que eu tinha razão.

— Vamos ver se a senhorita não tem motivos mesmo pra estar aqui... — ela disse e foi andando até a porta — Iglesias, leve-a para uma cela e dê algo para ela comer, antes que essa malfeitora me reclame de mais alguma coisa e eu perca a paciência!

Respirei fundo após ouvir a palavra malfeitora saindo da boca dela e sendo dirigida a mim. Como ela tinha a audácia de me chamar assim sem prova alguma?

Iglesias já estava pegando em meus braços e me levantando quando me virei para a mandona, que se achava dona do mundo, para dizer uma última palavra. Fixei meus pés no chão, olhei fundo em seus olhos esverdeados e me preparei para o que ia dizer, pois eu não poderia desacatar uma autoridade, ainda mais do FBI.

— Escute, Agente — respirei fundo para que eu pudesse continuar minha fala, sem que faltasse com respeito — Meu nome é Karla Camila Cabello Estrabao, como você mesma disse no começo dessa conversa, e não malfeitora. A senhora não pode me chamar assim, a menos que eu seja declarada culpada — disse de uma forma ríspida, porém respeitosa.

Ela veio andando em minha direção lentamente, mas com passos firmes. Engoli seco, esperando a reação que ela teria. Nossos rostos estavam a centímetros de distância e eu conseguia sentir sua respiração calma, mas ao mesmo tempo pesada, sobre a minha pele.

— Oh, me desculpe se eu te ofendi, mas olhe só para você: — ela me olhava de cima a baixo com desprezo — está algemada no FBI, um lugar sério, indo para uma cela. Nestas condições, malfeitora se torna um elogio para você, Senhorita Cabello - ela disse e em seguida se dirigiu para saída da sala — Iglesias, leve a Srta. Malfeitora para a pior cela do nosso departamento.

— Sim, Agente Jauregui - Iglesias disse me levando para fora da sala, com aquelas algemas que me cortavam os pulsos.

Jauregui. Então esse era o nome do próximo monstro da minha vida.

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Olá, nós somos a Gabriela e a Victória e estamos escrevendo essa fic em conjunto. Acabamos de lançar nosso bebê para o mundo e gostaríamos muito que vocês votassem e comentassem se estão gostando da fic, sugestões, etc. Só para podermos ter um feedback sobre o que vocês estão achando e onde nós podemos melhorar. É isto!

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