XXI. FallingForYou

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Oi oi gente! Musiquinha na multimídia de novo, só soltem quando for solicitado no meio do capítulo.

Boa leitura!

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[P.O.V. Lauren]

Para mim o dia sempre começava cedo, às cinco horas eu já estava de pé, gostava de manter uma rotina rígida para não cair em distrações. Levantei e me dirigi até o banheiro para fazer minha higiene matinal e vestir as roupas de correr, após isso segui para a cozinha para tomar a minha vitamina e saí.

Fones no volume máximo, tocando The 1975, pessoas e estabelecimentos passavam rápido por mim, já que eu estava em uma velocidade considerável. Gostava de correr, de me sentir livre e em movimento, de sentir o suor salgado escorrendo pelo meu rosto, sentir cada músculo doer ao começar o cansaço e sentir meu coração acelerado como se fosse parar a qualquer momento. Era bom sentir o vento bater e a respiração acelerar até falhar.

Depois de uma hora, como sempre, voltei a minha residência para me arrumar e começar o dia de trabalho. Hoje eu precisava focar em duas coisas: encontrar Halsey em Manhattan e descobrir quem é o rapaz que saía da casa de Lisa no dia do assassinato, mencionado pelo Senhor Henry. O dia seria cheio, e ainda pedi os arquivos do caso de Sinuhe e dos casos em que a gangue Scorpion estava envolvida, precisava entender o que estava acontecendo ali. Sinuhe foi presa por lavagem de dinheiro em seu mercado, mas seria no mínimo impossível ela organizar aquele esquema, pois era de propriedade da gangue Scorpion e todo mundo sabia disso na divisão, inclusive Lucy, que prendeu Sinuhe sem pensar duas vezes. Só de pensar em tudo isso minha cabeça parecia estourar.

— Bom dia, Agente Jauregui. Deixei os papéis dos casos da Scorpion e da Sinuhe Cabello em cima da sua mesa. Já vou começar a averiguar as câmeras de segurança nas ruas de Manhattan pra ver se encontro algo relacionado a Halsey — disse Vero.

— Obrigada pela ajuda, Iglesias. Bom dia para você também — esbocei um meio sorriso para Vero.

Entrei em minha sala o mais rápido que pude, ainda bem que Vero estava comigo no caso, era uma grande ajuda. Por hora, eu iria me concentrar em encontrar uma conexão entre os casos, iria reler todo o caso de Sinuhe, de cabo a rabo, começando pelo depoimento dela. Em seu depoimento consta que, por conta da doença do marido, Alejandro, a família teve de gastar muito com o tratamentos, internações, remédios e no fim da vida dele também, para enterrá-lo. Resumindo: os Cabello's estavam quebrados, o que fez Sinuhe tomar uma medida desesperada e fazer negócios com pessoas de fora. A descrição que Sinu nos forneceu da pessoa com quem ela fez negócios batia exatamente com a de Lisa. O negócio era simples: eles investiram no mercado da família que estava falido com o dinheiro deles, ou seja, o dinheiro falso que era trocado por verdadeiro no mercado, e, em troca, a moça recebia uma porcentagem dos lucros, o que parecia justo pra Sinuhe na época, que precisava criar duas filhas sozinha. É... Mas como diz o ditado: quando a esmola é demais, o santo desconfia. No fim, tudo caiu para cima dela, a moça dos negócios sumiu — assim como Lisa está sumida agora — e não tinha nenhum rastro, até o documento que fizeram era falso, sem nenhum valor.  As filhas não conheciam os negociadores, mas sabiam da existência deles e Camila frisou em seu depoimento inúmeras vezes que alertou a mãe e também que a mãe era inocente e ela iria provar. É, Camila, eu acredito em você...

A moça que supostamente fez negócios com Sinuhe também se chamava Ashley e eu estava começando a achar que essa Ashley, Lisa e Halsey eram todas a mesma pessoa. Conhecíamos todos da gangue Scorpions, exceto Halsey, mas em todos os casos da gangue ela estava lá, com um nome diferente, e sempre sendo a personagem principal. Prendemos inúmeros membros da Scorpion que nunca sequer a viram, ou conheciam o chefe. Ela pode ser esperta, mas não tanto quanto o FBI, com certeza essa gangue tem proteção extra, ao menos os maiores, mas comigo a frente desse caso não há quem possa ajudá-los e eu vou até o fim. Estava perdida lendo atenciosamente cada caso, principalmente o de Sinuhe, quando ouvi alguém bater na porta.

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